EcoDebate

Plataforma de informação, artigos e notícias sobre temas socioambientais

Notícia

Em busca de um milhão de assinaturas contra o novo Código Florestal

 

Este é o objetivo do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável: reunir pelo menos um milhão de assinaturas para dar maior voz aos protestos contra a aprovação do novo Código Florestal (PLC 30/2011). A votação do projeto no Senado está prevista para ocorrer no dia 22 deste mês.

Em busca de um milhão de assinaturas contra o novo Código Florestal

Lançado em junho deste ano, o Comitê formado por mais de 160 organizações da sociedade civil está mobilizando os brasileiros a se manifestarem contra o projeto. Esse Comitê prima por uma lei que garanta a conservação e o uso sustentável das florestas, trate dignamente os agricultores familiares e as populações tradicionais, garanta a recuperação florestal das áreas ilegalmente desmatadas, reconheça e valorize quem promove o uso sustentável, contribua para evitar desastres ambientais e que acabe com o desmatamento ilegal.

Em diversos estados, incluindo o Rio Grande do Sul, diversas frentes estão sendo organizadas e realizadas tendo a finalidade de barrar a aprovação do novo Código Florestal. Para fomentar a coleta de assinaturas, o Comitê Gaúcho irá realizar amanhã (dia 6), às 14 horas, uma divulgação mais intensa da campanha no centro de Porto Alegre. A iniciativa será realizada na 57ª Feira do Livro, na Rua dos Andradas. Os interessados pela causa podem participar divulgando a campanha e coletando assinaturas.

O documento do abaixo-assinado está disponível para download, devendo ser enviado para: Caixa Postal 6137, CEP 70740-971, Brasília-DF. Acesse também o site do Comitê Brasil e saiba outras formas de envio das assinaturas.

Entenda o que está em jogo com o novo Código Florestal

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU, sabendo da necessidade de um debate dialógico acerca das alterações propostas, vem publicando diversas notícias e entrevistas a respeito do tema.

Em entrevista à IHU On-Line, Francisco Milanez afirma que a proposta de um novo Código Florestal visa anistiar crimes ambientais. Segundo cientistas, a proposta de mudanças no Código Florestal brasileiro pode levar mais de 100 mil espécies de animais à extinção, além de aumentar as emissões de gás carbônico na atmosfera. De acordo com o ambientalista, seria muito ruim “para um país que sempre se orgulhou de não ter essas destruições naturais que conseguíssemos, através da nossa burrice, começar a construir esse tipo de perda”.

Dieter Wartchow e Ricardo Ribeiro Rodrigues, também à IHU On-Line, relatam a desinformação que envolve o projeto e o debate a respeito. “A proposta de alteração do Código Florestal, em seus vários itens, não está circunstanciada em dados já disponíveis na ciência. Esta é uma crítica que está sendo feita pela Academia Brasileira de Ciência”, afirma Rodrigues. Para Wartchow, na “abordagem natural usada nas discussões em torno do Novo Código Florestal, falta harmonia, conhecimento sistêmico e sobram dispersão e desinformação”.

De acordo com Carlos Eduardo Young, o Brasil “não terá ganhos econômicos com a aprovação das alterações do Código Florestal”. Para o pesquisador, as mudanças apresentam equívocos e um deles se refere à ideia de que o desmatamento gera crescimento econômico.

Manifeste-se contra o novo Código Florestal

Quer ser uma das um milhão de vozes contra o novo Código Florestal? Contribua com a sua assinatura e divulgue esta ação. Como? Você pode aderir à manifestação através do abaixo-assinado disponível em diversos locais do campus da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. São eles:

– Restaurantes e lancharias no campus da Unisinos – São Leopoldo-RS
– Postos de atendimento de todos os Centros Acadêmicos
– Em frente ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU (Centro 1, Prédio G – Corredor principal de pedestres)
– Associação de funcionários da Unisinos (Centro 1, Prédio G – Corredor principal de pedestres)
– Biblioteca Unisinos.

Em busca de um milhão de assinaturas contra o novo Código Florestal

Pela internet, você pode auxiliar na divulgação dessa ideia. Através das redes sociais, é possível compartilhar a ação com os seus amigos, influenciando mais pessoas a aderirem à causa. No Twitter, utilize a hashtag #florestafazadifereca e siga @florestafaz para acompanhar as ações do Comitê. No Facebook e em outras plataformas de compartilhamento, você pode divulgar cartazes, notícias e os materiais de divulgação produzidos pelo Comitê. Para maiores informações, acesse o site e saiba como auxiliar.

(Ecodebate, 07/11/2011) publicado pela IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.

[IHU On-line é publicada pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

[ O conteúdo do EcoDebate é “Copyleft”, podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário do Portal EcoDebate
Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta clicar no LINK e preencher o formulário de inscrição. O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.

O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.

5 thoughts on “Em busca de um milhão de assinaturas contra o novo Código Florestal

  • Sou totalmente contra qualquer medida ou código que não inclua punir desmatadores e que não obrigue a se preservar mais, sempre mais. Queremos mais florestas, não menos!!!

  • O que é um desmatador ilegal que os senhores tanto condenam? 160 Entidades protestam mas nenhuma sabe caracterizar um desmatador ilegal, sair campo a fora e apontar com os dedos quem é um deles. O local mais fácil de encontrar ocupações irregulares é onde os senhores residem, nas cidades e por que não protestam lá? Em tese é muito fácil arranjar simpatizantes, CONTRA o desmatamento ilegal todos são mas cadê a caracterização? Discutem com base na midia em vez de lerem com os próprios olhos aquilo que está no Projeto ou então são todos muito burros para entender o que está escrito lá.

  • Vicente de paulo Pinto

    Sou ambientalista, presidente de uma ONG Ambiental. Defendo a preservação das matas, da fauna, dos recursos hídricos, do ar puro….. Defendo políticas capazes de promoverem a paz no campo, políticas para garantir condições dignas de vida para as famílias que desejarem e que possuem vocação para trabalhar a terra e que quando não conseguem permanecerem no campo devido à ausência destas necessárias políticas, vão inchar as cidades, aí sim causando verdadeiros e grandes impactos ambientais quando ocupam indevidamente áreas impróprias,( não existem ocupações clandestinas e sim omissões das autoridades, tudo é feito debaixo dos olhos das autoridades, portanto com autorizações de governos), estes omitem a eminência de catástrofes e ainda faz politicagem emcima destas ocorrências. O homem do campo precisa de atenção, porque ele é o grande guardião da natureza. É dos campos que vem o ar puro que respiramos na cidade. É do campo que vem a água limpa que bebemos e emporcalhamos com os descartes destas águas usadas na cidade. Por fim é do campo que vem os alimentos. Estou falando de verdadeiros cultivadores da terra e não de exploradores que a qualquer custo querem tirar dela o máximo que puderem e abandoná-la quando não oferece mais uma grande colheita, deixando para trás o rastro de destruição do meio ambiente, muitas vezes financiados pelos nossos governos.

  • Vicente de paulo Pinto

    Ouço e leio muitas coisas vindas de “ambientalistas”. Percebo que ignoram os produtores rurais, talvez por desconhecerem a realidade da vida na zona rural. Deveriam estar juntos dos verdadeiros heróis desta pátria. O homem do campo planta sem garantias de colher. A única garantia é a crença na benevolência do “Deus da Natureza”. Com isso ele colhe e distribue os frutos para todos, numa missão sublime. Já dizia um grande americano Abraão Lincoln que se as cidades acabarem e os campos forem preservados, elas resurgirão, mas se os campos acabarem elas jamais se erguerão.

  • Há um sofisma ao se afirmar que as entidades não sabem caracterizar um desmatador ilegal. Os orgãos nacionais e internacionais informam, com estruturas sofisticadas, a constante perda de florestas, não só aqui no Brasil como no resto do mundo. Cabe aos que se preocupam denunciar o não compromisso com a fiscalização, que deve ser feita pelo governo, que é sustentado por nós, e que se cala diante da sanha desses desmatadores, que deveriam ir para a cadeia.

Fechado para comentários.