Ativistas ambientais que lutavam contra a devastação florestal são executados no Pará
Casal, que era conhecido como ‘defensor da floresta’, foi surpreendido por pistoleiros e morto a tiros na cabeça e no peito; polícia ainda não tem pistas
Um casal que desde 2008 lutava contra a devastação florestal e a exploração ilegal de madeira no entorno da comunidade de Maçaranduba, sudeste do Pará, foi assassinado na manhã desta terça-feira, 24, em uma estrada da região. José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo foram atingidos por tiros na cabeça e no peito. A polícia abriu inquérito para apurar o caso, mas ainda não tem pistas dos criminosos. Reportagem de Carlos Mendes, em O Estado de S.Paulo.
De acordo com testemunhas, o casal foi surpreendido por pistoleiros na estrada que leva ao assentamento agroextrativista Praia Alta Pirandeira, uma área de 22 mil hectares à margem do lago da usina hidrelétrica de Tucuruí. No local vivem cerca de 500 famílias. José Cláudio e Maria eram conhecidos na região como defensores da floresta.
Familiares afirmaram que nos últimos dias alguns homens “em atitudes estranhas” estavam rondando a residência do casal, principalmente à noite. Eles contaram ainda que, para intimidar, os suspeitos disparavam tiros para o alto e depois desapareciam.
Há suspeita de que os homens estariam a serviço de madeireiros incomodados com a vigilância que o casal exercia para que as florestas em volta do assentamento não fossem derrubadas. Segundo os familiares, até animais da propriedade do casal foram mortos como aviso para que eles parassem com as denúncias de desmatamento.
O secretário de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha, enviou uma equipe de peritos e um grupo de policiais civis para apurar as circunstâncias dos crimes. Segundo Rocha, o governo do Pará realizará todos os esforços necessários para que os assassinatos não fiquem impunes.
“O Estado não vai tolerar mais esse tipo de violência em nosso território. Mobilizamos uma grande equipe para ir até o local e investigar o problema e, se possível, voltar com os responsáveis presos”, afirmou o secretário. O delegado-geral adjunto de Polícia Civil, Rilmar Firmino, está coordenando a equipe e chefiará pessoalmente as investigações.
Vigilância. Toda a área da reserva extrativista do assentamento é rica em espécies de madeira nobre, como angelim e jatobá. A propriedade do casal tinha 80% da mata preservada. Eles viviam há 24 anos na região e faziam parte da Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), uma organização não governamental criada por Chico Mendes, assassinado no Acre na década de 80 por também defender a floresta amazônica.
EcoDebate, 25/05/2011
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Meus Pésames para os familiares do Claudio e da Maria do Espìrito Santo e minha solidariedade com a comunidade de Praia Alta Pirandeira. Vamos continuar na luta para proteger a VIDA das pessoas e também da Natureza, continuamente ameaçada pelos interesses dos que continuam destruindo e matando em nome do “Progresso e Desenvolvimento” mas realmente para o pròprio enriquecimento imoral e ilìcito como o que està acontecendo e irà acontecer se forem aprovadas ( pelo Senado e em seguida pelo Presidente ) as mudanças no Còdigo Florestal que acabam de ser aprovadas pelos senhores Deputados no Congresso Nacional. Seria bom dar uma olhada nos nominativos dos Deputados que aprovaram as propostas do Deputado Aldo Rebelo e ver quantos deles sao “proprietàrios” de àreas que foram desmatadas de maneira criminosa e ilegal. Padre Angelo Pansa-
Por aqui nem se pode falar muito, caso sontrário, será o próximo… bhaaaaaaaa!! gente, infelizmente isso acontece todo dia na nossa região, os caso so nao sao divulgados em rede nacional. Poderes públicos tem total conhecimento. Moro às margens do Rio tocantins, abaixo do barramento que forma o lago da UHE. Aqui tem policia, ministerio publico, exercito, muita mao de obra para proteger essa essas pessoas que viovem as custas da floresta e que tenta protege-la, mas nem assim o fazem… o cidadao ai em cima diz: “O Estado não vai tolerar mais esse tipo de violência em nosso território. Mobilizamos uma grande equipe para ir até o local e investigar….”.. quem dera que fosse verdade, e que isso não fosse tolerado mesmo… Muitas vidas ja se foram e ainda vão… Não sou contra ONG’s que ficam fazendo barulho por ai não, pelo menos elas aparecem reinvindicando algo de positivo. so que o barulho deles podia se voltar explicitamente para esse tipo de atitude, ja que querem presevar de verdade… ou então so so mais “alguns” interessados em …. ai.. ai.. mundão… que tipo de gente voce veio à abrigar…