Vida Útil – Vida Inútil – Alzheimer Nunca Mais? artigo de Américo Canhoto
[EcoDebate] Ainda somos criados exclusivamente para a vida profissional; mas, o sistema não funcionou; pois, grande parte das pessoas não aprendeu a gostar do que faz – trabalha de má vontade, pouco rende, e para piorar as coisas, tornam-se preguiçosas, depressivas, infelizes, acomodadas – claro que isso, entre as mais letradas.
Razões para viver? Nunca lhes disseram que havia algo mais; do que ser o mais laureado e bem pago profissional; para poder consumir tudo o que o ajudaram a desejar.
Finda a luta para ser top, o ser da atualidade se acomoda em pequenas metas que atinge com certa facilidade, passando a viver uma existência rotineira e fortalecedora de TOC; ele perde o tesão pela vida e não se aventura a coisas novas.
Nos momentos de lazer, e principalmente após a aposentadoria tornam-se pessoas vazias de conteúdo, metódicas, vivendo o minúsculo cotidiano em medíocre circuito fechado de vida segura – a busca pela segurança emperra sua vida e a da sociedade – o automatismo da mente televisiva cede campo ao mesmismo que cansa e deprime.
Repetir a ação de ontem com a mesma intensidade hoje, é perigoso para a sanidade – desemboca num quadro clínico chamado Alzheimer com suas variações de demência senil cada vez mais precoce (com uma boa ajuda dos adoçantes) – Somos seres programados e construídos para experiências novas, constantes e renovadoras – deixando nosso potencial dormindo, nós enveredamos pelo crime contra nós mesmos e até contra os outros e o planeta; nós nos emparedamos na masmorra que construímos com nossa inércia: doenças físicas e mentais.
A propósito recebi uma piada, mais do que verdadeira; pois, é uma realidade palpitante no mundo atual:
“Ontem, minha esposa e eu estávamos sentados na sala, falando das muitas coisas da vida.
Falávamos de viver ou morrer. Então, eu lhe disse: -Nunca me deixe viver em estado vegetativo, dependendo somente de uma máquina e líquidos. Se você me vir nesse estado, desligue tudo o que me mantém vivo, por favor!
Ela se levantou, desligou a televisão, o computador, o ventilador e jogou minha cerveja fora”.
Se der tempo; a esperança é que ofereçamos ás nossas crianças uma educação diferente da que recebemos. O que era bom no passado não se aplica aos dias de hoje, tradições devem ser revisadas; dogmas religiosos e científicos devem ser deletados.
No momento presente, o tempo é curto para executar tarefa tão importante e prioritária – quem podia fazer a diferença não a fará; pois, os dirigentes políticos estão apenas voltados para seus desejos de riqueza e de poder em projetos egoístas comissionados.
Poucos estão a salvo; pois, mesmo as pessoas que descobriram algo a respeito do seu projeto de vida; mesmo os aparentemente engajados em atividades voltados ao próximo e ao coletivo; trazem no seu DNA cultural a falta de engajamento e de responsabilidade – até a qualidade do trabalhador voluntário por aqui ainda é medíocre; qualquer coisinha, de uma dor de cabeça, ao assistir o jogo do time do coração, á festinha não sei do que, tudo é motivo para não comparecer – nesse caso nem é preciso o famigerado atestado; pois, na sua concepção: vou porque quero e quando quero é o álibi perfeito – ledo engano.
Como profilaxia e terapia, existem os desafios propostos pelo dirigente cósmico: Jesus; que induzem o indivíduo a dar passos mais largos, a ousar ser diferente da maioria; e quebrar os paradigmas de uma existência cada vez mais medíocre.
Somos tão medíocres que idolatramos pessoas que apenas cumpriram com a obrigação a que se determinaram; elas apenas descobriram mais a respeito de seu projeto de vida do que a massa – nós.
Vivemos hoje um quadro de Alzheimer e de demência senil muito antes do tempo coletivo.
Dica:
Hoje é pós feriadão; todo mundo tentando colocar as coisas em ordem; planejar o melhor momento para sair do trânsito caótico; adrenalina pura – de sábado prá domingo, muita gente boa com crises de rinite e outras ites, pneumonia, diarréia, AVC, enfarte, divórcio, peripaques e outras coisitas mais…
Assunto já abordado no blog.
Depois, a gente volta a falar sobre isso; só para revisar…
Mas, para alguns, amanhã pode ser tarde demais………………..
Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.
* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 08/09/2010
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