Rio de Janeiro cria parque fluvial para ajudar na preservação da Bacia do Rio Macacu
Rio Macacu. Fotógrafo: Paulo Botelho
Plantar árvores e tratar o esgoto são as principais medidas para recuperar e preservar a Bacia do Rio Macacu, responsável pelo abastecimento de indústrias e da população de pelo menos quatro municípios do Região Metropolitana do Rio. As metas constam do projeto do Parque Fluvial do Rio Macacu, implantado hoje (13) pelo governo estadual, que destinará R$ 5 milhões à unidade.
Com uma área de 80 mil quilômetros quadrados, em Cachoeira de Macacu, Região Serrana, o parque é a segunda unidade fluvial do estado. No local, a ideia é aliar medidas de preservação e educação ambiental. Com isso, em oito hectares serão instaladas quatro quadras de esporte, 2 quilômetros de ciclovia, trilhas, área para convivência, além de mesas para piquenique e banheiros.
Em outra frente, para preservar o Macacu e o afluente Guapiaçu, 4 milhões de mudas da Mata Atlântica serão plantadas nas margens do rios, compondo um corredor ao longo dos manaciais, desde a nascente do Macacu, no Parque Estadual do Três Picos, até a Baía de Guanabara.
O objetivo é recuperar a mata ciliar, dificultando o acúmulo de sedimentos no fundo do rio, o que causa o assessoreamento e que diminui a profundidade do manancial. Paralelamente, o governo quer tratar o esgoto do município e contratou hoje, por R$ 400 mil, a empresa que fará o estudo da obra.
“Temos que fortalecer a ideia de que parque não é só árvore”, disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante o evento na unidade. “A pessoa tem que ter uma interação com os parques. De maneira geral, só defendemos o que conhecemos, o que amamos, o que usufruimos. Temos uma coisa muito bonita aqui.”
Com os problemas ambientais decorrentes da degradação do rio, em 2007, faltou água nos municípios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo. De acordo com a secretária do Ambiente, Marilene Ramos, reverter o quadro de degradação do manancial impedirá que o problema se repita.
“Esse é um município [Cachoeira de Macacu] produtor de águas. Aqui estão nascentes de água cristalina, que escorrem da serra. Nós temos que protegê-las para que essa água chegue limpa também para o consumo, lá na ponta.”
Durante o evento no principal módulo do parque, estudantes plantaram mudas e apresentaram ao ministro Carlos Minc projetos para o uso da unidade. Letícia de Silva, 12 anos, disse que a cidade ganha mais que uma área de lazer. “Nossa proposta é incentivar aqui no parque outras pessoas a preservarem o meio ambiente.”
Reportagem de Isabela Vieira, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 14/11/2009
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