Mudanças Climáticas: Conferência Mundial sobre impacto do aquecimento global no mar reunida na Indonésia
A primeira conferência mundial sobre o impacto do aquecimento global nos oceanos começou ontem (13) em Manado, na Indonésia, com a participação de representantes de 70 Estados, da ONU e de organizações não governamentais.
O encontro, a nível ministerial, deverá terminar sexta-feira com a proclamação de uma declaração, com o nome de Declaração de Manado, em que se pedirá que os oceanos sejam tomados em consideração nas negociações da Reunião de Copenhague.
Essa reunião marcada para Dezembro, deverá produzir um acordo internacional sobre a redução das emissões de gases com efeito estufa que deverá suceder ao Protocolo de Kyoto, cujos primeiros compromissos expiram em 2012.
À margem desta Conferência Mundial dos Oceanos, decorrerá a 15 de Maio uma reunião do Triângulo de Coral, uma região com 5,7 milhões de quilômetros quadrados partilhada por seis países ( Filipinas, Malásia, Indonésia, Timor-Leste, Papásia – Nova Guiné e Ilhas Salomão), conhecida pela “ Amazônia dos Mares” por concentrar a maior diversidade de espécies marinhas no mundo.
Entre os participantes nesta reunião conta-se o presidente timorense, José Ramos Horta.
Os mares e os oceanos representam quase 71 por cento da superfície do globo e cerca de um décimo da população humana vive a menos de 10 quilômetros da orla costeira, segundo estimativas.
Em 2007, o Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas da ONU, advertiu que o nível dos mares deverá subir até 59 centímetros daqui a 2100, tendo apenas em conta a expansão natural do volume das águas oceânicas devido ao seu aquecimento, sem integrar a fusão dos gelos da Antártica e da Groenlândia.
Vários estudos recentes indicam também que os oceanos estão a perder parte da sua capacidade de absorção de CO2, essencial ao planeta.
A subida do nível dos mares deverá ter graves conseqüências em alguns estados insulares, como as Maldivas, e nos grandes deltas, nomeadamente, na Ásia.
A Indonésia, o maior arquipélago do mundo, poderá também perder várias das suas 17.000 ilhas, segundo estimativa recente do Banco Asiático de Desenvolvimento.
Entre os temas a examinar na Conferência de Manado figura a necessidade da pesca se adaptar às alterações climáticas que já começaram a perturbar a distribuição das espécies marinhas.
FONTE: http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=6810
Matéria enviada por Carol Salsa, colaboradora e articulista do EcoDebate
[EcoDebate, 14/05/2009]
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