Estamos consumindo o nosso planeta
Imagem: Stockxpert
Hoje consumimos mais recursos do que a Terra pode fornecer sem se empobrecer e preenchemos a diferença roubando a água que corre em faixas aquíferas que não se regeneram, queimando florestas que se transformam em deserto, pescando tantos peixes a ponto de despovoar o mar.
A reportagem é de Antonio Cianciullo, publicada no portal do jornal La Repubblica, 12-10-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Já há com o que se preocupar, mas o futuro – na ausência de uma rápida correção de rota – é ainda mais preocupante: o balanço irá se agravar muito fortemente já em 2030.
Esse é o sinal de alarme contido no “Living Planet Report”, o relatório bienal realizado pela WWF, em colaboração com a Zoological Society de Londres e o Global Footprint Network, no Ano Internacional da Biodiversidade e a poucos dias da abertura da Conferência de Nagoya, que deverá decidir as novas estratégias para frear a taxa de perda da biodiversidade até 2020.
O que surge é um quadro grave, que oferece também uma chave de leitura para se entender a crise econômica que estamos atravessando: uma crise que se entrecruza com a ameaça da falência ecológica. Superpopulação, desperdício, desatenção levaram a um saque crescente das matérias-primas e das fontes energéticas que hoje têm um andamento fortemente instável do ponto de vista dos preços e desastroso do ponto de vista ambiental: a depuração da água, a fertilidade do solo, a estabilidade da atmosfera (e portanto do clima) são serviços gratuitos que a natureza oferece e que o crescimento humano sem controle está ameaçando.
O Living Planet Report será apresentado nesta quarta-feira, 13 de outubro, ao vivo, a todo o mundo, por webcast, com a participação da jornalista da Al Jazeera Veronica Pedrosa. Das 14h às 15h [do fuso italiano], no sítio Repubblica.it, dois especialistas do WWF (o diretor científico Gianfranco Bologna e a responsável pela sustentabilidade Eva Alessi) irão responder ao vivo às perguntas dos internautas.
Vídeo 1
Vídeo 2
(Ecodebate, 18/10/2010) publicado pelo IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicado pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]
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