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Diminuem os gases que destroem a camada de ozônio

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Diminuem os gases que destroem a camada de ozônio
a, O forçamento radiativo global total direto dos HCFCs até 2023 e o forçamento radiativo projetado até 2100. b, o EECl dos HCFCs até 2023 e o EECl projetado até 2100. A projeção é apenas para HCFC-22, HCFC-141b e HCFC-142b (odos), que são mostrados à direita da linha pontilhada branca. A categoria “outros HCFCs” contém HCFC-124, HCFC-132b, HCFC-31 e HCFC-133a. Assumimos que todos os outros HCFCs têm uma contribuição insignificante para o forçamento radiativo e a EECl. Linhas pretas finas indicam o retorno aos níveis de 1980. In A decrease in radiative forcing and equivalent effective chlorine from hydrochlorofluorocarbons. Nat. Clim. Chang. (2024). https://doi.org/10.1038/s41558-024-02038-7

 

Artigo de Vivaldo José Breternitz

Finalmente uma boa notícia na área ambiental: os esforços para eliminar os gases que atacam a camada de ozônio têm sido um “enorme sucesso “, conforme disse o Professor Luke Western (1), da University of Bristol, líder de uma equipe que pesquisou o assunto.

O Protocolo de Montreal, acordo assinado em 1987, tem como objetivo eliminar gradualmente os gases que atacam a camada de ozônio, oriundos principalmente de sistemas de refrigeração e ar condicionado e de sprays.

Os resultados das pesquisas, publicados na revista Nature Climate Change mostram que os níveis desses gases, especialmente os clorofluorocarbonetos (CFCs) e os hidrofluorocarbonetos (HCFCs), atingiram o pico em 2021 – cinco anos antes do que indicavam as previsões feitas à época da assinatura do Protocolo.

Os CFCs, mais nocivos, foram praticamente eliminados em 2010, por terem sido substituídos pelos HCFCs – acredita-se que estes deixarão de existir até 2040.

O Professor Western atribuiu o declínio acentuado dos HCFCs à eficácia do Protocolo de Montreal e aos regulamentos nacionais a respeito do assunto tornados mais rígidos, bem como a uma mudança de postura da indústria, que buscou se antecipar à proibição total desses poluentes.

Tanto os CFCs quanto os HCFCs são gases geradores do efeito estufa, o que significa que seu declínio também ajuda na luta contra o aquecimento global.

Os CFCs podem permanecer na atmosfera por centenas de anos, enquanto os HCFCs duram cerca de duas décadas – mesmo que não sejam mais produzidos, o uso anterior desses produtos continuará a afetar a camada de ozônio por muitos anos.

Apesar disso, como dissemos, é uma boa notícia em uma área em que estas são raras.

Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.

Referência:

(1) Western, L.M., Daniel, J.S., Vollmer, M.K. et al. A decrease in radiative forcing and equivalent effective chlorine from hydrochlorofluorocarbons. Nat. Clim. Chang. (2024). https://doi.org/10.1038/s41558-024-02038-7

 

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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