Uso da água cresceu seis vezes no último século; duas vezes mais rápido do que população mundial
Uso da água cresceu seis vezes no último século; duas vezes mais rápido do que população mundial
ONU
Segundo diretor-geral da FAO, dois-terços dos habitantes do planeta vivem sob escassez severa de água em alguns períodos do ano; conferência em Brasília debate falta d’água como fator para migração.
O uso global da água aumentou seis vezes no último século, o dobro do índice de crescimento populacional.
Estes dados foram apresentados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, nesta terça-feira.
A mensagem do diretor-geral da agência foi transmitida ao 8° Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília. Segundo José Graziano da Silva, a escassez de água já é um desafio para a raça humana devido a fatores como mudança climática e poluição.
Migração
Graziano da Silva lembra que isso causa um forte impacto para as pessoas que dependem de agricultura e muitas não veem outra alternativa a não ser migrar.
Essa relação entre escassez de água e migração foi destacada pelo diretor da Divisão de Terra e Água da FAO durante entrevista à ONU News. Eduardo Mansur está em Brasília, participando do Fórum Mundial da Água.
“A falta d’água pode ser muitas vezes o gatilho da migração rural, mas ela não é um gatilho inicial. Muitas vezes, está associada com outros problemas econômicos e conflitos. Nós temos que observar esses fenômenos naturais que estão cada vez mais intensos e cada vez mais frequentes, como a seca e a escassez de água e usar isso como uma oportunidade de adaptação da agricultura às mudanças climáticas.”
Opção
Segundo Eduardo Mansur, o ideal é que a migração seja uma opção para as pessoas de zonas rurais e não a solução final quando essa população já está “desesperada” pela falta d’água.
O diretor da Divisão de Terra e Água da FAO lembra que o fenômeno da migração já existe há muito tempo e que o planejamento é ideal.
“A migração é um problema quando ela ocorre de forma forçada, quando é opção única para o camponês ou camponesa que ficou numa situação de penúria pela falta de água. Neste caso, nós temos que pensar antecipadamente, prever, planificar e oferecer opções de adaptação para que a migração eventualmente seja uma opção a considerar e não uma única saída.”
Segundo a FAO, dois-terços da população global enfrentam escassez severa de água durante pelo menos um período do ano.
Da ONU Brasil, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 21/03/2018
[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]
Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate, ISSN 2446-9394,
Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta enviar um email para newsletter_ecodebate+subscribe@googlegroups.com . O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.
O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.
Remoção da lista de distribuição do Boletim Diário da revista eletrônica EcoDebate
Para cancelar a sua inscrição neste grupo, envie um e-mail para newsletter_ecodebate+unsubscribe@googlegroups.com ou ecodebate@ecodebate.com.br. O seu e-mail será removido e você receberá uma mensagem confirmando a remoção. Observe que a remoção é automática mas não é instantânea.
“A falta d’água pode ser muitas vezes o gatilho da migração rural, mas ela não é um gatilho inicial. Muitas vezes, está associada com outros problemas econômicos e conflitos. Nós temos que observar esses fenômenos naturais que estão cada vez mais intensos e cada vez mais frequentes, como a seca e a escassez de água e usar isso como uma oportunidade de adaptação da agricultura às mudanças climáticas.” Eduardo Mansur.
Comentário: quero ver, Senho Mansur, até onde pode ir a adaptação proposta.