Minc recebe doação de R$ 11 milhões de Eike Batista, multado pelo IBAMA em mais de em R$ 25 milhões
O empresário Eike Batista, do Grupo EBX, e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciam investimento de R$ 11,4 milhões em três parques nacionais Foto: Wilson Dias/ABr
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o empresário Eike Batista, do grupo EBX, assinaram ontem (14) um acordo de cooperação de R$ 11,4 milhões para investimentos nos parques nacionais de Fernando de Noronha (PE), dos Lençóis Maranhenses (MA) e do Pantanal Mato-grossensse (MT).
O montante da doação é menos da metade do valor devido pela empresa em multas por crimes ambientais, como uso de carvão vegetal sem certificação, produzido com madeira de desmatamento.
Em julho, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou uma das empresas de Batista, a siderúrgica MMX, instalada em Corumbá (MS), em R$ 25 milhões, após constatar que 90% dos fornecedores de carvão da mineradora operavam na ilegalidade. A multa se soma a pelo menos outras três, entre elas uma de R$ 3 milhões, por compra de carvão feito a partir de desmatamento ilegal no Pantanal, e outra de R$ 1 milhão, por adquirir carvão produzido ilegalmente em terra indígena.
De acordo com Minc, a doação não vai significar “anistia” das multas ou pendências ambientais dos empreendimentos do grupo EBX.
“Tudo que é devido, será pago. Nenhuma carta de alforria foi comprada aqui. Tudo será cobrado duramente. Não vai haver nenhuma vantagem, a doação não significa nenhum tipo de facilitação de licenciamentos [ambientais]”, afirmou o ministro.
Minc disse esperar que o acordo com “o importante empresário Eike Batista” sirva de exemplo para outras grupos e estimule parcerias público-privadas em ações ambientais. “Esse dinheiro não exime doadores de responsabilidades. As empresas são fiscalizadas, têm que pagar as multas devidas, cumprir suas obrigações, mas podem fazer ações voluntárias. Seria negativo se, em vez de cobrar multas, aceitássemos doações como compensação”, justificou.
De acordo com o ministro, o processo de cobranças das multas da MMX seguirá normalmente. Batista negou que tenha utilizado carvão irregular, disse que a empresa está recorrendo das multas do Ibama e lembrou que chegou a pensar em fechar a siderúrgica por causa dos problemas com os órgãos ambientais.
“No contexto das nossas companhias, isso [a siderúrgica] é uma operação pequena, e está nos causando muito problema, estamos pensando inclusive em fechar. É uma coisa pequena, que nos traz um mal tão grande, que a gente não precisa disso”, disse o empresário.
Segundo Batista, os problemas ambientais da siderúrgica apontados pelo Ibama prejudicam “barbaramente a imagem da companhia” e já causaram prejuízos de “centenas de milhões de dólares”.
Matéria de Luana Lourenço, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 15/10/2008.
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Sou redator chefe do site http://www.homem-da-caverna.com e conheço Mato grosso do Sul nas palmas das minhas mãos. Cresci dentro do Pantanal sou ecologista e defendo com unhas e dentes este pedaço de chão conforme materias do meu jornal no site.
O fato explorado acima é uma grande vergonha para o povo Brasileiro.
Este homem esta acabando com o Pantanal. de desembro de 2007 ate a presente data consumiu aproximadamente 1000 hectares de florestas nativas. e depois vem com a conversa de que trabalham dentro da lei os fornecedores é que estão cometendo crime.
Wilson
è só mais um cretino que se vale das facilidades de um país que tem uma das legislações mais abrangentes mas que não consegue executar essas mesmas leis… lámentável, é de chorar de raiva ver meu país ser destruido por gringos (transnacionais) e brasileiros que não amam sua terra, não amam a natureza bondosa que os gerou e que alimenta- ainda- seus filhos