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Conveniência Sustentável

 

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Conveniência Sustentável, artigo de José Austerliano Rodrigues

A distribuição física, o varejo integrado e o varejo de produtos e serviços de uma empresa podem ter impactos ambientais diretos e indiretos

Existem três fraquezas fundamentais na variável do mix de marketing convencional do P de Ponto (ou praça/local/distribuição). Em primeiro lugar, tende a enfatizar a distribuição física dos produtos. Além disso, os livros de marketing convencional focam na organização dos canais de distribuição e na gestão das relações entre fabricantes e intermediários. Em segundo lugar, cria ponto com foco no processo de troca (ou prestação de seriviços), enquanto o processo de consumo total vai além da aquisição de produtos, engloba seu uso e o descarte. Finalmente, o conceito do mix de marketing convencional “ponto” em muitos mercados está se tornando menos relevante à medida que os elementos do processo de consumo se movem para um ambiente on-line (BELZ; PEATTIE, 2010).

Na perspectiva do consumidor, o valor chave que o processo de distribuição proporciona é a conveniência. Por meios de seus esforços, varejistas e prestadores de serviços buscarão reunir uma gama de bens e serviços de forma a disponibilizá-los amplamente. Desta forma, a conveniência representa um desafio para os profissionais de sustentabilidade de marketing, uma vez que historicamente tem havido uma troca entre a conveniência e a performance ambiental. Por exemplo, o uso de baterias recarregáveis (BELZ; PEATTIE, 2010).

Para Ottman et al. (2006), enquanto alguns comentaristas argumentam que a sustentabilidade de marketing é bem-sucedida e dependerá da correspondência dos produtos convencionais para a conveniência. Outros argumentam que nossa devoção, e noção de conveniência pode ter mudança (SHOVE, 2003).

Belz e Peattie (2009), acreditam que a produção, distribuição e consumo se tornarão parcialmente mais locais, para encurtar distâncias e reduzir o consumo de combustível. Por exemplo, caminhões mais eficientes em combustível e de baixa emissão de CO2.

A distribuição física, o varejo integrado e o varejo de produtos e serviços de uma empresa podem ter impactos ambientais diretos e indiretos. O ponto, que é um elemento do mix de marketing tradicional, refere-se a onde os consumidores compram suas mercadorias e também representa a movimentação de mercadorias dentro da empresa (CHARTER et al., 2002).

Para uma abordagem de sustentabilidade mais pronunciada, quando se trata de decisões sobre o ponto, as empresas poderiam se perguntar se e como o processo de distribuição física pode ser esverdeado. Onde a empresa está localizada e o quão perto as instalações estão situadas para fornecedores, atacadistas e varejistas, são fatores a considerar. E se os planejadores de transporte das empresas consideram oportunidades para incentivar o planejamento eficiente de rotas para reduzir o uso de energia e da poluição do ar? Outro aspecto que as empresas poderiam considerar é se elas incentivam o desenvolvimento de uma infraestrutura de reciclagem. Por exemplo, se as empresa estão usando sistemas de reutilização de contêineres (CHARTER et al., 2002).

José Austerliano Rodrigues. Especialista Sênior e Doutor em Sustentabilidade de Marketing pela UFRJ, com ênfase em Sustentabilidade e Marketing, com interesse em pesquisa em Sustentabilidade de Marketing e Comportamento do Consumidor Sustentável. E-mail: austerlianorodrigues@bol.com.br.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

 

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