Adubação verde ajuda agricultores do Polo de Orgânicos de Pernambuco

Plantação orgânica, no Polo de Orgânicos de Pernambuco

Sem agrotóxicos, agricultores recebem orientações para fortalecerem suas plantações

A adubação verde, prática milenar pouco explorada nas plantações devido a concorrência das grandes empresas que produzem agrotóxicos, é uma das alternativas utilizadas no Polo de Orgânicos de Pernambuco. Desde o ano passado o Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA) disponibiliza para os agricultores cadastrados no projeto, sementes de espécies como Crotalária, Mucuna Preta, Feijão Guandú e Feijão de Porco, tipos de vegetação que servem para a adubação verde. Este ano, o MAPA disponibilizou ao Polo 2t destes tipos de sementes para serem distribuídos com os agricultores.

Em Pernambuco, o Polo de Orgânicos é uma ação do Governo do Estado em parceria com quatro Organizações Não Governamentais (Fundação de Proteção à Saúde e Meio Ambiente – FUSAMA, ECOORGÂNICA, Serviço de Tecnologia Alternativa – Serta, Sociedade Nordestina de Ecologia – SNE), que juntas formam um tipo de consórcio. O intuito deste projeto é aumentar a produção e consumo de produtos orgânicos, ou seja, livres de qualquer tipo de material sintético que facilitem a produção de alimentos.

A Adubação Verde pode ser realizada com diversas espécies vegetais, porém, as leguminosas são as preferidas, por fixarem mais nitrogênio no solo. De acordo com o engenheiro agrônomo do Polo, Gustavo Roque, o uso de adubação verde promove a melhoria do solo e isto é conseguido por meio da adição de material orgânico não decomposto dessas plantas que são cultivadas exclusivamente para este fim e são manejadas antes de completarem o ciclo vegetativo. O agrônomo também ponta outras vantagens: “essa prática também funciona como barreira natural contra o vento e sol, redução da infestação de ervas daninhas, controle de pragas e doenças nas plantações”, enumera.

A idéia do Polo de Orgânicos de Pernambuco é utilizar esse tipo de adubo nas áreas cultivadas pelos cadastrados no projeto. Para isso, são realizadas capacitações com o intuito de esclarecer aos agricultores as vantagens dessa prática.

* Texto enviado por Carlos Pimenta, do Polo de Orgânicos de Pernambuco

[EcoDebate, 18/02/2009]

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