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O risco de colapso da Amazônia e suas consequências

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A realidade no Brasil é de um enfraquecimento das leis ambientais e da fiscalização, favorecendo a exploração ilegal de terras e o agronegócio predatório

O pesquisador Philip Fearnside, em entrevista ( Quão perto estamos do colapso da Amazônia?), oferece uma visão alarmante sobre o quão próximo estamos do colapso da Amazônia, destacando a fragilidade do bioma frente ao crescente desmatamento, queimadas e as mudanças climáticas.

As análises científicas indicam que, se a destruição continuar em ritmo acelerado, a Amazônia pode cruzar um ponto sem retorno, transformando-se em uma savana empobrecida, o que traria consequências catastróficas para o clima global, a biodiversidade e a segurança alimentar.

O colapso da Amazônia, uma das maiores reservas de carbono do planeta, colocaria em risco os esforços internacionais de mitigação das mudanças climáticas, além de exacerbar eventos extremos, como secas e enchentes.

A Amazônia não é apenas um ecossistema regional; sua destruição teria impactos profundos na regulação do clima global, com implicações para todas as nações.

A entrevista reforça a urgência de políticas públicas eficazes para deter a destruição da floresta, exigindo maior responsabilização das autoridades e um engajamento internacional que vá além de promessas vazias.

Embora acordos internacionais, como o Acordo de Paris, tenham definido metas ambiciosas, a realidade no Brasil é de um enfraquecimento das leis ambientais e da fiscalização, favorecendo a exploração ilegal de terras e o agronegócio predatório.

Porém, há uma janela de esperança. As conclusões da entrevista enfatizam que ainda há tempo para reverter a tendência de degradação, mas isso exigirá mudanças radicais.

O governo brasileiro precisa priorizar a proteção da Amazônia com medidas robustas de preservação, enquanto a comunidade internacional deve pressionar por uma economia que valorize os serviços ecossistêmicos da floresta, incentivando cadeias produtivas sustentáveis.

Não podemos ignorar a complexidade dos desafios, mas é fundamental destacar que o colapso da Amazônia não afetaria apenas o Brasil. Este é um problema de proporções globais, que requer uma resposta coletiva para preservar a Amazônia como importante sumidouro de carbono do planeta e proteger o futuro das próximas gerações.

A pergunta que a entrevista levanta não é apenas “quão perto estamos do colapso?“, mas “o que estamos dispostos a fazer para evitá-lo?“.

Henrique Cortez, jornalista e ambientalista, editor do Portal EcoDebate.

 
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
 

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