Material didático, para profissionais de saúde, busca prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes
O Ministério da Saúde iniciou uma oficina para habilitar profissionais de saúde na prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes. O objetivo é capacitar um grupo de facilitadores na atenção a esse público em situação de violência. A iniciativa se apoia em um material elaborado pelo Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves) da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e formulado em linhas de cuidado, que será distribuído em todo o país para que os profissionais de saúde possam atender à demanda da violência contra criança e adolescente.
Linha de cuidado para atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências é o título do material, organizado pelas pesquisadoras Joviana Quintes Avanci, do Claves; Ana Lúcia Ferreira, da UFRJ; e Maria de Lourdes Magalhães, do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). A publicação é voltada para a orientação de gestores e profissionais de saúde, buscando um atendimento mais qualificado desde a entrada da criança e do adolescente no serviço de saúde até sua total reabilitação do agravo ocasionado pela violência.
O material é composto de nove capítulos que orientam as formas de abordagem com as famílias que vivem nessa situação. E ainda norteiam o profissional em relação aos sinais e sintomas ocasionados a partir da situação de violência. O propósito é sensibilizar e orientar os gestores e profissionais de saúde para uma ação contínua e permanente na rede de proteção social, voltada à atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violência.
Manual pode ser acessado na Biblioteca Multimídia da Ensp
De acordo com Joviana Avanci, pesquisadora do Claves e uma das organizadoras, a violência afeta crianças e adolescentes de forma diferente, e o manual alerta para essa distinção. “Enquanto as crianças estão mais sujeitas à violência doméstica, o adolescente está mais exposto a situações fora de sua casa. A violência dos pais contra os filhos e o testemunho por parte da criança das discussões dentro do lar são os casos mais comuns de registros relacionados às crianças de até 12 anos. O adolescente, por outro lado, sofre mais em termos de homicídios e agressões físicas na comunidade. Foi possível verificar nas pesquisas que o bullying também é bastante comum”.
Ainda de acordo com a pesquisadora, as oficinas promovidas pelo MS são mais uma oportunidade de o profissional de saúde se apropriar do tema e incorporá-lo aos serviços. “A violência não é um assunto fácil de ser abordado, e seus agravos podem passar despercebidos. O tema merece um cuidado diferenciado, e a iniciativa do ministério de capacitar os profissionais de saúde é de fundamental importância para o sistema de saúde”. A publicação Linha de cuidado para atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências pode ser encontrada na página do Ministério da Saúde e está disponível para download.
Reportagem de Filipe Leonel, da Agência Fiocruz de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 10/08/2011
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boa noite
Acho bastante importante esse tema, e, é de extrema urgência.