Barragem de Fundão, da Samarco em Mariana, registra novo vazamento de resíduos
A Mineradora Samarco informou ontem (27), por meio de comunicado, o registro de novo vazamento na Barragem de Fundão. A empresa retirou funcionários do local e afirmou não ter havido necessidade de acionar a sirene instalada para alertar a população.
De acordo com a Samarco, ocorreu “uma movimentação de parte da massa residual”, que teria sido causada pelo grande volume de chuvas que caiu sobre a região nas últimas semanas.
A Defesa Civil e a prefeitura de Mariana (MG) confirmaram que foram informadas pela Samarco sobre o novo vazamento, mas descartaram risco para a população, apesar de a empresa ter emitido um alerta amarelo.
Por meio da assessoria de comunicação, a Defesa Civil de Minas Gerais disse que o vazamento não teve grandes proporções, tratando-se de um “desplacamento de resquícios minerais”, ou seja, deslocamento dos resíduos de minério que ainda restam na barragem.
A Barragem de Fundão, localizada em Mariana e de propriedade da Samarco, uma joint venture das mineradoras brasileira Vale e anglo-australiana BHP, se rompeu no dia 5 de novembro.
Milhões de metros cúbicos de resíduos de mineração armazenados no local foram liberados, devastando o distrito de Bento Rodrigues e matando 17 pessoas. Duas permanecem desaparecidas. O incidente deixou um rastro de destruição ao longo da margens do Rio Doce e afluentes, causando também o colapso no abastecimento de água em municípios que integram a bacia.
Segundo a Samarco, o volume de resíduos de mineração que se deslocou hoje se acomodou entre as barragens de Fundão e Santarém. Conforme a empresa, as barragens de Santarém e Germano, que sofreram danos e foram submetidas a obras de recuperação após o desastre em Mariana, continuam estáveis.
O promotor Carlos Eduardo Ferreira, responsável pelo Núcleo de Combate a Crimes Ambientais no Ministério Público de Minas Gerais, ordenou a ida de um representante do MP-MG ao local para investigar o novo vazamento.
Por Felipe Pontes, da Agência Brasil, in EcoDebate, 28/01/2016
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Impressionante o descaso da mineradora não só com a população de Mariana e com o povo brasileiro. Onde estão is órgãos públicos de proteção ambiental?
Que governo é esse que ainda não suspendeu os direitos de exploração da Samarcos?
Qual é o montante da propina que a mineradora está pagando pelo Calaboca daqueles que governam?
Quem são aqueles que lucram com essa catástrofe criminosa?
Como até agora ninguém foi preso?
17 pessoas perderam suas vidas por conta desse crime ambiental, mais os danos causados só meio ambiente e está tudo como se nada tivesse acontecido.
Falta homem ou mulher decente no judiciário para colocar esses bandidos na cadeia?
Ou é a propina que fala mais alto?
Inacreditável. Urge a necessidade no Brasil de um mãos limpas para solucionar essas demandas que a propina impede que seja resolvido
Vergonha.
O subdesenvolvimento deste Brasil é realçado nestes pormenores. É pura desgovernação!
Necessitamos de uma operação lava-jato no setor ambiental.