Adaptar o Minha Casa Minha Vida para as mudanças climáticas
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Residencial Cidade Jardim I, Módulo III, em Fortaleza (CE). As moradias foram construídas no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Foto Agência Gov.
Imóveis do Minha Casa Minha Vida precisam ser adaptados para enfrentar eventos climáticos extremos, como ondas de calor e enchentes, garantindo segurança e bem-estar dos(as) moradores(as).
A intensificação das mudanças climáticas tem impactado diversos setores, incluindo a habitação popular.
Projetos de construção, como os imóveis do programa Minha Casa Minha Vida, precisam urgentemente de adaptações para lidar com eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, como ondas de calor, enchentes, deslizamentos, erosão e ventanias intensas, a fim de proteger as famílias de baixa renda que residem nesses empreendimentos.
Além de representar uma questão de segurança e bem-estar, a adaptação das habitações populares é fundamental para garantir que essas famílias estejam preparadas para enfrentar os efeitos do aquecimento global.
Para enfrentar altas temperaturas, as construções podem incorporar materiais e soluções de design passivo, como telhados verdes, ventilação cruzada, que ajudam a manter o ambiente interno mais fresco. Além disso, investir na arborização do local e do entorno do empreendimento, com o objetivo de aumentar o conforto térmico e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade do ar, contribuindo para a saúde e o bem-estar dos(as) moradores(as).
Nas áreas suscetíveis a enchentes, as edificações podem ser elevadas, e o entorno deve ser projetado para facilitar o escoamento da água, evitando alagamentos que colocam em risco a vida dos moradores e prejudicam a estrutura das construções. Planejamento cuidadoso da drenagem e micro drenagem deve ser prioritário nos projetos do Minha Casa Minha Vida.
Cuidados também devem ser observados em relação aos riscos de deslizamento e erosão do solo, que podem causar severos danos nas construções, inclusive colocando em risco a vida dos(as) moradores(as).
O desenvolvimento de infraestrutura resiliente para a habitação popular envolve tanto o planejamento urbano quanto o uso de materiais sustentáveis e tecnologias que ampliem a resistência das construções.
Incluir essas adaptações em políticas públicas e exigir que sejam aplicadas nas futuras fases do programa Minha Casa Minha Vida, além de reformar estruturas já existentes, pode contribuir significativamente para reduzir a vulnerabilidade das populações de baixa renda diante dos impactos das mudanças climáticas.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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