Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde é apresentado à sociedade civil
O GT de Racismo Ambiental da Rede Brasileira de Justiça Ambiental lança em Fortaleza Mapa nacional de conflitos ambientais. A ação faz parte da 1ª Oficina de Combate ao Racismo Ambiental no Nordeste que acontece nos dias 16, 17 e 18 de março. Participam da oficina movimentos, fóruns, populações tradicionais, pesquisadores e ONG’s que estarão reunidos para discutir estratégias de resistência frente às injustiças sociais provocadas pelo modelo de desenvolvimento capitalista.
A atividade terá início, no dia 16 de março, às 18h, no auditório da reitoria da UFC, com o lançamento da pesquisa Mapa da Injustiça Ambiental e da Saúde no Brasil. O documento se propõe a funcionar como um banco de dados público, disponível na internet pelo endereço www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br. Inicialmente, 300 casos de violações de direitos foram descritos. As denúncias abordam conflitos gerados pela ação degradadora do agronegócio, da contaminação por radioatividade, da expropriação de território, perseguições a militantes sociais e ausência e/ou conivência do Estado na solução dos conflitos e casos de violência institucional. Entre as principais características desses conflitos está a vulnerabilidade de grupos étnicos, populações tradicionais e comunidades discriminadas por sua origem ou cor.
O projeto do Mapa vem sendo desenvolvido desde 2006, em conjunto pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) e pela Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), com o apoio do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde. Para sua realização, foi constituída uma equipe de pesquisadores que teve seu material validado por outros profissionais considerados referências nos temas e questões abordados. No Ceará, nove casos foram incluídos, sob a validação da médica e pesquisadora em saúde ambiental Raquel Rigotto e do geógrafo Jeovah Meireles, ambos professores da Universidade Federal do Ceará.
O mapa pretende ser uma ferramenta colaborativa, portanto, os movimentos sociais e grupos organizados podem enviar informações para serem acrescentadas ao banco de dados. A intenção é dar visibilidade a luta de grupos e comunidades atingidas em seus territórios por projetos e políticas pautados num modelo de desenvolvimento considerado insustentável e prejudicial à saúde.
O GT de Racismo Ambiental da Rede Brasileira de Justiça Ambiental continua sua atividade nos dia 17 e 18, com a realização da 1ª Oficina de Combate ao Racismo Ambiental no Nordeste, no centro de eventos do Condomínio Espiritual Uirapuru (Ceu). A oficina é somente para convidados e terá a participação de representantes do Ceará, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte. A iniciativa faz parte do projeto “Combate ao Racismo Ambiental no Nordeste” que prevê em abril a mesma agenda em Salvador para os demais estados do nordeste.
Para compreender melhor
Racismo ambiental: “Chamamos de Racismo Ambiental às injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável sobre grupos étnicos vulnerabilizados e outras comunidades, discriminadas por sua origem ou cor.” Fonte: http://racismoambiental.net.br
Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA) – um fórum de discussões, de denúncias, de mobilizações estratégicas e de articulação política, com o objetivo de formulação de alternativas e potencialização das ações de resistência desenvolvidas por seus membros ? movimentos sociais, entidades ambientalistas, ONGs, associações de moradores, sindicatos, pesquisadores universitários e núcleos de instituições de pesquisa/ensino. No Ceará, o Instituto Terramar e o Departamento de Geografia da UFC participam da rede. Fonte: www.justicaambiental.org.br
Serviço:
Lançamento do Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil
Dia: 16 de março
Local: Auditório da UFC
Horário: 18h
1ª Oficina de Combate ao Racismo Ambiental no Nordeste
Dias: 17 e 18 de março
Local: Condomínio Espiritual do Uirapuru
Colaboração de Camila Garcia, Instituto Terramar, para o EcoDebate, 17/03/2010
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Prezadas(os), Venho por meio deste parabenizar pelas realizações do Portal Ecodebate e solicitar o envio de cópia do referido Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde, pois não tenho obtido sucesso de acesso por nenhum dos meios da internet.
NA OPORTUNIDADE EXPRESSO O COMENTÁRIO: A produção de importantes instrumentos como o aludido Mapa proporcionam olhar e refletir, para o aagir, numa perspectiva de leitua de sociedade contextualizada, conflituosa e desigual. Contribui no desfazer dos discursos ideologizados de sofrimento e injustiça socioambiental disseminada igualmente ao povo brasileiro, refaz em outra dimensão a denúncia proativa de promoção da superação das iniquidades e aponta trilhas de caminhos para a construção de sociedade plural e justa.
Atenciosamente, João Domingos Pinheiro Filho – Caruaru – PE
Resposta do EcoDebate: Agradecemos o apoio ao nosso trabalho e informamos que o Mapa, de fato, ainda não está disponível para download, mas, quando estiver, poderá ser encontrado no sítio do Instituto Terramar, in http://www.terramar.org.br/.
Henrique Cortez, coordenador editorial do Portal Ecodebate