OMS: Relatório estima que despesas com saúde contribuem para aumentar a pobreza no mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou que 100 milhões de pessoas caem na pobreza a cada ano por causa de gastos com serviços de saúde. O dado consta em relatório da OMS, divulgado em 22/11, em Genebra. A organização recomenda que os governos criem uma cobertura universal ao atendimento à saúde e propõe aumentar a taxação sobre serviços e operações financeiras.
De acordo com a OMS, cerca de 150 milhões de pessoas têm altos gastos em todo mundo, anualmente, com tratamento de saúde. Segundo a organização, 100 milhões de pessoas são levadas para a linha da pobreza, a cada ano, por causa de despesas com saúde. As dívidas decorrem, por exemplo, por causa de doenças crônicas que debilitam os pacientes.
Segundo a organização, sem dinheiro para arcar com o atendimento médico e doentes, essas pessoas permanecem na pobreza. “Elas são empurradas ainda mais para a pobreza, porque estão doentes demais para trabalhar”, diz o documento.
De acordo com a organização, o alto custo de procedimentos médicos não é o único fator a prejudicar o orçamento das famílias. Pequenos e constantes gastos com esse tipo de serviço também podem resultar em “uma catástrofe financeira”.
A organização constatou que parte da população deixa de fazer exames preventivos por não ter como pagar. Com isso, diminuem as chance de diagnóstico precoce e de cura da doença.
Para que os países tenham mais recursos para ofertar cobertura de saúde universal, a OMS sugere que os governos destinem fatias maiores do orçamento para a saúde, recolham impostos ou contribuições e taxem produtos nocivos à saúde, como fumo e álcool.
A organização alerta que as nações ricas terão de ajudar as pobres a conseguir aumentar os fundos de saúde. “Os doadores serão necessários para a maior parte dos países mais pobres durante um período considerável de tempo”, diz a OMS.
O relatório da OMS assinala ainda que até as pessoas com planos são obrigadas a arcar com parte dessas despesas. Isso ocorre justamente no momento em que a pessoa está fragilizada pela doença, o que acaba aumentando seus gastos, ressalta o documento divulgado hoje pela organização.
A OMS alerta que os países, ricos ou pobres, devem ajustar o financiamento da saúde para oferecer atendimento a toda a população. A organização sugere novas taxas em produtos e transações financeiras como formas de arrecadar mais recursos para o setor.
De acordo com a OMS, se 22 nações de baixa renda aumentarem em 50% os impostos incidentes sobre o tabaco, conseguirão arrecadar US$ 1,42 bilhão para a saúde.
A organização sugere ainda taxação sobre movimentação financeira. A Índia, por exemplo, teria US$ 370 milhões por ano com uma taxa de apenas 0,005% sobre as transações financeiras estrangeiras, conforme cálculos da OMS.
Há desperdício de 20% a 40% dos recursos do setor, segundo a organização. O relatório prevê que são necessários US$ 44 por pessoa para oferecer cuidados com a saúde de qualidade nos países em desenvolvimento. Atualmente, 31 países gastam menos de US$ 35 per capita com saúde.
A OMS cita o Brasil entre os países que têm caminhado, nas últimas décadas, para o atendimento universal, ao lado do Chile, México e da China.
Reportagem de Carolina Pimentel, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 24/11/2010
[ O conteúdo do EcoDebate é “Copyleft”, podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]
Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário do Portal EcoDebate
Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta clicar no LINK e preencher o formulário de inscrição. O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.
O EcoDebate não pratica SPAM e a exigência de confirmação do e-mail de origem visa evitar que seu e-mail seja incluído indevidamente por terceiros.
EU ESTIVE REFLETINDO SOBRE A POSSIBILIDADE DE SE CRIAR UMA OSCIP QUE COORDENARIA UM MEGA PLANO DE SAÚDE, ONDE OS CONVENIADOS SERIAM AQUELES QUE HOJE RECEBEM O BOLSA-FAMÍLIA. A MINHA SUGESTÃO DECORRE DA DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DOS MAIS POBRES. NA MINHA OPINIÃO, O CIDADÃO QUE RECEBE O BOLSA-FAMÍLIA COM A SAÚDE PREJUDICADA COM ELA CONTINUARIA , MAS COM SAÚDE BOA, ESSE PODERIA ESTAR MAIS DISPOSTO AO TRABALHO. ALGUÉM DIRIA: MAS NÃO HÁ TRABALHO. POIS BEM, NESSE CASO A PRÓPRIA OSCIP DARIA SUPORTE PARA O EMPREENDEDORISMO.
Este didcurso da OMS está a serviço da medicina comercial, medicamentos cada vez mais caros, hospitais sofisticados, farmacias por todos os cantos,n laboratórios para todo tipo de exame e por ai vai! Essa conta não fecha, nunca haverá dinheiro suficiente! O caminho é outro: melhorar a educação básica,ensinar as pessoas se cuidarem, educação nutricional e ambiental pra valer!!! Prevenir, preparar as pessoas para a vida sadia e longa, e não dependente deste sistema médico impagável!