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COP 15: Relatório da ONU aponta que 2009 foi o ano com menos desastres naturais da década

O mundo sofreu neste ano o menor número de desastres naturais em uma década, mas as inundações, secas e outras condições meteorológicas extremas continuam causando muitas mortes e perdas econômicas, apontou relatório da ONU divulgado nesta segunda-feira.

Em 2009, foram registrados 245 desastres naturais, abaixo da cifra mais alta da década, de 434 ocorrências em 2005, informou a Estratégia Internacional para a Redução de Desastres da Organização das Nações Unidas. Reportagem de Richard Cowan, da Agência Reuters.

Os números foram divulgados na conferência internacional do clima em Copenhague, na qual 192 países tentam alcançar novos objetivos para reduzir a poluição causada pela emissão dos gases-estufa, responsáveis pela tendência a longo prazo de condições meteorológicas mais extremas.

Dos 245 desastres, 224 estavam relacionados com o clima e causaram cerca de 7.000 das 8.900 mortes, segundo dados preliminares.

As mortes relacionadas com o clima, exceto acontecimentos geológicos como terremotos e vulcões, causaram 15 bilhões de dólares em prejuízo, informou o relatório.

Os números mais baixos de 2009 são uma “boa notícia”, mas “desastres meteorológicos extremos seguem no topo da lista e continuarão a afetar mais e mais pessoas no futuro” que vivem em regiões litorâneas, disse Margareta Wahlstrom, representante da Secretariado Geral da ONU para Redução de Riscos e Desastres.

Outro estudo divulgado pela ONU nesta segunda-feira apontou que, até 2050, a acidez do oceano poderá aumentar em até 150 por cento e que para o ano de 2100, 70 por cento dos corais de água fria, que são fonte de alimentação de espécies de peixes comerciais, estarão expostos a águas corrosivas.

Na semana passada, cientistas na conferência do clima afirmaram que os oceanos podem absorver cerca de 25 por cento de todo o dióxido de carbono emitido por humanos todos os anos.

O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), Michel Jarraud, disse que o avanço feito no monitoramento e previsão de eventos meteorológicos extremos, junto com a melhoria na preparação para emergência, ajudou a reduzir o número de mortos.

As pessoas que vivem na Ásia são especialmente vulneráveis a tempestades e enchentes, informou o relatório, que apontou que nos primeiros 11 meses deste ano, 48 milhões de asiáticos foram afetados.

Na semana passada, a WMO disse que 2009 seria o quinto ano mais quente já registrado e que a primeira década desde século seria a mais quente desde o início dos registros, em 1850.

Reportagem da Agência Reuters, no UOL Notícias.

EcoDebate, 15/12/2009

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