Possibilidades da automação na gestão e tratamento de resíduos sólidos, por Antonio Silvio Hendges e Juan Pedro Acosta
A Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada em agosto de 2010 pelo Senado estabeleceu prazo de dois anos para as prefeituras apresentarem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O mês de agosto/2012 marca a data limite. No entanto, poucos estão adequados e o desperdício de matérias primas que poderiam ser valorizadas através da reciclagem continua sendo a regra. Como exemplo, Porto Alegre coleta aproximadamente 1200 toneladas/dia de resíduos sólidos com potencial de reciclagem de 42,73%. Na coleta seletiva são aproximadamente 100 toneladas, mas um pequeno percentual é reaproveitado – cerca de 10%. Isto diminui os ganhos das cooperativas de catadores, que tem os recursos financeiros dos seus associados vinculados à quantidade de material que conseguem separar para a reciclagem. Os resíduos sólidos recicláveis e reutilizáveis em sua maior parte voltam para os caminhões de coleta e têm o mesmo destino final do lixo orgânico: os aterros sanitários. A Capital gaúcha gasta em média R$ 33,27 por tonelada transportada até Minas do Leão, distante 113 quilômetros. Estes dados são do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
Uma solução rápida e eficiente para o tratamento adequado dos resíduos e a adequação dos municípios à Política Nacional de Resíduos Sólidos está na automação nos processos de separação, classificação e valorização dos materiais recicláveis. Estas tecnologias podem aumentar significativamente os rendimentos, a eficiência e o profissionalismo das cooperativas de catadores e das empresas de reciclagem, dinamizando a eficiência da separação dos diferentes materiais recicláveis, resultando em economia aos municípios, geração de trabalho e renda de qualidade, inclusão social e em menos resíduos para a disposição final nos aterros sanitários (ou lixões), gerando economia para o poder público e vantagens ambientais.
A indústria Pellenc Selective Technologies (Pellenc ST) presente em 40 países, pesquisa, desenvolve e comercializa equipamentos com tecnologias óticas que realizam uma separação extremamente precisa dos diferentes tipos de plásticos (PET, PP, PEAD, PEBD, PVC, PS, etc) e outros materiais presentes nos resíduos descartados pelo consumo ou produção, incluindo-se indústrias, construtoras e outras atividades. Com maior eficiência na separação, cresce o volume de material efetivamente reciclado, gerando benefícios diretos e imediatos às cooperativas e empresas, auxiliando a gestão municipal adequada e legal dos resíduos sólidos.
A Pellenc ST é representada na Região Sul do Brasil pela Quattro Vento Assessoria Empresarial. Conforme o Diretor da empresa, os benefícios que os municípios obtêm com a automatização dos processos de tratamento de resíduos sólidos são consideráveis: “As cooperativas de catadores poderão ganhar em eficácia, profissionalismo e recursos financeiros, aumentando a eficiência dos processos de separação dos materiais e trabalhando mais forte para aumentar o volume de material recolhido. Para os municípios, representará menos material desperdiçado que volta para os aterros sanitários. Para os cidadãos será menos no lixo na rua e mais justiça social”, explicou o Diretor da Quattro Vento, Juan Pedro Acosta. “É importante reforçar que nenhum emprego será extinto devido à automatização, pelo contrário, as cooperativas poderão ampliar o número de trabalhadores nas suas equipes”.
O lixo brasileiro contém de 5 a 10% de plásticos, conforme o local. São materiais que, como o vidro, ocupam um considerável espaço no meio ambiente. O ideal: serem recuperados e reciclados. A reciclagem do plástico exige cerca de 10% da energia utilizada nos processos primários de produção. Do total de plásticos produzidos no Brasil, apenas 15% é reciclado. Um dos empecilhos é a grande variedade de tipos utilizados. “Não existe limite de desempenho dos nossos sistemas de reciclagem, os sensores da Pellenc ST permitem atingir um grau de pureza de 90 a 95 % com valores de pico de 99% graças aos sistemas de leitura ótica implantados nos equipamentos”, explicou Acosta. Os plásticos recicláveis são: potes de todos os tipos, sacos de supermercados, embalagens para alimentos, vasilhas, recipientes e artigos domésticos, tubulações e garrafas de PET, que convertidas em grânulos são utilizadas para a fabricação de cordas, fios de costura, cerdas de vassouras, escovas, revestimentos, equipamentos ergonômicos, roupas, bicicletas e muitos outros produtos.
Vantagens dos equipamentos com tecnologias óticas da Pellenc ST:
– Flexibilidade – não importa qual tipo ou quanto material é necessário separar: A Pellenc ST oferece uma ampla variedade de equipamentos de reciclagem para atender as necessidades especificas.
– Serviços – ajudamos nossos clientes a encontrarem soluções exatas para as necessidades de reciclagem.
– Desempenho – não existe limite de desempenho dos nossos sistemas de reciclagem, os sensores da Pellenc ST permitem atingir um grau de pureza de 90 a 95 % com valores de pico de 99%.
– Detecção superior – os sensores Pellenc ST são capazes de fornecer mais informações na leitura dos objetos.
– Assistência Técnica – A Pellenc ST oferece muito mais que a venda de máquinas: oferecemos sistema completos de operação, revemos e aperfeiçoamos permanentemente, ajudando nossos clientes a maximizarem a performance de seu sistema Pellenc ST.
– Benefícios – Adicionar a tecnologia Pellenc ST aos processos de reciclagem significa aumentar a capacidade, qualidade e lucros: nossos sensores aumentam a eficiência das instalações, fornecendo frações mais puras, uma produção elevada e um desempenho constante. Sendo assim, o investimento tem um período breve de recuperação: entre 6 a 36 meses, graças à minimização dos custos e maximização do rendimento.
Antonio Silvio Hendges, Articulista do Portal EcoDebate, é Professor de biologia, assessoria em resíduos sólidos, educação ambiental e tendências ambientais. Emails: as.hendges@gmail.com e cenatecltda@hotmail.com
Juan Pedro Acosta, Diretor da Quattro Vento (www.quattrovento.com.br) Email: quatrovento@quatrovento.com.br
EcoDebate, 06/08/2012
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Artigo decepcionante, mas parece um merchandising. Qual a fonte desses dados? Puro achismo… lamentável
Cara Cristine.
Não se trata de merchandising.
O artigo coloca um problema enfrentado pela maioria das cidades. Os baixos índices de reciclagem de resíduos sólidos e suas consequências. No caso de Porto Alegre, em torno de 90% do que poderia ser reciclado acaba no Aterro Sanitário de Minas do Leão.
– Os dados apresentados na matéria referentes a Porto Alegre foram obtidos junto ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana ( DMLU).
– Um texto de debate não deve se limitar apenas a apresentação de problemas, mas também oferecer soluções que possibilitem benefícios ambientais para a cidade e financeiros para as cooperativas de catadores.
Um abraço