Mudança Climática e Aquecimento Global. Avanços Tecnológico no Monitoramento, artigo de Anderson Costa
[EcoDebate] A crescente interferência humana nos ecossistemas naturais através das queimadas e desmatamento, associado também com o acentuado aumento da queima de combustíveis fósseis, são os maiores responsáveis por mudanças climáticas na Terra. Isso se deve principalmente à elevada emissão de Dióxido de Carbono (CO2) que essas atividades acarretam, provocando inúmeros desequilíbrios ecológicos e distúrbios climáticos.
O Aquecimento Global refere-se às alterações climáticas que provoca um aumento da temperatura média da atmosfera mais baixa, sendo associado ao aumento dos gases de efeito estufa, como o gás Carbono e o Metano (CH4), vapor de água e outros gases que agem como uma estufa em torno da Terra. Isto significa, que estes gases permitem que a radiação emitida pelo Sol incida na Terra, entretanto, não permitem que o calor escape para o espaço. Quanto mais gases de efeito estufa existem, maior é o percentual de calor que ficará preso dentro da atmosfera da Terra.
Vale registrar, que a ocorrência natural dos gases de efeito estufa é relativamente aceitável, em quantidades que ocorra naturalmente. Entretanto, quando a humanidade começa a contribuir com quantidades excessivas, elas se tornam um problema. Segundo a NASA (National Aeronautics and Space Administration), o aumento desses gases contribui ao aumento do nível do mar e desequilibra os padrões de precipitação.
Nesse sentido, não é mais novidades para sociedade, que o nível do mar está subindo e as geleiras estão diminuindo, recordes de temperaturas altas e tempestades severas e secas estão se tornando cada vez mais comum. Essas mudanças na temperatura e nos padrões de chuva alteram o comportamento animal e vegetal e têm implicações significativas para os seres humanos.
Vários pesquisadores têm a alta confiança de que as temperaturas globais continuarão a aumentar nas próximas décadas, em grande parte devido a gases de efeito estufa produzidos por atividades humanas. Entretanto, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que inclui mais de 1.300 cientistas dos Estados Unidos e outros países, prevê um aumento de temperatura de 2,5 a 10 graus centígrados durante o próximo século.
Vale ressaltar, que temos alguns avanços tecnológicos, a NASA lançou seu primeiro satélite dedicado à medição de Dióxido de Carbono Atmosférico, este gás que aprisiona o calor e que está impulsionando o aquecimento global já pode ser visto nos mapas de carbono obtidos pela sonda, com o nome do Observatório Orbital de Carbono-2, ou OCO-2.
Figura 1. Mapa da Concentração Média do Dióxido de Carbono na Terra obtida pelo OCO-2 no período de 01 outubro a 11 de novembro de 2014.
O Mapa aponta a Concentração (hotspots) de Dióxido de Carbono ao longo do Norte da Austrália, África do Sul e do Leste do Brasil. Estes picos de Carbono estão associados aos incêndios agrícolas e limpeza de terrenos, práticas que são comuns durante a primavera no hemisfério sul.
Outra variável que está sendo estudada pelo Centro Nacional de Dados Climáticos da NOAA (NCDC) é a temperatura Global, em janeiro de 2015, a temperatura média global das superfícies terrestres e oceânicas foi de 0,77 ° C (1,39 ° F) acima da média. O mais quente foi janeiro em 2007, quando a temperatura global mensal foi de 0,86 ° C (1,55 ° F) acima da média.
Neste mapa estão os percentis das temperaturas da superfície da Terra e do Oceano. Onde é possível identificar as superfícies mais quente em relação à média dos últimos anos.
Outra técnica mais pontual, para medir a temperatura em ambientes locais, são os dados das imagens infravermelho derivados da Termografia, esta técnica tem como objetivo medir a temperatura superficial dos ambientes urbanos.
Nesse sentido, é visível que estamos no caminho certo nos avanços tecnológicos, entretanto, existe a necessidade de integrar dados para que possamos realizar análises mais rápidas e frequentes, buscando entender e mitigar os impactos causados pela elevada emissão de Dióxido de Carbono e procurar alternativas para as atividades que provocam inúmeros desequilíbrios ecológicos e distúrbios climáticos.
Anderson Costa, Engenheiro Florestal (UFRA), Especialista em Estatística Aplicada (UFPA) e Msc. Ciências e Meio Ambiente (UFPA).
Publicado no Portal EcoDebate, 26/02/2015
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