Crise ajudará Portugal a cumprir Kyoto
(Lusa) – A crise econômica vai ajudar no cumprimento das metas do Protocolo de Kyoto, considera um especialista em alterações climáticas, frisando que Portugal está aquém dos objetivos de emissões de gases com efeito de estufa na área dos transportes e da eficiência energética.
“Com esta crise econômica é provável que as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) caiam muito na Europa. Provavelmente, vamos atingir os objetivos de Kyoto antes de 2012, mas pelas piores razões: porque há crise econômica, há pessoas desempregadas, há empresas que fecham”, disse à Lusa Viriato Soromenho-Marques, conselheiro de Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, para a área da Energia e Alterações Climáticas.
Mesmo que Portugal tenha de comprar direitos de emissões, “atualmente, o preço da tonelada de carbono é muito baixo, por isso, é possível que se cumpra Quioto sem grandes custos, mas não há razões para estarmos muito contentes”, acrescentou.
O ex-presidente da associação ambientalista Quercus e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa assinala que, se por um lado, foi feito um “grande esforço” na produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis, em outros setores, como a eficiência energética nos edifícios e os transportes, “a coisa correu muito mal”.
“Temos cerca de 700 quilômetros de auto-estradas a mais, não há pessoas que as utilizem, isto é uma notícia escandalosa. No fundo, continuamos a ter uma estrutura de transportes baseada no automóvel particular, o que é um disparate”, frisou.
Já o coordenador da Comissão para as Alterações Climáticas, Nuno Lacasta, disse que a estimativa do déficit, em termos do cumprimento das metas de Kyoto, se mantém idêntica à do início de 2007, ou seja, 14,4 milhões de toneladas de emissões de GEE acima do objetivo, incluindo todas as medidas previstas no Programa Nacional de Alterações Climáticas e no Plano Nacional de Alocação de Licenças de Emissão para 2008-2012 (PNALE II).
“É esta a meta de aquisição do Fundo Português de Carbono”, frisou.
No âmbito deste tratado internacional, Portugal pode aumentar as suas emissões até 27% em relação ao ano de referência de 1990, no período de cumprimento do protocolo (2008-2012).
* Matéria da Agência Lusa, 07-04-2009 10:21:51
[EcoDebate, 08/04/2009]
Inclusão na lista de distribuição do Boletim Diário do Portal EcoDebate
Caso queira ser incluído(a) na lista de distribuição de nosso boletim diário, basta que envie um e-mail para newsletter_ecodebate-subscribe@googlegroups.com . O seu e-mail será incluído e você receberá uma mensagem solicitando que confirme a inscrição.
Antes de mais quero esclarecer q sei do q vou falar, pela experiencia própria, pois já aderi à montagem de paineis solares Termicos (aquecimento de agua) e Fotovoltaicos (produção de energia para venda à EDP a 0.65€ – a q gastamos pagamo-la a 0.11€ !)
A forma muito resumida como o PM abordou o assunto da comparticipação do Estado, na compra de paineis solares, levou a que a maioria (com a habitual mania da perseguição) pensasse q esta seria uma forma de o governo enganar o povo e dar mais ganho aos bancos. Qt a isso informo q o spread (ganho do banco), é muito baixo. Menos de 1%.
A imposição da compra de paineis de fabrico portugues, com o mesmo rendimento e a mesma garantia 20/25 anos, dos importados, é tb uma boa medida para a economia nacional, sem prejuízo de quem compra. Se não vejamos: mesmo q custem o dobro, dado q são subsidiados em 50%, ficam pelo mesmo preço dos importados.
Dir-se-á: Se forem comprados com recurso ao crédito (está muito facilitado) teremos de pagar o dobro em juros! É verdade, mas só por isso (1% s/25000€ = 250€) vamos deixar de elevar a economia nacional e a n/economia domestica? É que o produto da venda da energia à EDP, é suficiente para pagar ao banco e no Verão ainda ganhamos dinheiro ! Isto sem contar com a poupança de gás no aquecimento de aguas.
Vamos ganhar algum dinheiro, ter o equipamento pago daqui a 10 anos ou menos, se pagarmos uma prestação maior ao banco e evitar q o país tenha de comprar direitos de emissões, para poder cumprir com o protocolo de Quioto, até 2012.
Vamos deixar de criticar, por criticar, a passar à acção q neste caso só tem vantagens.
Já agora um aviso: Esta solução é de muito difícil aplicação para quem não tenha moradia (ou terreno c/contador da EDP) pois nos prédios há sempre uma ovelha ronhosa que a irá dificultar.
Cumprimentos
raul ribeiro