Pesquisa afirma que exposição intensa e continuada à fumaça do diesel aumenta o risco de de câncer de pulmão, por Henrique Cortez
Caminhoneiros e trabalhadores de empresas transportadoras, que tenham sido regularmente expostos aos gases do diesel de veículos, em estradas, ruas da cidade e docas de carga, têm um risco maior de câncer de pulmão do que os outros trabalhadores, de acordo com um novo estudo realizado nos EUA, por pesquisadores das universidades de UC Berkeley e Harvard.
O estudo, baseado em 31.135 registros de trabalhadores, descobriu que estes trabalhadores, expostos aos gases do diesel, apresentaram a maior taxa de mortes e doenças.
O California Air Resources Board já declarou que irá considerar as conclusões do estudo e que se reunirá para discutir e votar um novo marco regulatório, para reduzir os riscos, para o público em geral, pela exposição aos gases de escape de 1 milhão de caminhões diesel no estado.
Se a regra for aprovada, a Califórnia seria o primeiro estado dos EUA a exigir um retrofit ou substituição de todos os veículos pesados diesel mais velhos. A substituição teria início em 2010.
“Este estudo confirma que os caminhoneiros expostos ao diesel têm maiores taxas de câncer pulmonar”, disse o Dr. John Balmes, professor da UC Berkeley e UCSF’s School of Public Health.
Motoristas de longo curso foram os que apresentaram menor risco. Os autores do estudo acreditam que estes motoristas estão mais protegidos porque fecham as suas janelas. Em contraste, os motoristas de curta distância, que muitas vezes deixam suas janelas abertas, são mais expostos a gases de escape.
Na última década, os cientistas relacionam índices mais elevados de câncer de pulmão aos gases de escape do diesel, nos trabalhadores na construção civil, rodoviários e ferroviários que inalam uma mistura tóxica de cerca de 400 substâncias químicas, incluindo benzeno, formaldeído, arsênio, chumbo e cianeto.
A pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard e UC Berkeley School of Public Health foi publicada no jornal Environmental Health Perspectives, em outubro.
As finas partículas de escape entram no tecido pulmonar, onde se acumulam. Concentrações elevadas podem causar doenças respiratórias e pessoas com asma, enfisema e doenças cardíacas podem piorar se forem expostos à exaustão. A longa e continuada exposição levam à doença pulmonar obstrutiva crônica, bem como ao câncer do pulmão.
O estudo “Lung Cancer and Vehicle Exhaust in Trucking Industry Workers,” publicado no Environmental Health Perspectives, 2008 October; 116(10): 1327–1332, está disponível para livre acesso. Para acessarem o estudo, no formato HTML, cliquem aqui.
Uma leitura cuidadosa do estudo permite inferir que a população em geral, nas áreas de intenso tráfego de veículos pesados a diesel, também está exposta aos mesmo fatores de risco e, por consequencia, também enfrenta os mesmos problemas de saúde.
O estudo é mais uma prova de que o adiamento, por três anos, do cumprimento da resolução que reduziria o teor de enxofre no diesel a partir de 2009 foi irresponsável.
Não é possível saber quantas pessoas já morreram em razão da inalação de poluentes atmosféricos mas, em escala global, deve ser equivalente a um holocausto silencioso. No Brasil de agora, os dirigentes da ANP, da Anfavea e da Petrobras, que tanto lutaram pelo adiamento da adoção da resolução do CONAMA, certamente estarão contribuido para a morte desnecessária de muitas outras pessoas.
Para maiores informações sobre o tema sugerimos que cliquem na tag “diesel”
Por Henrique Cortez, do EcoDebate.
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Essa questão já fiz meus comentários, neste Site, no Site Ambiente Brasil e no Site BiodieselBr, referentes as matérias que seguem abaixo.
– Atraso de diesel menos Poluente terá reflexo por 22 anos
– CONAMA revê resolução que reduz o teor de enxofre no diesel
– Poluição custa US$ 1 bilhão por ano no país
Em um dos sites postei o que segue.
A Petrobrás é responsável pela poluição e dos seus efeitos sobre a Saúde Humana e Animal no Brasil.
Nesta matéria e outras citam apenas o Enxofre, Materiais Particulados e o Óxido Nítrico, mas evitam-se citar os piores deles – são as substâncias indutoras de formações do CÂNCER.
Nesta matéria cita-se que tanto as Montadoras quanto Petrobras – adotem medidas compensatórias para anular o impacto dos poluentes durante.
No meu entendimento existe outra compensação de FATO, muito mais SÁBIA – os nossos Governantes e Parlamentares precisam ater que a Resolução do Conama foi aprovada para ser cumprida.
O não cumprimento a Resolução do Conama faz com que a Sociedade pague com “Doenças” e “Vidas” que se vão, por sinal muito caro. Isso sugere que se cobre em drobro, através de dois mecanismos:
Mecanismo 1: Exigir que a Petrobrás, num prazo determinado, promova redução dos níveis de poluições, nisso inclui-se as substâncias “CANCERÍGENAS”, observando o previsto na Resolução do Conama.
Mecanismo 2: Estabelecer uma política para ampliar as FERROVIAS para tornar o Brasil semelhante aos Países Desenvolvidos – este poderá manter a poluições muito mais abaixo que poderá ser favorável a recuperação dos afetados, além disso abre espaço para o Desenvolvimento SOCIAL e Econômico do Brasil, de Fato SUSTENTÁVEL.
MISSAO TANIZAKI
Fiscal Federal Agropecuário
Bacharel em Química
missao.tanizaki@agricultura.gov.br
Esplanada dos Ministérios, Bloco “D”, Sala 346-B, Brasíla/DF
TUDO POR UM BRASIL / MUNDO MELHOR