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Riscos dos contaminantes emergentes à saúde e ao meio ambiente

 

Estações de tratamento de água não foram projetadas para detectar presença de contaminantes emergentes
Estações de tratamento de água não foram projetadas para detectar presença de contaminantes emergentes – Foto: SAAE São Carlos

Riscos dos contaminantes emergentes à saúde e ao meio ambiente

A presença de contaminantes emergentes em recursos hídricos não é removida pelos sistemas convencionais de tratamento de água e podem ter origem em diversos produtos do dia a dia

Resumo: Contaminantes emergentes representam riscos à saúde humana e animal, podendo causar alergias, alterações no sistema endócrino e até mesmo câncer. Além disso, também podem causar danos à vida aquática e desenvolvimento de bactérias resistentes a medicamentos.

Os contaminantes emergentes são substâncias químicas sintéticas que podem ser encontradas em baixas concentrações nos recursos hídricos e que não são removidas pelos sistemas convencionais de tratamento de água. Essas substâncias podem ter origem em diversos produtos que usamos no dia a dia, como fármacos, cosméticos, agrotóxicos, drogas ilícitas, microplásticos, entre outros.

Um dos riscos dos contaminantes emergentes é que eles podem causar efeitos adversos à saúde humana e animal, mesmo em baixas doses e por longos períodos de exposição. Alguns desses efeitos podem ser alergias, intolerâncias alimentares, alterações no sistema endócrino e reprodutivo, distúrbios metabólicos e até mesmo câncer.

Os riscos dos contaminantes emergentes incluem a interrupção do sistema endócrino, resistência a antibióticos e danos à vida aquática. A interrupção do sistema endócrino pode levar a distúrbios reprodutivos, câncer e outros problemas de saúde. A resistência a antibióticos, causada pelo uso excessivo de antibióticos na agricultura e na medicina humana, pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes a medicamentos. Danos à vida aquática podem ocorrer quando contaminantes emergentes, como produtos farmacêuticos e de cuidados pessoais, não são completamente removidos pelos processos de tratamento de águas residuais e acabam em rios, lagos e oceanos

Um dos desafios dos contaminantes emergentes é que eles ainda não são regulamentados pela legislação brasileira, ou seja, não há limites estabelecidos para a sua presença na água potável ou nos corpos d’água. Além disso, os métodos de análise e de remoção dessas substâncias são complexos, caros e nem sempre eficientes. Por isso, é necessário investir em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias que possam detectar, monitorar e eliminar os contaminantes emergentes da água.

Já publicamos aqui no EcoDebate alguns exemplos de pesquisas que estão sendo realizadas nessa área, como o uso de processos oxidativos avançados (POA), membranas filtrantes, nanomateriais e biotecnologia. Essas técnicas visam aumentar a eficiência do tratamento da água e reduzir os impactos ambientais causados pelos contaminantes emergentes [veja nas fontes citadas]

O tema dos contaminantes emergentes é relevante e atual, pois envolve questões ambientais, sociais e econômicas. É importante que a sociedade esteja informada e consciente sobre esse problema e que busque formas de prevenir e reduzir a geração dessas substâncias.

Além disso, é fundamental que o poder público e o setor privado invistam em políticas públicas e em inovação tecnológica para garantir a qualidade da água e a saúde da população.

Fontes e leituras recomendadas:

Contaminantes emergentes são detectados em 12 rios da Bacia PCJ

Os contaminantes emergentes – o que os olhos não veem e o corpo todo pode sentir

Contaminantes Emergentes: Difíceis de remover nas estações de tratamento de água, fármacos, cosméticos e outros compostos contaminam recursos hídricos

Contaminantes Emergentes: Uma ameaça real na água usada para consumo humano

A ameaça dos contaminantes emergentes na água

Pesquisa detecta ‘contaminantes emergentes’ na água de 20 capitais

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

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