Aumento no nível de renda e instrução reflete redução na fecundidade
Entre as mulheres sem instrução e com ensino fundamental incompleto, a taxa de fecundidade chega a 3,00 filhos por mulher, enquanto que, entre as mulheres com ensino superior completo, a taxa é de 1,14 filho. A maior taxa de fecundidade no grupo de mulheres sem instrução e fundamental incompleto foi observada na região Norte (3,67); a menor taxa para as mulheres com ensino superior completo foi observada no Sudeste (1,10). As mulheres sem instrução ou com fundamental incompleto apresentaram importante redução da fecundidade, de 3,43 filhos em 2000 para 3,00 em 2010, fazendo com que diminuísse a diferença entre os grupos extremos, que em 2000 era de 67,1%, para 61,9%.
Quanto mais alto o nível de instrução da mulher, mais tardio se torna o padrão etário da fecundidade. Das mulheres sem instrução e com ensino fundamental completo, a maior contribuição da fecundidade vem do grupo de mulheres com idades entre 20 e 24 anos. O grupo de médio completo e superior incompleto mostra um comportamento do padrão da fecundidade mais dilatado, com concentração no grupo de 25 a 29 anos, enquanto no grupo de mulheres com ensino superior completo a maior contribuição da fecundidade vem daquelas com idades entre 30 e 34 anos, que concentram 1/3 da sua fecundidade total neste grupo. As mulheres com ensino superior completo têm seus filhos, em média, 5,5 anos depois do que as sem instrução e com ensino fundamental incompleto, 30,9 contra 25,4 anos. Como as mulheres com ensino superior completo representam 11,2% das mulheres em idade fértil, contra 33,7% sem instrução e ensino fundamental incompleto, o perfil da fecundidade para o conjunto da população ainda apresenta uma tendência predominante de ter filhos mais cedo.
Taxa de fecundidade das mulheres com rendimento domiciliar per capita acima de um salário mínimo fica abaixo do nível de reposição
As mulheres que em 2010 viviam em domicílio com rendimento per capita de até ¼ de salário mínimo apresentam uma fecundidade alta para os padrões recentes brasileiros, de 3,90 filhos. Já as mulheres nos quatro grupos com rendimento domiciliar per capita de mais de um salário mínimo apresentam níveis de fecundidade muito baixos (entre 1,30 e 0,97), com decréscimos da fecundidade com o aumento da renda. Essa tendência de diminuição da fecundidade com o aumento da renda pode ser observada em todas as grandes regiões.
Fonte: IBGE
EcoDebate, 18/10/2012
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