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Notícia

A hipertensão, a má alimentação, o sedentarismo e a diabetes, podem levar a um AVC

Avaliação funcional do idoso portador de doença neurológica

O tratamento de idosos portadores de sequelas causadas pelo acidente vascular cerebral (AVC) foi assunto de artigo dos fisioterapeutas Augusto Cesinando de Carvalho e Tânia Cristina Bofi, docentes da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), do câmpus de Presidente Prudente. Intitulado “Avaliação funcional do idoso portador de doença neurológica“, foi publicado no Manual de avaliação motora para a terceira idade.

O AVC é uma das três maiores causas de morte no mundo, em conjunto com doenças do coração e o câncer. É caracterizado por meio da perda total dos movimentos de um lado do corpo (hemiplegia), além de distúrbios na fala e audição, déficit visual, acometimento mental e intelectual. “A hipertensão, a má alimentação, o sedentarismo e a diabetes, podem levar a um AVC”, alerta Carvalho.

Segundo a pesquisa, os métodos mais utilizados na reabilitação física e funcional são: Bobath, Brunnstrom, Knott, Voss, Rood e a Terapia em grupo. Estes programas de reabilitação melhoram a capacidade dos pacientes e cerca de 80% retornam ao convívio social, não necessariamente a reabilitação total.

A maioria das pessoas que tem a doença possui entre cinquenta e sessenta anos, as sequelas geram dificuldades e incapacidades de realizações de tarefas do cotidiano, como pegar um copo, comer sozinho. “Os pacientes que acabaram de ter um AVC, geralmente são muito dependentes, precisam de cuidado integral, é necessário que alguém dê banho e que os leve ao banheiro, além de muitas outras atividades. Com o tratamento parte das pessoas volta ao que era antes”, acrescenta.

Além dos portadores da doença, os familiares também se tornam vítimas, principalmente no processo de reiteração social, porque a sociedade não está completamente adaptada para aceitar indivíduos com padrão de comportamento fora do habitual.

A patologia pode provocar tensões e conflitos com a família e com os colegas de trabalho devido à falta de experiência e o estresse que ela desenvolve em todos aqueles que convivem no mesmo espaço. Os idosos tornam-me menos comunicativos e isolados socialmente, possuem dificuldade de aprendizado e diminuem a capacidade de concentração. A convivência com pessoas na mesma situação dará oportunidade de avaliar e reeducar hábitos além de troca de experiência.

O papel dos profissionais neste momento é ajudar os pacientes a enfrentarem barreiras, elaborando terapias para ensinar novamente as habilidades de interação social, pois é um processo de descoberta de uma nova realidade. “A família também é importante neste processo, pois ela tem que entender que o doente tem dificuldades ou até mesmo é incapaz de realizar algumas atividades”, aponta Carvalho.

Na avaliação os profissionais iniciam um processo de reconhecimento das potencialidades e dificuldades. Muitas vezes os pacientes chegam nos ambulatórios com dúvidas sobre seus estados e não sabem quais cuidados devem tomar em suas residências.

O exame físico do paciente deve ser detalhado, examinando todas as regiões do corpo, a inspeção deve ser feita nas posições sentada, deitada e em pé para que o profissional possa diagnosticar o comportamento do corpo frente à doença nas diferentes posições.

Reportagem de Fabiana Manfrim, da Unesp Notícias, publicada pelo EcoDebate, 16/07/2009

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