Mitos e verdades sobre o diabetes
Mitos e verdades sobre o diabetes
“Quanto mais brevemente se controla o diabetes, melhor será a evolução do paciente, com menores complicações crônicas. É importante não deixar de rastrear o diabetes e o pré-diabetes naqueles pacientes com fatores de risco. E uma vez feito o diagnóstico, não se pode retardar o tratamento”, comenta Dra. Andressa Heimbecher, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).
Veja abaixo sete mitos e verdades sobre o diabetes.
O mito – Comer doce leva ao diabetes. A verdade – Para ter diabetes é preciso ter pré-disposição genética à doença e outras associações, como obesidade, sedentarismo e histórico familiar. Portanto, consumir açúcar exclusivamente, não leva à doença. Mas para quem tem diabetes, certamente há necessidade de moderar esse consumo.
O mito – é fácil saber os sinais do diabetes. A verdade – Os sintomas do diabetes não são claros e variam de uma pessoa para outra. É importante fazer exames de rotina para saber os fatores de risco e obter diagnóstico preciso.
O mito – É possível curar o diabetes. A verdade – Existem vários estudos sérios para achar a cura, mas nada ainda que possa ser afirmado. “Portanto, cuidado com falsas promessas disseminadas na internet”, reforça Dra. Andressa.
O mito – diabéticos podem ter mais gripes e resfriados. A verdade – não há relação. O que os médicos indicam é que portadores de diabetes tomem a vacina, pois gripes e resfriados costumam dificultar o controle do diabetes, levando a complicações.
O mito – só obesos têm diabetes tipo 2. A verdade – embora o sobrepeso seja um fator, não é causa única. A doença também está associada ao histórico da família e à idade. Muitas pessoas consideradas magras também são diabéticas.
O mito – diabéticos não podem comer pães, batata e massas. A verdade – não há restrições, o que se deve fazer é controlar a porção. Isso porque a alimentação saudável é a chave da boa saúde. Os diabéticos que precisam controlar a quantidade de carboidrato ingerida devem ficar atentos aos níveis de glicose, para saber a porção certa desses alimentos a ser ingerida.
O mito – frutas podem ser consumidas sem controle pelos diabéticos. A verdade – depende, pois, embora sejam muito saudáveis, elas contém carboidratos e, por isso, devem obedecer ao planejamento alimentar e à contagem dos carboidratos.
“Para profissionais de todas as áreas envolvidos no controle da doença, a abordagem multidisciplinar como base de tratamento deve ser sedimentada para alavancar processo de melhora nos níveis glicêmicos. Para o paciente, o entendimento das causas do diabetes e a implementação de uma rotina de mudanças de hábitos de vida é o pilar para todo o tratamento”, alerta a endocrinologista da SBEM-SP.
De acordo com o Atlas da International Diabetes Federation o Brasil tem cerca de mais de 12 milhões de diabéticos. Esse número representa quase 8% da população do nosso país, que é o 4º do mundo em números absolutos de portadores da doença. Globalmente, há 415 milhões de diabéticos, o que corresponde a uma pessoa em cada 11 habitantes.
O diabetes mata precocemente. Em 2015, no Brasil, 42% dos diabéticos que morreram tinham menos de 60 anos. No mesmo ano, 5 milhões de pessoas morreram no mundo por causa do diabetes, mais que a soma dos óbitos causados por AIDS, tuberculose e malária.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 21/05/2019
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A Dra. Andressa se esqueceu de relacionar o cigarro com o diabetes.
Segundo o Dr. Augusto Pimazoni-Netto, avaliando uma população de 3,9 milhões de indivíduos, esse estudo dividiu os participantes em 3 categorias distintas, sendo que em nenhuma delas havia pacientes com diabetes já diagnosticados no início do estudo. Em comparação com os que nunca fumaram, o risco relativo de desenvolver diabetes foi 14% maior em ex-fumantes, 25% maior em fumantes leves (0-15 cigrarros/dia) e 54% maior em fumantes pesados (>15 cigarros/dia)
Portanto, o risco do diabético fumante é muito maior.