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Planeta perde 24 bilhões de toneladas de solo fértil todos os anos, alerta ONU

 

Planeta perde 24 bilhões de toneladas de solo fértil todos os anos, alerta ONU

Em uma mensagem em vídeo divulgada para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, marcado na segunda-feira (17), o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o mundo perde anualmente 24 bilhões de toneladas de terra fértil.

Além disso, a degradação da qualidade do solo é responsável por uma redução do produto interno bruto (PIB) de até 8% ao ano.

“Desertificação, degradação da terra e seca são grandes ameaças que afetam milhões de pessoas em todo o mundo” – alertou Guterres – “particularmente mulheres e crianças”. Ele disse que é hora de mudar “urgentemente” essas tendências, acrescentando que proteger e restaurar a terra pode “reduzir a migração forçada, melhorar a segurança alimentar e estimular o crescimento econômico”, bem como ajudar a resolver a “emergência climática global”.

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Em uma mensagem em vídeo divulgada para o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, marcado nesta segunda-feira (17), o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o mundo perde anualmente 24 bilhões de toneladas de terra fértil.

Além disso, a degradação da qualidade do solo é responsável por uma redução do produto interno bruto (PIB) de até 8% ao ano.

“Desertificação, degradação da terra e seca são grandes ameaças que afetam milhões de pessoas em todo o mundo” – alertou Guterres – “particularmente mulheres e crianças”. Ele disse que é hora de mudar “urgentemente” essas tendências, acrescentando que proteger e restaurar a terra pode “reduzir a migração forçada, melhorar a segurança alimentar e estimular o crescimento econômico”, bem como ajudar a resolver a “emergência climática global”.

A data, que busca ampliar a conscientização sobre os esforços internacionais de combate à desertificação, foi estabelecido há 25 anos, com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), o único acordo internacional vinculante sobre meio ambiente, desenvolvimento e gestão sustentável da terra.

Sob o lema “Vamos fazer o futuro crescer juntos”, o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca deste ano se concentra em três questões-chave relacionadas à terra: seca, segurança humana e clima.

Em 2025, informa a ONU, dois terços do mundo estarão vivendo em condições de escassez de água – com a demanda ultrapassando a oferta em determinados períodos – com 1,8 bilhão de pessoas sofrendo escassez absoluta de água, onde os recursos hídricos naturais de uma região são inadequados para suprir a demanda.

A migração deve aumentar como resultado da desertificação, com a ONU estimando que, até 2045, será responsável pelo deslocamento de cerca de 135 milhões de pessoas.

Restaurar o solo de terras degradadas, no entanto, pode ser uma arma importante na luta contra a crise climática. Com o setor de uso da terra representando quase 25% do total de emissões globais, a restauração de terras degradadas tem o potencial de armazenar até 3 milhões de toneladas de carbono anualmente.

A importância de assegurar que a terra seja bem gerida é observada na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que declara que “estamos determinados a proteger o planeta da degradação, incluindo por meio do consumo e produção sustentáveis, gerindo de forma sustentável os seus recursos naturais e adotando ações urgentes sobre as mudanças climáticas, para que possa apoiar as necessidades das gerações atuais e futuras”.

O Objetivo 15 declara a determinação da comunidade internacional em deter e reverter a degradação da terra. Saiba mais clicando aqui.

 

Da ONU Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 18/06/2019

[cite]

 

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2 thoughts on “Planeta perde 24 bilhões de toneladas de solo fértil todos os anos, alerta ONU

  • ÁLVARO RODRIGUES DOS´SANTOS

    O problema associado à perda física de solos via processos erosivos e o empobrecimento de solos via lixiviação de nutrientes é muitíssimo mais grave do que o badalado “fantasma” da desertificação. Inclusive, com os solos erodidos perde-se também reservatórios naturais de águas pluviais, do que decorre um aumento enorme do Coeficiente de Escoamento Superficial. Recuperação florestal e práticas agrícolas adequadas são os remédios especiais para essa desgraça.

  • Valdeci Pedro da Silva

    O PODER DOMINANTE PROMOVE A DESTRUIÇÃO DA VIDA DA TERRA E DA VIDA NA TERRA ATRAVÉS DO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO HUMANA.
    Que o planeta Terra e as condições de vida no planeta Terra se encontram em acelerado processo de destruição está evidente inclusive para os mais desavisados.
    O poder dominante sempre investiu grande parte de seus esforços na obtenção de lucros, e um dos meios de que se utiliza com essa finalidade é a promoção do crescimento da população humana. Além do grande poder de que é investido, conta ainda com o apoio pleno e incondicional das crenças religiosas, através das religiões, que são organizações criadas com a finalidade de conduzir quase a totalidade da população humana através de falsas promessas.
    Somente em 1802 a população humana na Terra atingiu 1 bilhão de habitantes, mas na segunda metade do século XIX teve início a primeira revolução industrial que desencadeou o crescimento populacional, e em 1928 a população humana atingiu 2 bilhões, chegando em 2011 a 7 bilhões, e em abril de 2019 a 7,7 bilhões, havendo previsão de chegar a 8 bilhões de habitantes em 2026, o que não é coerente. Se no período de 8 anos (2011 a 2019) a população cresceu 0,7 bilhão, como serão necessários 7 anos para crescer 0,3 bilhão? Deixando de lado a questão da precisão das previsões, veremos que elas afirmam também que a população humana na Terra chegará a 9 bilhões em 2050, e a 10 bilhões em 2070. Essas previsões nos trazem um importante questionamento: haverá condições de a população humana na Terra continuar crescendo após ter chegado a 8 bilhões de habitantes, ou 9 bilhões?

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