Auditores resgatam 70 trabalhadores na condição análoga à de escravos na Bahia
Ação ocorreu em fazenda de algodão em Sebastião Laranjeiras
Auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego na Bahia (SRTE-BA), realizaram ação de fiscalização em uma fazenda de algodão no município de Sebastião Laranjeiras e encontraram 70 trabalhadores na condição análoga à de escravo. Também foram encontrados uma criança de 12 anos e um adolescente de 17 anos na mesma situação.
A ação fiscal foi iniciada no dia 4 de setembro. Os trabalhadores são das regiões de Malhada, em Carinhanha, e de Mutança, em Guanambi. Eles declararam que foram transportados de suas localidades em carrocerias de caminhões, desprovidas de qualquer segurança, fato confirmado pelo gerente da fazenda e pelo próprio empregador. O salário negociado foi o de R$ 3, por arroba, o que dava uma diária de cerca de R$ 12. Para chegar a esse valor, trabalhavam na colheita cerca de dez horas.
De acordo com a inspeção, os trabalhadores atuavam descalços e desprovidos de qualquer equipamento de proteção individual. Também não tinham água potável, instalações sanitárias e nem abrigos. Ninguém dispunha de cama ou colchão, sendo obrigados a dormir em papelões, ou diretamente no chão de barro. Dois trabalhadores foram encontrados doentes, com febre alta e sem assistência médica. Foi determinado ao empregador o imediato afastamento dos trabalhadores das atividades da fazenda em transportes adequados e em segurança, além de ter que cumprir as medidas trabalhistas legais.
Informações do MTE, publicadas pelo EcoDebate, 15/09/2009
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