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BNDES aprova financiamento de R$ 471,5 milhões para 10 PCHS em Minas Gerais e Santa Catarina

[BNDES approves funding of R$ 471.5 million for 10 PCHS in Minas Gerais and Santa Catarina]

A diretoria do BNDES aprovou financiamento de R$ 471,5 milhões para a construção de 10 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), em Minas Gerais e Santa Catarina, controladas pela Empresa de Investimento em Energias Renováveis S.A (Ersa). A construção das usinas vai gerar quatro mil empregos diretos e indiretos.

A participação do Banco equivale a 60,9% do investimento total, de R$ 774,2 milhões, e inclui as instalações de transmissão necessárias à interligação das usinas ao sistema brasileiro. O BNDES tem em carteira 83 projetos de PCHs, que somam 1,6 mil MW, com financiamentos de R$ 4,6 bilhões e que possibilitaram investimentos de R$ 7,5 bilhões.

As 10 PCHs, que possuem capacidade individual instalada inferior a 30 MW e área de reservatório menor do que 3 quilômetros quadrados, terão, em conjunto, potência instalada de 137 MW. A energia será suficiente para abastecer uma população de cerca de 1,4 milhão de pessoas.

As usinas – Aiuruoca, Arvoredo, Barra da Paciência, Cocais Grande, Corrente Grande, Ninho da Águia, Paiol, São Gonçalo, Varginha e Várzea Alegre – têm contratos de compra e venda de energia de longo prazo já firmados. A primeira usina a entrar em operação, prevista para dezembro de 2008, será a PCH Cocais Grande, com 10 MW de potência instalada, em Minas Gerais.

O apoio do BNDES contribuirá para o desenvolvimento da infra-estrutura energética do país. Além disso, os investimentos envolverão mais de 10 grandes fornecedores, o que gerará impactos positivos sobre a cadeia produtiva do setor. Outro mérito do projeto financiado pelo BNDES está na localização das PCHs, divididas em três bacias hidrográficas distintas, a de Rio Grande, Uruguai e Rio Doce.

As 10 usinas foram constituídas na forma de Sociedade de Propósito Específico (SPE), que será a beneficiária do contrato de financiamento e responsável pela implantação do projeto. Os recursos são liberados para cada SPE de acordo com o ritmo de implantação de seu projeto. Em função dessa estrutura, para cada operação será realizado contrato de financiamento com o Banco.

Os projetos, no entanto, foram aprovados em bloco, o que embute estrutura mitigadora de riscos, uma vez que o modelo prevê as chamadas garantias solidárias. Ou seja, os riscos de cada empreendimento são atenuados pelo sucesso dos demais. A solução foi tomada a fim de que os superávits dos melhores projetos, aqueles que apresentam maior geração de caixa em relação aos investimentos, possam suprir eventuais deficiências daqueles com perspectivas financeiras menos promissoras.

A Ersa é uma companhia de capital aberto e foi constituída no final de 2006 com o objetivo de explorar oportunidades no mercado brasileiro de geração de energia elétrica. Atualmente, possui portfólio de projetos com capacidade de geração de 514 MW.

Texto da Ascom BNDES, 06.11.08

[EcoDebate, 07/11/2008]

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