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Educação, redes sociais, realidades virtuais/aumentadas e potencialidades

 

artigo de opinião

Educação, redes sociais, realidades virtuais/aumentadas e potencialidades, artigo de Felipe Santana Machado

A maior evolução no uso de tecnologias na educação não está nas tecnologias em si, mas sim nas possibilidades de novas práticas pedagógicas que elas podem viabilizar

O conhecimento sobre as redes sociais mais acessadas pelos alunos pode ser uma ferramenta valiosa para aprimorar as práticas educacionais. Primeiramente, é importante conhecer as diferentes redes sociais, seus focos e potencialidades, para entender como elas podem ser utilizadas como recursos pedagógicos.

Algumas redes sociais, como o Facebook® e o Instagram®, são mais focadas em compartilhamento de fotos e vídeos, enquanto outras, como o Twitter® e o LinkedIn®, são mais voltadas para o compartilhamento de informações e notícias. Saber essas diferenças pode ajudar os educadores a escolher a melhor plataforma para divulgar informações relevantes como datas de provas, atividades extracurriculares, eventos escolares e outras informações.

Além disso, as redes sociais podem ser usadas como ferramentas para aprimorar o aprendizado. Por exemplo, o Twitter® pode ser usado para criar debates sobre um tema específico, enquanto o YouTube® pode ser utilizado para disponibilizar vídeos educacionais que auxiliem na compreensão de determinado assunto. Ainda, plataformas como o Kahoot® ou Quizlet®, são exemplos de redes sociais com foco educacional.

No entanto, é importante lembrar que as redes sociais também possuem riscos, como a exposição indevida dos alunos ou o cyberbullying. Portanto, é fundamental que os educadores estejam conscientes e orientem seus alunos sobre o uso responsável e seguro.

As tecnologias móveis, como smartphones e tablets, têm um grande potencial para serem integradas ao fazer pedagógico e podem auxiliar em diversos aspectos da aprendizagem. Uma das principais vantagens é a possibilidade de acesso rápido e fácil a informações e recursos educacionais em qualquer lugar e a qualquer momento. Por exemplo, um aluno pode acessar uma aula online, um vídeo educativo ou um material de leitura enquanto estiver em transporte público ou em uma pausa entre as aulas. Além disso, os dispositivos móveis permitem a personalização do processo de aprendizagem, permitindo que os alunos avancem no seu próprio ritmo e acessem materiais de acordo com seus interesses e necessidades específicas.

Outra vantagem é o engajamento dos alunos, já que muitos deles estão familiarizados e confortáveis com a tecnologia móvel. Jogos educativos, aplicativos de aprendizagem e outras ferramentas digitais podem tornar o processo de aprendizagem mais divertido e interativo.

Os dispositivos móveis também permitem a colaboração e comunicação entre alunos e professores em tempo real, o que pode ser especialmente útil para aulas remotas ou híbridas. As plataformas de mensagens instantâneas, videoconferências e outras ferramentas de colaboração permitem que os alunos participem de discussões e atividades em grupo, mesmo à distância.

No entanto, é importante lembrar que o uso de dispositivos móveis na aprendizagem deve ser bem planejado e monitorado pelos educadores, para garantir que estejam utilizando os recursos de forma produtiva e segura. Além disso, é necessário garantir que todos os alunos tenham acesso igualitário aos dispositivos e à internet para que possam usufruir dos benefícios dessa tecnologia.

As tecnologias imersivas, como a realidade virtual (RV) e a realidade aumentada (RA), têm um grande potencial para revolucionar o futuro da aprendizagem, proporcionando experiências de aprendizagem mais envolventes e realistas. Com essas tecnologias, os alunos podem interagir com ambientes virtuais simulados, experimentar situações reais e práticas em ambientes seguros e controlados, e visualizar conceitos abstratos de maneira mais concreta e tangível.

Por exemplo, estudantes de biologia podem explorar o corpo humano em RV, estudantes de arquitetura podem visualizar construções em 3D e estudantes de geografia podem explorar diferentes lugares do mundo em RA.

Além disso, as tecnologias imersivas também podem melhorar a acessibilidade e inclusão na educação. Com a RV, é possível criar ambientes acessíveis para pessoas com deficiência física ou limitações de mobilidade, enquanto a RA pode fornecer recursos adicionais para alunos com dificuldades de aprendizagem.

Outra vantagem das tecnologias imersivas é a possibilidade de personalização e adaptação do conteúdo para atender às necessidades e interesses individuais dos alunos, proporcionando um aprendizado mais personalizado e eficiente.

No entanto, é importante lembrar que as tecnologias imersivas ainda estão em desenvolvimento e nem sempre são acessíveis ou viáveis para todas as escolas e alunos. Além disso, é necessário garantir que essas tecnologias sejam usadas de forma responsável e ética, protegendo a privacidade e segurança dos alunos e evitando o uso indevido ou prejudicial.

Com certeza, a maior evolução no uso de tecnologias na educação não está nas tecnologias em si, mas sim nas possibilidades de novas práticas pedagógicas que elas podem viabilizar. As tecnologias são apenas ferramentas que podem ser utilizadas de diversas maneiras para enriquecer e transformar o processo de ensino e aprendizagem.

Não basta simplesmente colocar os alunos em um ambiente virtual altamente tecnológico e esperar que eles sejam engajados sem proporcionar oportunidades significativas de interação e participação ativa. Os professores precisam ser capacitados para criar e implementar atividades que explorem o potencial das tecnologias para promover uma aprendizagem significativa e colaborativa.

Por exemplo, os professores podem usar as tecnologias para criar ambientes de aprendizagem mais dinâmicos e interativos, como jogos educacionais, simulações, debates online, entre outros. Eles também podem incentivar a colaboração e a troca de ideias entre os alunos por meio de fóruns de discussão, grupos de trabalho online e outras atividades.

Outra possibilidade é utilizar as tecnologias para personalizar a aprendizagem de acordo com as necessidades e interesses dos alunos, por meio de materiais e atividades adaptadas para diferentes níveis de habilidade e estilos de aprendizagem.

Felipe Santana Machado – Especialista em Educação Empreendedora, Gestão Ambiental e Morfofisiologia Animal, mestre em Ecologia Aplicada, doutor em Engenharia Florestal, pós-doutor em Engenharia.

Sugestões de leitura de artigos e livros relativos a educação:

  • Educação ambiental em escola pública: Relato de caso em Minas Gerais. Regnellea Scientia, v. 7, p. 41-57, 2021.
  • Educação, Meio Ambiente e Território – Volume 1. Ponta Grossa: Atena Editora, 2019. 251p Educação, Meio Ambiente e Território – Volume 2. Ponta Grossa: Atena Editora, 2019. 296p
  • Educação, Meio Ambiente e Território – Volume 3. Ponta Grossa: Atena Editora, 2019. 270p.
  • Advantages and disadvantages of distace education: losses and winnings. In: Willian Douglas Guilherme. (Org.). Contradições e Desafios na Educação Brasileira. 1ed.Ponta Grossa: Atena Editora, 2019, v. 2, p. 160-166.

 

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

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One thought on “Educação, redes sociais, realidades virtuais/aumentadas e potencialidades

  • Nataely correa

    Discussão muito válida. O uso da tecnologia no ambiente escolar precisa ter significado na aprendizagem deste aluno.

Fechado para comentários.