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Artigo

População no Rio de Janeiro em 2030, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

 

População no Rio de Janeiro em 2030

 

[EcoDebate] O IBGE tem, em sua página, projeções da população brasileira e estimativas de população para as Unidades da Federação, até 2030. O Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, vai ter uma grande redução do ritmo de crescimento demográfico e vai apresentar um rápido envelhecimento populacional, em decorrência da redução do número médio de filhos das famílias.

Segundo o IBGE, a Taxa Total de Fecundidade (TFT) para o Estado do Rio de Janeiro foi de 3,8 filhos por mulher em 1970, 2,9 filhos em 1980, 2,1 filhos em 1991, 2,0 filhos em 2000 e 1,68 filho por mulher em 2010. Esta queda da fecundidade provoca uma redução da base da pirâmide etária e o aumento das idades adultas num primeiro momento e uma aceleração do envelhecimento no longo prazo.

A população do Estado do Rio de Janeiro era de 14,8 milhões de habitantes no ano 2000, sendo 7,2 milhões de homens e 7,6 milhões de mulheres. Em 2013, os números estimados foram 16,4 milhões no total, sendo 7,95 milhões de homens e 8,45 milhões de mulheres. No ano de 2030 – cem anos após a chegada de Getúlio Vargas ao poder no Palácio do Catete – o IBGE estima uma população total fluminense de 17.441.020, sendo 8.456.109 homens e 8.984.911 mulheres.

Entre os anos de 2000 e 2001 o acréscimo absoluto de pessoas no Estado foi de 151.813 pessoas. Entre 2029 e 2030 o acréscimo deverá ser de 30 mil pessoas. Os acréscimos absolutos devem continuar se reduzindo até se transformarem em números negativos em algum momento da década de 2030. A partir daí a população fluminense deverá iniciar um processo de decrescimento, liderando uma tendência que deve ser nacional. O Estado do Rio de Janeiro, em primeiro lugar, e o Brasil, um tempo depois, iniciarão uma fase de redução do volume populacional.

Uma forma de avaliar a mudança da estrutura etária é por meio do índice de envelhecimento (IE). No ano 2000, havia 3,8 milhões de crianças e adolescentes (0-14 anos) e 1,5 milhão de idosos com 60 anos e mais, no Estado do Rio de Janeiro, sendo que o índice de envelhecimento era de 40 idosos para cada 100 crianças e adolescentes de 0-14 anos. No ano 2030, o número de crianças e adolescentes deve cair para 2,8 milhões e o número de idosos deve passar para 3,9 milhões de pessoas com 60 anos e mais. Desta forma, o índice de envelhecimento será de 139, ou seja, vai haver 139 idosos (60 anos e +) para cada 100 crianças e adolescentes (0-14 anos).

O Rio de Janeiro será a UF com o segundo maior IE do país, em 2030, superior ao de Minas Gerais, de 127 por 100 e o de São Paulo, de 132 por 100. Como o Estado do Rio de Janeiro foi a Unidade da Federação (UF) que liderou o processo de transição da fecundidade no Brasil, só não será a UF com a estrutura etária mais envelhecida em 2030, devido ao processo de migração. O Estado líder do processo de envelhecimento será o Rio Grande do Sul, com Índice de Envelhecimento de 157 idosos para cada 100 crianças e adolescentes (0-14 anos) em 2030.

O tamanho da onda do envelhecimento brasileiro terá ritmos diferentes conforme as regiões, os estados e as cidades. Mas não haverá como evitar o tsunami grisalho que vai transformar a composição etária da população, em suas diferentes escalas. Embora o Rio de Janeiro esteja na vanguarda, o envelhecimento será um fenômeno nacional. As três esferas da Federação precisam, desde já, se preparar para lidar com este fenômeno demográfico que pode variar em suas dimensões, mas será tão certo quanto a noite que permanentemente sucede o dia.

Referência:
IBGE: Projeção da População das Unidades da Federação por sexo e idade: 2000-2030, revisão 2013

 

José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br

 

in EcoDebate, 22/01/2016

[cite]

 

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One thought on “População no Rio de Janeiro em 2030, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

  • Prezado Doutor José Eustáquio Diniz Alves, peço-lhe a gentileza de me desculpar pela minha “intuitiva” interferência na questão em apreço, mas, considerando a grave, crescente e incontrolável crise, especialmente nas áreas social, econômica e ambiental, que assola o planeta Terra, essas previsões, mesmo para um curto período de quinze anos. não têm sustentabilidade.
    É evidente que estamos seguindo, em ritmo cada vez mais acelerado, em direção a uma situação de total descontrole social, político e religioso, que levará grande parte da população humana à condição de miseráveis famintos. Quanto tempo levará para atingirmos esse agravamento geral, não se pode precisar, mas é possível avaliar que não dependerá de mais de uma ou duas décadas.
    Em outras palavras, o que estou dizendo é que o planeta Terra vive, atualmente, um estado de decadência generalizada que é incomparável com o probleminha do envelhecimento, via redução populacional dos seres humanos.
    A redução da população humana na Terra, para ser eficiente, devia fazer parte de uma grande projeto Socialissta, englobando todas as áreas, e com enfoque especial para a abolição das religiões e para a prática de uma Educação Socialista irrestrita, que fosse capaz de, em determinado período de tempo, suplantar todos os vícios que levaram à constituíção do que, atualmente, se chama de sociedade humana.
    É necessário que trabalhos da natureza desse comentário “intuitivo” que agora faço, sejam desenvidos e divylgados na mídia, com muitafrequência, por estudiosos, para que a maioria dos humanos habitantes da Terra possam tomar conheciment. Isto se se pretnde mudar mudar o rumo da História nojenta da espécie humana, e se o poder capitalista permitir. Neste ponto chegamos no nó que não tem como ser desatado, pois o capitalismo, como já se disse antes, é um ser, absolutamente, irracional.

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