A felicidade fora dos padrões, artigo de Gilmar Passos
[EcoDebate] Quando uma pessoa nasce é imediatamente inserida num sistema. Nele, ela é alimentada, nutrida e se ajusta aos padrões que lhe foram impostos. Tudo é maravilhoso enquanto não se vê algo novo e diferente, mas quando isso acontece pode provocar tensões, crises. O choque entre o novo e o velho, ou os diferentes, quando for necessário é fundamental para o enriquecimento ou crescimento pessoal.
Todo sistema fechado cria leis e regulamentações de controle para manter aquilo que chamam de ordem. Algumas delas são oficialmente registradas, outras aparecem em momentos particularizados. No entanto, nada fica fora de um certo tipo de padrão.
Cada pessoa sofre o processo de se padronizar no ambiente cultural que nasceu. Neste caso, não há escolha de opção para nascer, simplesmente a pessoa se encontra num sistema que não pensou, não planejou, nem optou nascer, crescer. Com o tempo em que a pessoa vai crescendo e se sociabilizando com o primeiro ambiente, que é mais familiar, acontece o tempo da descoberta de ambientes diferentes como escola, amigos, local de morar…
Cada descoberta vai marcando a pessoa e abrindo para ela novas oportunidades e possibilidades diferentes de viver e conviver. Com cada nova descoberta abraçada acontece o envolvimento e a convivência que gera experiências novas provocando na pessoa uma decisão, ou seja, chega o momento de uma nova oportunidade e a escolha em seguir em frente ou não é pessoal. É o momento de um novo paradigma, mas que só acontece pela decisão.
A decisão tomada por um novo paradigma cria a transformação pessoal, que nada mais é do que é a mudança necessária para a sobrevivência. É preciso estar atento ao momento de um novo paradigma para que haja na pessoa uma evolução da inteligência, do comportamento.
A felicidade fica justamente nesta convivência dos velhos para os novos paradigmas. É uma felicidade fora dos padrões originários. Portanto é preciso passar por essa transição, sem medo. Nada de pensar que quem está fora dos padrões recebidos são os perversos, na verdade o perverso continuar com padrões em desusos para a humanidade.
Na mudança de paradigmas ou transição de padrões, mantêm-se o que é essencial, o que se muda é a embalagem do produto. É um ato de inteligência perceber a necessidade de mudar a embalagem para os novos tempos, para manter atualizado o produto. A felicidade é uma espécie de produto que precisa fugir de muitos padrões para se manter firme, valido e eficaz.
Gilmar Passos. Escritor, autor de livros e artigos voltados para o profundo da vida humana.
Publicado no Portal EcoDebate, 17/11/2014
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