Ecologia Interior: Campanha pela preservação da espécie, artigo de Américo Canhoto
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ECOLOGIA MENTAL/EMOCIONAL – PESSOAL/TRANSPESSOAL – MULTIDIMENSIONAL – CAMPANHA PELA PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE
[EcoDebate] Não é de espantar que estejamos depredando nossa casa planetária em nome de um progresso absurdo voltado para a neura da competição; pois baseado no consumo desmedido dos recursos naturais. Estamos tornando Gaia num imenso lixão a universo aberto – Será que os vizinhos galáticos vão tolerar? – O lar cósmico que nos abriga está prestes a chegar num ápice de caos sem possibilidade de retorno; exceto através de uma cirurgia drástica, radical mesmo – Para quem ainda não parou para observar, ela já está em andamento, através dos efeitos do estresse crônico e das mortes em massa decorrentes de velhas e conhecidas doenças que recebem a ajuda de outras novinhas em folha; algumas até recém saídas dos laboratórios da vida. Será que para salvar o planeta seja preciso erradicar as células cancerosas (nós mesmos)?
Nosso assunto de hoje: O estudo da Ecologia Planetária deve obrigatoriamente começar pelo conhecimento da Ecologia Íntima.
Impossível separar a unidade do todo; essa atitude gera uma, até certo ponto, saudável discrepância de posturas com seus paradoxos travestidos de paradigmas. Algo do tipo: convictos defensores da preservação do meio ambiente que ainda comem carne e que consomem açúcar e produtos á base de soja – ou os paladinos da preservação dos valores da ética e da moral que ainda vivem em regime de parasitismo social desfrutando de privilégios. Achamos essa postura normal: pois, conhecimento para nada serve até que o coloquemos em prática; nada impede que quem já percebeu avise, mesmo que não consiga praticar – Será?
Na qualidade de trabalhador em prol da causa ecológica pura e do desenvolvimento sustentável ético – Nossos bate papos, a seguir, terão como assunto a Ecologia Íntima/Transpessoal e sua relação com a auto-ecologia; biodiversidade, ética, saúde, doença, cura, evolução, ciência, religião, etc.
Do macro ao micro; assim como é em cima é em baixo…
Cada um de nós é um sistema ecológico completo; multidimensional.
O conhecimento atual cada vez mais interativo e holístico nos mostra que, em cada um de nós convivem células, órgãos, pensamentos, emoções e sentimentos de toda ordem que interagem com os da coletividade; tanto a próxima quanto distante.
O antigo estudo da Ecologia Íntima apresentado de forma simples por Sócrates na velha Grécia casa bem com o conceito: Ecologia Íntima. A origem do termo ecologia vem do grego “oikos” casa e “logos” estudo. Sob múltiplos e variados aspectos analisar e estudar nossa casa mental é um passo importante na busca do desenvolvimento sustentável ético e responsável (progredir sempre).
Qual a diferença entre componente ativos e passivos num sistema ecológico?
É possível ser cobaia e cientista ao mesmo tempo? – Marketeiros e consumidores? – Doentes e curadores? – Vítimas e algozes? – Juízes e réus?
Sim; e somos o tempo todo aprendizes e mestres – conforme dissemos em nosso livro “Educar para um mundo novo”, somos educandos e educadores simultaneamente. E não apenas entre seres humanos e seus companheiros de habitat terreno; pois, um assunto palpitante e interessante, é o estudo da Ecologia Cosmológica (assunto para o futuro).
As relações do homus sapiens-sapiens consigo mesmo, com o meio; e, em conseqüência com outros humanos ou quase; pois, a maior parte de nós ainda não pode considerar-se como tal; é um sistema ecológico pleno; que pode apresentar relações harmônicas ou não; conforme veremos durante nossas conversas – nesta primeira abordagem focaremos alguns tópicos que podem ser esmiuçados e debatidos; ou não; através da participação dos amigos leitores interessados no assunto.
Ecossistema.
A compreensão de quem somos e como atuamos sobre nós mesmos e sobre o ambiente em si; dobra a cada dia – Quer percebamos ou não; fazemos a diferença no ecossistema do planeta com implicações antes nem sonhadas. Só para brincar de pensar: Imaginem a cara de espanto das pessoas até pouco tempo atrás; se alguém aventasse a possibilidade de um ecossistema bioeletrônico gerado por pensamentos e sentimentos humanos afetando o campo magnético, a grade energética planetária e que o conceito de ecossistema extrapolasse a visão da biologia tornando-se um tema multidisciplinar. Por exemplo, a discussão sobre consciência individual e coletiva; propostas através das teorias: inconsciente coletivo (Jung); inconsciente social (Erich Fromm); inconsciente pessoal (Freud) não deixa de ser o estudo de um ecossistema individual inserido noutros formando um ecossistema coletivo; mas, algo muito primário á luz de novos dados e teorias em vias de se tornarem um novo saber.
Fazendo um mix desses conhecimentos com outros mais “modernos” de física quântica e ciências afins (os velhos registros akásicos; por exemplo); podemos imaginar que somos seres interdependentes; mesmo fora da relação tempo e espaço que estamos acostumados a perceber. Á medida que a consciência se expande aumenta o coeficiente de responsabilidade pessoal e coletivo. Será que seremos capazes de rasgar as dobras do tempo?
Pessoas dotadas de um mínimo de senso crítico já perceberam que:
Nossas escolhas afetam o planeta inteiro em todos os aspectos e dimensões:
Enquanto seres apenas reativos; á primeira vista, essa realidade é contestada pela interpretação primária da lei do livre arbítrio: Escolha minha; problema meu!
Ilustrando: Vida minha problema meu!
Imaginemos um jovem que começou a usar drogas – foi alertado por algum conselheiro ético de plantão (ás vezes, um sólido “marketeiro” da falácia: “beba com moderação”): Cuidado filho; essa prática pode virar isso ou aquilo! – Nesse momento, qual a resposta habitual? – Vida minha problema meu! – Certo? – Não; errado – Esse jovem não faz idéia da sua participação no sistema de ecologia mental/emocional e afetiva dos grupos a que pertence – Qual o resultado dessa escolha que afetará o meio em que vive? – Claro que nos “sistemas ecológicos normais de relações afetivas”; a primeira vítima será sua mãe; que ainda engatinha no saber a respeito do manejo sustentável do afeto; pois, ela vai assumir esse distúrbio causado pela escolha do filho como “sua preocupação e até razão de viver de ora em diante” (doença evolutiva extremamente contagiosa); e ela vai ficar sem dormir e até adoecer. Na seqüência da interação ecológica: Seus familiares mais próximos serão mais ou menos afetados dependendo de sua condição de soberania emocional e afetiva já conquistada. Sua relação e de seus familiares com a vizinhança será alterada. A mãe de seu melhor amigo imagina que o filho possa estar fazendo o mesmo e sua relação, no mínimo, vai azedar. Seus colegas de escola ou de trabalho podem ser rotulados. Estendendo o processo á comunidade; se está preso, recursos da sociedade que poderiam ser usados com mais proveito; estão sendo consumidos para mantê-lo recluso. Caso, seu problema tenha ido á mídia muito mais pessoas serão afetadas gerando um efeito dominó de expansão do medo e até de julgamentos precipitados.
Misture todo o velho saber com conceitos do tipo: “Onda Gravitacional”, “Evento Anômalo”…
Sabia que o pessoal que brinca com o acelerador LHC (Large Hadron Collidor) manipulado pela turma do CERN em subterrâneos na Suíça podem ser os responsáveis pelo novo apagão, classificado pela ANE como um evento anômalo?
Estudo do comportamento – Etologia – Ecologia Comportamental.
Um dos componentes do estudo da ecologia é a análise do comportamento de indivíduos e grupos na sua relação com o meio ambiente através de seu metabolismo ou capacidade de adaptação ao Habitat para determinar quantos indivíduos e populações podem habitar o mesmo nicho ecológico; no caso humano, as cidades, por exemplo.
Uma de suas vertentes de análise humanizada é a ecologia comportamental; e a do ser humano é diferenciada; tanto na relação consigo mesmo quanto na influência produzida no meio externo. Todos os seres vivos afetam e transformam o ambiente em que vivem; mas nós somos agentes transformadores dotados de várias ferramentas; dentre elas: a capacidade de pensar e de atuar rápida e fortemente em si mesmo e no meio. Um dos instrumentos de controle dessa capacidade é a consciência; balizada pela lei de causa e efeito; daí a necessidade de sua expansão para amplificar a responsabilidade.
No caso da nossa espécie, o conceito metabolismo vai determinar entre outras coisas quais os indivíduos podem ou não sobreviver em cada nicho ecológico; ele é representado pela atitude de pensar. Os mais lentos no pensar devem adequar-se ao momento sob risco de desaparecimento; os muito lentos e até os muito mais rápidos que os outros podem excluir-se – Numa analogia com as doenças os lentos no pensar são os depressivos e os mais rápidos que a normalidade; representam bem os em pânico.
Além do instinto de preservação, a falta de desenvolvimento do senso de responsabilidade somada ao egoísmo e orgulho gera a violência urbana; somos capazes de lutar e até de matar apenas para preservar nossos interesses mais imediatos.
Numa primeira fase criamos a doença social da exclusão, logo seguida da violência dos excluídos sobre os mandatários e detentores do poder, atenuada pela panacéia da esmolas e bolsas adjutórias oficiais; criando bolhas de paz e tranqüilidade cada vez mais fugazes; mas, devemos nos preparar para dias de trovão: – Já foi assaltado hoje? – Estou bem; fui assaltado apenas duas vezes!
Biosfera – Psicosfera.
Biosfera é a soma de todas as regiões do planeta capazes de conter vida segundo nós a imaginamos. Porém; nossa imaginação em boa parte das vezes, não vai além do próprio umbigo.
Psicosfera é o conjunto de emanações mentais e emocionais geradas por nós e, podemos denominá-la, a aura do planeta. A contaminação da psicosfera gerada por pensamentos de ódio, medo, ansiedade, raiva, inveja, terror, pânico é mais grave até do que a contaminação do meio ambiente físico. Pois, ao que parece a vida não é exclusiva a 3D – Ainda bem; perdem-se os anéis; mas ficam os dedos – Neste lindo manicômio que é a Terra; nós, os neuróticos hi-tec, psicóticos, esquizóides, podemos destruir e contaminar 3D – Mas, vamos continuar lidando com a mesma falta de qualidade em 4D? – Tudo leva a crer que sim; daí, o problema do lixo mental/emocional e afetivo lançado na psicosfera das comunidades e do planeta é mais grave do que o lixo urbano e industrial; pois, afeta a precária capacidade de discernir da maioria, levando a escolhas tão absurdas quanto a comportamentos perigosos – Será que seremos capazes de destruir a 4D?
Relações ecológicas.
Assim como as outras espécies; nós nos relacionamos conosco, com o meio que nos acolhe e entre nós de forma semelhante; claro que com a ressalva das ferramentas disponíveis para cada espécie. Neste final de ciclo nossa espécie está em vias de ser consolidada como humana para tomar posse do planeta; o processo de humanização está a todo vapor; porém, até que o expurgo seja finalizado nossas relações ecológicas continuarão no estilo que aprendemos na velha biologia.
Competição.
Muitas espécies competem entre si obedecendo á lei de conservação e de preservação. Entre nós a exacerbação dessas leis levou á sociedade da neurose cada vez mais hi-tec. Essa doença evolucional levará certamente a maioria dos humanos de todas as idades á morte em poucos anos vitimados pelos efeitos da praga “estresse crônico”. Alô, alô colegas de trabalho!
Predação.
Os predadores fazem parte do conjunto de seres que trazem equilíbrio a determinados nichos ecológicos. Em virtude das ferramentas que temos para intervir poderosamente em nós e no meio; somos os únicos predadores de nós mesmos, suicidas em potencial (algo do tipo: doenças auto-imunes) e predadores da própria espécie. O canibalismo dos interesses é algo aparentemente insuperável. Alô, alô políticos e empresários!
Simbiose.
Quando a relação entre espécies é vantajosa para ambas. Essa, em teoria deveria ser a marca registrada das relações entre humanos e outras espécies. Olá pastores e rebanhos religiosos!
Comensalismo.
A relação comensal, em teoria, processa-se entre indivíduos de espécies diferentes; quando um indivíduo se alimenta dos restos deixados pelo outro. Na espécie humana esse tipo de relação é para lá de habitual e até recebe o nome de caridade. Olá todos nós!
Parasitismo.
Para manter o equilíbrio dos nichos ecológicos, parasitas têm seu papel; mesmo causando prejuízos ao hospedeiro que deverá aprimorar seu DNA para que sobreviva.
Entre humanos é uma relação típica de manutenção de poder sobre o outro; seja na relação entre nações e dentro da sociedade; como a relação de cidadãos comuns com alguns grupos de servidores públicos. Entre nós, uma relação cada vez mais mortal é o vampirismo especialmente na vampirização da energia vital levando á sensação de esgotamento. Olá para os pendurados nos cabides de emprego e genéricos aposentados ad eterno!
Conservação – Preservação.
Incontáveis milênios foram necessários para desenvolver o instinto de conservação do individuo interligado ao de preservação da sua espécie; usando dentre outros recursos, a ferramenta da arte da reprodução.
Entre nós, a encrenca parece eterna pela intensa corrupção dos instintos. Entre os que atuam segundo a pureza das Leis Naturais, não há avareza, orgulho, egoísmo, cultura do orgasmo.
Muitas ferramentas á disposição de quem se interessar devem ser usadas para corrigir os desvios. Elas devem ser incorporadas ao instinto de preservação humano para continuar habitando Gaia.
Controle de natalidade.
Nas espécies que agem apenas pelo instinto o controle da natalidade é feito por circunstâncias do meio ambiente para manter o equilíbrio; entre nós, o controle pode ser voluntário e sujeito ao bom senso e ás Leis da ética e da moral.
Na nossa espécie, em alguns grupos não há controle algum; noutros o controle pode ser um exercício de livre arbítrio (consciência); auxiliado por fatores quase voluntários (fármacos, camisinhas, etc.); ou outros mais drásticos e modernos inseridos no DNA de alimentos transgênicos e vacinas; á revelia das pessoas.
Multiplicidade das espécies.
Convivemos com incontáveis espécies de seres biológicos e até extrafísicos.
Mesmo entre nós, o planeta comporta indivíduos em estágios quase opostos de evolução. Aqui, entre nós, convivem seres que, ainda vivem quase que na idade da pedra com outros que já enviam artefatos para explorar a vizinhança do planeta. No terreno da ecologia da ética e da moral; em nossos nichos ecológicos interagimos com pessoas que nos dão um tiro apenas porque olhamos para elas; com outras que dedicam sua vida a ajudar o próximo e a conservar o planeta.
Morte e vida – Destruição e reconstrução.
Nascer, morrer, renascer. Na natureza nada se cria tudo se transforma bem disso o sábio Lavoisier. Esse ciclo natural na vida dos seres que ainda estão sem possibilidades aparentes de dominar o processo, não implica em sofrer; faz parte do jogo da vida.
Tirando nossos animais de estimação que nos copiam; nós somos os únicos que conseguimos morrer em vida (depressivos; angustiados; em pânico; esquizofrênicos; etc.). Arejar as idéias e reformar a postura pode ser verdadeiro renascer? – Dogmas e idéias fixas podem ser o embalsamar do cadáver da humanização? – Será que algumas raças de ET nos consideram seus animaizinhos de estimação?
Padronização.
Á medida que a evolução se processa a individualidade assume contornos divinos cada vez mais nítidos. A tentativa de padronizar pessoas, idéias e conceitos; é uma tentativa de domínio típica de candidatos a humanos. Nós não somos padronizáveis e quando o permitimos abrimos mão de nosso direito de livre escolha – uma das origens da doença e do sofrer dos humanóides.
Mutações de DNA.
Sob a ação de certas circunstâncias o DNA de várias espécies é modificado de forma abrupta ou lenta.
Nossas ferramentas evolutivas nos ofertaram a possibilidade de mudanças no DNA de espécies que imaginamos sejam nossas cobaias. Até mesmo entre nós, alguns seres de mente mais avançada; porém sem a ferramenta da consciência; mudam o DNA das pessoas através de idéias transgênicas (ação da mídia); mudança no DNA de alimentos e através de vacinas.
Desertificação.
Difícil mensurar com os dados de que dispomos a respeito da ação do homem sobre o meio ambiente criando desertos – Será que todos os desertos de Gaia foram criados por nós? – Quando se trata da criação de desertos na evolução das pessoas e dos grupos devemos ressaltar a ação da mídia que promove uma lavagem cerebral, empobrecendo o solo das boas idéias, tal e qual ao cultivo da cana, soja, e criação extensiva de gado destroem o meio ambiente físico. É vital cuidar da diversidade tanto biológica em 3D quanto da diversidade mental, emocional e afetiva em 4D.
A fome e a pobreza humana decorrem principalmente da preguiça de pensar e pelo desejo de ser conduzido para justificar a principal doença da espécie: alergia á responsabilidade que conta com a ajuda do pensamento mágico.
Desenvolvimento x crescimento.
Para que uma sociedade cresça e se desenvolva, é preciso que as outras que formam seu meio ambiente também estejam pujantes. Exemplo, para que uma sociedade de leões esteja em franco desenvolvimento e crescimento é preciso que sua cadeia alimentar também esteja.
Entre nós, a mixórdia de instintos, tendências e desejos fazem com que as pessoas e grupos se auto-exterminem. Exemplo, governantes ávidos na manutenção de mordomias e riqueza sobrecarregam suas “vítimas” (empresas e cidadãos que pagam impostos) e matam a galinha dos ovos de ouro (produtividade), século, após século; daí a reciclagem das civilizações que surgem, prosperam, definham e morrem.
Na vida contemporânea, essa relação entre o homem e o meio (valores e desejos) traz á tona uma luta mortal: Consumo x preço a pagar; em todos os sentidos da vida possíveis, imagináveis; e ainda inimagináveis.
Poluição.
Na cadeia das relações ecológicas natural não há poluição. Tirando nossas criações de brincadeiras transgênicas; parece que somos a única espécie não natural do planeta – Somos uma experiência genética que não deu certo? – Claro que alguns animais colaboram de forma decisiva para a emissão de CO2, por exemplo, os porcos e as vacas cada vez que soltam um pum detonam com a camada de ozônio; mas, de quem é a responsabilidade?
Alguns de nós com a simples presença já poluímos muitos ambientes; daí, para bom entendedor, meia palavra basta – Se a natureza quiser se despoluir, vai precisar mandar muita gente para 4D.
Fome.
Nas espécies naturais a fome é decorrente de desequilíbrios e ajustes externos ao grupo; como a superpopulação de uma espécie. Entre nós a fome é real em algumas sociedades; mas em outras, é psicótica: usamos o alimento como fonte de prazer; comemos sem ter fome e 80% acima do que seria natural para cada pessoa; conseguimos ter apetite seletivo – em alguns lugares até a fome é seletiva; as pessoas têm fome de guloseimas manipuladas pela mídia.
Mudanças climáticas.
Somos os únicos capacitados a realizar mudanças climáticas cada vez mais rápidas e intensas. A capacidade tecnológica de alguns grupos, hoje, já é capaz de realizar grandes e intensas catástrofes climáticas seletivas.
Agrotóxicos.
Na tentativa de aplacar a fome do ego e a sede de lucros; somos a única espécie em Gaia que se suicida através do envenenamento do próprio alimento; e que promove suicídios coletivos (através da comilança) e assassinatos quase premeditados em nome da geração de empregos e do lucro.
Desculpas e justificativas.
Essa é uma de nossas especialidades. Nesse quesito somos imbatíveis – Esperamos que no tribunal da consciência, no final deste ciclo planetário, elas funcionem como atenuantes e que o álibi da ignorância não se volte contra nós.
Reforma.
Sentimos um orgulho danado em dizer que no planeta somos os únicos capazes de reformar alguma coisa; de alterar, modificar, melhorar, piorar, criar, destruir – nesse conceito não estamos errados; particularmente acho mais ecologicamente correto substituir o conceito reforma por reciclagem; afinal na natureza nada se cria e tudo se transforma. Cá entre nós, por exemplo, não jogue todo seu orgulho fora, pois pode descambar para a perda da auto-estima; melhor reciclar uma parte em humildade e outra em valorização pessoal.
Submissão.
Nós nos achamos os tais; mas, ainda conservamos alguns traços de nosso passado evolutivo: adoramos fazer parte de rebanhos: religião, sistema de crenças…, o pior, é que sempre escolhemos mal nossos líderes, chefes de manadas, representantes. Mesmo que nos sintamos ofendidos, a maior parte de nós se assemelha a uma manada adormecida (para piorar as coisas) sendo conduzida ao precipício da destruição; os que acordarem terão o trabalho de sair para as beiradas (diferenciar-se dos normais) e afrontar códigos, normatizações, modismos (andar na contramão, na boa e inteligente marginalidade). Ao contrário de nossos colegas de evolução planetária somos submissos aos interesses dos outros; mas, insubmissos, ás leis da vida e da natureza. Claro que progredimos, pois o preço a pagar hoje é mais barato do que antes nessa sociedade de consumo – hoje somos vistos com desdém, excluídos do sistema; antes os que ousavam desgarrar-se da manada eram queimados, mortos, vilipendiados…
Falta de identidade.
Mais uma paulada em nosso ego: somos a única espécie sem identidade ainda definida; somos os “manos” da cadeia evolucional em Gaia – Falou e disse bicho!
Crescimento demográfico sem planejamento.
Os outros têm a vantagem de reproduzir-se segundo a influência do meio e no momento adequado; entre nós a ferramenta do livre arbítrio causa a superpopulação.
Confinamento.
Nós nos achamos os tais e criamos muitos bichos em regime de confinamento para fazer uso deles. Somos piores, vejamos a forma como são criadas as crianças da atualidade: em regime de confinamento e de engorda. O espaço publico foi deteriorado pela ganância; daí o espaço onde as crianças são mantidas é cada vez mais reduzido; a “ração” de engorda é cada vez mais barata e acessível (bolachas, miojos e outros farináceos, guloseimas) tudo sob o olhar mortiço dos agentes controladores – Mas, como nossa capacidade de criar desgraças é ilimitada, estressamos as crias com excesso de informações e divertimentos malucos para comerem sem parar e engordarem até estourar para que depois outros engordem as contas bancárias com regimes malucos e mutilações cirúrgicas inomináveis.
Respeito á natureza.
Fora alguns malucos como os ecochatos e os ongueiros cuidadores de bichos; a maior parte não respeita nem a si mesmo.
Educação ou treinamento?
Claro que para manter os interesses dos chefes de rebanhos a confusão entre educação, instrução e treinamento vêm bem a calhar.
Se analisarmos com um mínimo de senso crítico o que chamamos de educação, chegaremos á triste conclusão que ele é um treinamento muito mal executado – Tal e qual, nós fazemos com nossos bichinhos de estimação. Conforme colocamos em nosso livro: “Pequenos descuidos – grandes problemas” Ed, Petit – a educação atual está baseada em quatro pilares principais: medo, mentira, suborno e chantagem.
Se você comer tudo; vai ganhar a sobremesa! – Se não se comportar vou chamar o homem do saco prá te levar! – Ás vezes, nós treinamos nossos bichinhos com mais amor, cuidado e inteligência.
Perdemos a grande sacada da vida: Educação íntima com amplas possibilidades de gerar: Educação no lar; social; política.
Arte de viver em sociedade – Política.
Até mesmo a convivência entre predadores, caça e caçador, na natureza é feita com respeito ás leis da vida. Entre nós, dizimamos populações inteiras. Animais não fazem limpezas étnicas nem excluem por interesses de armazenar.
Cadeia de consumo.
A lei da oferta e da procura é natural e eterna – nossos colegas de evolução não a deturpam. Nós inventamos para engordar o ego: o capitalismo atrelado aos bens de consumo e, nos consumimos dia a dia.
Copiando a natureza, nós também somos consumidores:
Primários. Secundários. Terciários. Decompositores.
Biodiversidade.
Esperamos que os engenheiros siderais tenham se lembrado de guardar em seus arquivos de banco genético o DNA das espécies que o predador Homus quase sapiens já conseguiu extinguir.
Desenvolvimento sustentável.
Provavelmente nem a “Poliana” acredite na possibilidade desta safra atual de candidatos a seres humanos tornem-se capazes de abrir mão de seus egoísticos interesses – Então, para o bem do planeta; só nos resta continuar a luta e torcer, até pedir, quem sabe implorar para que o desfecho da terra sacudir para 4D as pulgas que a consomem.
Amém.
Melhor; vamos tirar o acento: AMEM – se.
Claro que há muito mais para ser discutido; estes tópicos foram apenas prá puxar um dedinho de prosa – Zinfius!
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Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.
* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 28/11/2009
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