Produtores do Sul de MG descartam toneladas de batatas
[EcoDebate] Como já aconteceu em outras safras, produtores de batata descartam toneladas de sua produção por falta de mercado comprador. Sem ter como e para quem vender, os produtores não tem outra alternativa além do descarte.
Vejamos a matéria, do Jornal Nacional, de 06/01/2011, relativa a este caso:
Grande oferta na região e chuva são os motivos da dispensa. Com a chuva, qualidade do produto fica comprometida, segundo Associação.
As batatas estão sendo enviadas ao aterro controlado de Ipuiuna, no sul de Minas, e sendo dadas como alimento para o gado. O desperdício é resultado da grande produção e da pouca demanda.
Em Minas, os produtores rurais do sul estão jogando as batatas fora, colhidas nesta safra.
Montanhas de batatas se formaram no aterro controlado de Ipuiuna, no sul de Minas. As batatas estão sendo dadas até como alimento para o gado.
O desperdício é resultado da grande produção e da falta de procura pelo produto na região. A batata jogada fora é de uma variedade que tem pouca resistência ao tempo chuvoso.
O descarte, além dos evidentes prejuízos aos leitores, também significa grandes prejuízos ambientais.
O desperdício das batatas também significa desperdício de água. Uma batata contém 79% de água e a produção de 1 kg demanda 900 litros de água.
O descarte de material orgânico em um aterro também é um problema. Tanto ‘lixo’ ao mesmo tempo acelera o esgotamento do aterro, a grande quantidade de água na batata aumenta a produção de chorume e, ao final, produzirá metano, um gás estufa com potencial de aquecimento 20 vezes maior do que o CO2.
Tudo isto, porque os seguidos episódios de destarte de excedente de safra são tratados como casos isolados e, assim, não existem políticas públicas que minimizem o problema.
Isto sem falar que descartar toneladas de alimentos em um país em que tantos ainda estão em situação de insegurança alimentar é um crime.
EcoDebate, 07/01/2011, com informações do G1 e vídeo do Jornal Nacional, de 6/1/2011
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