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Notícia

Vídeos produzidos no curso de Nutrição, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, educam a comer

 

Proposta é que alunos trabalhem com a promoção de práticas alimentares saudáveis

Na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, o curso de Nutrição conta com uma metodologia diferenciada para a matéria Educação Nutricional. Na disciplina  ministrada pelas professoras Ana Maria Cervato Mancuso e Ana Maria Dianezi Gambardella os alunos desenvolvem pequenos vídeos elucidando pontos sobre a educação nutricional. “Precisávamos estimular os alunos a se apropriarem de novas tecnologias. O nosso objetivo é que, desta maneira, eles consigam construir modelos e estratégias educativas nessa área da nutrição”, diz Ana Maria Cervato. A iniciativa foi implantada no curso em 2008.

A realização da matéria se dá sempre no segundo semestre e é obrigatória para alunos do sexto semestre do curso de Nutrição. Os temas trabalhados são amplos e dão liberdade de criação aos alunos. “Alguns falaram sobre a redução do sal na comida e outros sobre a importância do açúcar, por exemplo”, conta Jéssica Dias, mestranda da FSP que foi monitora da disciplina por dois anos.

No primeiro ano do projeto de elaboração dos vídeos, os alunos contaram com o apoio da TV USP. “O estabelecimento da parceria fez com que o projeto desse certo. Os alunos contavam com a ajuda dos profissionais da TV para que suas ideias pudessem ser colocadas em prática”, lembra Jéssica.

Durante o desenvolvimento do vídeo, os alunos tinham de montar todo um projeto educativo, com diagnósticos para o problema traçado, conhecimento público sobre a questão bem definido e uma estratégia para propor à população. “A ideia era que eles entendessem quais eram os pontos que as pessoas menos sabiam sobre determinado assunto e tentar encontrar uma solução para levar esse conhecimento para elas. Traçar estratégias e realizar planos para que a educação alimentar ganhasse espaço no dia a dia da população”, completa Jéssica.

Repercussão

Cena do vídeo “Rotulagem de alimentos”, desenvolvido pela turma de 2011

A repercussão dos vídeos foi tão positiva que a matéria passou a ser conhecida entre os outros alunos. “Foi interessante ver como os próprios estudantes se responsabilizaram pela veiculação dos vídeos. A única exigência era a da apresentação final, mas depois os trabalhos poderiam permanecer anônimos, mas notamos que muitos deles queriam fazer com que esse produto chegasse ao maior número possível de pessoas.”

Ana Maria Cervato enfatiza que a proposta consiste em um trabalho acadêmico. O intuito da atividade é com a intenção de fazer com que os alunos entendam o processo de criação de uma atividade educativa.

Além dos benefícios para os próprios alunos, Ana Maria Cervato acredita que o material produzido nas disciplinas pode se manter ativo na educação da população. “Os vídeos podem ter impactos na vida das pessoas e até de outros professores. Um docente pode ver os vídeos junto às suas turmas: “Encontrei este material na internet, o que vocês acham? Vamos discutir educação alimentar por meio disso?””, sugere.

Para as professoras, o que importa é o processo de criação e não o produto final. O que é mais válido na disciplina é a oportunidade que os alunos recebem de repensar diferentes propostas de se propor a educação alimentar.

Para 2012, a aplicação da disciplina já começa a ser repensada pelas professoras. “Estamos pensando em começar a avaliar o alcance dessas informações, tentar descobrir se as mensagens passadas nos vídeos foram efetivas e conseguiram sensibilizar as pessoas sobre o assunto”, conclui.

Veja os vídeos produzidos ao longo dos anos: 2009, 2010 e 2011.

Mais informações: e-mail cervato@usp.br, e-mail jessica.dias@usp.br

Matéria de Paloma Rodrigues, da Agência USP de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 17/02/2012

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