Presidente da Câmara manterá projeto do Código Florestal na pauta da próxima semana
Em reunião com líderes partidários e ministros, o presidente da Câmara, Marco Maia, garantiu que vai manter na pauta do Plenário da próxima semana a votação do projeto que altera o Código Florestal (PL 1876/99), mas disse que a decisão de votar tem que ser dos líderes partidários.
O presidente da Câmara, Marco Maia, garantiu que vai manter na pauta do Plenário da próxima semana a votação do projeto que altera o Código Florestal (PL 1876/99), mas disse que a decisão de votar tem que ser dos líderes partidários.
Maia acredita que a votação será mais fácil se o relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), incorporar ao texto as sugestões do governo. “Se eu fosse relator, acataria as propostas do Executivo, que representam o equilíbrio entre as diferentes posições.”
Propostas do governo
Durante a reunião com líderes partidários, nesta tarde, os ministros apresentaram diversas propostas.
O governo defende, entre outros pontos, a reserva legal obrigatória para todos os imóveis rurais, e não apenas para os imóveis com área superior a quatro módulos rurais.
No caso de compensação de reserva legal, o governo admite que ela possa ser feita em qualquer parte do território nacional, desde que no mesmo bioma, como prevê o relatório. No entanto, condiciona esse espaço a áreas prioritárias definidas em regulamento.
O governo também quer a manutenção das áreas de preservação permanente (APPs) atuais, diferentemente do que propõe o relator, que pretende reduzir à metade aquelas áreas com córregos de até cinco metros de largura.
O governo até admite a flexibilização da recomposição de áreas consolidadas, como prevê o relatório para propriedades de até quatro módulos fiscais. Mas condiciona essa possibilidade para os casos de interesse social, de utilidade pública e de baixo impacto.
No caso de reserva legal, só poderão ser consideradas áreas consolidadas as que foram ocupadas até julho de 2008, conforme prevê o decreto 7.029/09, que determina prazo e estabelece punições para os produtores rurais que não regularizarem as reservas legais.
Para os rios de até 10 metros de largura, o deputado sugere que seja admitida a recuperação de apenas metade das áreas consolidadas, em vez de 30, somente 15 metros. O relatório permite a continuidade das atividades em todos os casos, até a implantação do programa de regularidade.
Reportagem – Maria Neves
Edição – Regina Céli Assumpção
Reportagem da Agência Câmara de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 27/04/2011
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A compensação de reserva legal deve ser feita dentro da mesma bacia hidrográica, logicamente.
Bem como dentro de mesmo bioma, e com características características edafoclimáticas em mesma toposequencia.
Grato
Engenheiro Florestal
Um médico trata uma doença na mesma pessoa doente, não em outra. Certo?
Aqui na região onde eu moro (Santa Catarina) 98% das propriedades tem menos que 50 hectares. Então eu pergunto: Acabou a Reserva Legal? Propriedades com mais de 100 hectares não tem nem uma na cidade onde moro!!! Pelo que eu vejo aqui, a única solução ainda para preservar, seria a Reserva Legal.
Bom dia a tod@s,
Concordo com as afirmações sobre a RL. Ela deve ser mantida !
Concordo também com o Evandro. Compensar no bioma é demais… é preciso ser na mesma MICRO bacia…. afinal, o micro clima da região precisa ser mantido, caso contrário o processo de empobrecimento da biodiversidade será inevitável.
Pondero inclusive que a Agricultura Familiar já possui dispositivos legais que permitem sua manutenção no campo (interesse social…etc…) na legislação ATUALMENTE vigente. Contudo, a bancada ruralista defende a mudança da lei pautando que é demanda da AF. Ao meu ver essa atitude tem MALEVOLÊNCIA por trás e na verdade, como tudo neste país deste os tempos da colônia, tem interesses dos poderosos…. LATIFUNDIÁRIOS que dominam o legislativo com seus interesses pessoais e corporativos.
Atenciosamente,
Martin