A ligação entre estresse crônico e doença de Alzheimer
A ligação entre estresse crônico e doença de Alzheimer
O estresse psicossocial crônico – que envolve uma via chamada eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (eixo HPA) – pode contribuir para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Uma nova revisão publicada na Biological Reviews descreve como fatores ambientais e genéticos podem afetar o eixo HPA dos indivíduos e, em última análise, seu risco de doença de Alzheimer.
A revisão também propõe um mecanismo pelo qual fatores genéticos que influenciam o eixo HPA também podem afetar a inflamação, um dos principais impulsionadores da neurodegeneração.
“O que sabemos é que o estresse crônico afeta muitas vias biológicas dentro de nosso corpo. Há uma interação íntima entre a exposição ao estresse crônico e as vias que influenciam a reação do corpo a tal estresse”, disse o autor sênior David Groth, PhD, da Curtin University, na Austrália. “Variações genéticas dentro dessas vias podem influenciar a maneira como o sistema imunológico do cérebro se comporta, levando a uma resposta disfuncional. No cérebro, isso leva a uma interrupção crônica dos processos cerebrais normais, aumentando o risco de neurodegeneração subsequente e, em última instância, de demência.”
Referência:
Milligan Armstrong, A., Porter, T., Quek, H., White, A., Haynes, J., Jackaman, C., Villemagne, V., Munyard, K., Laws, S.M., Verdile, G. and Groth, D. (2021), Chronic stress and Alzheimer’s disease: the interplay between the hypothalamic–pituitary–adrenal axis, genetics and microglia. Biol Rev. https://doi.org/10.1111/brv.12750
Henrique Cortez, tradução e edição, a partir de informações do Wiley Newsroom
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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