Lucros que não se decompõem: a tragédia persistente do plástico
Reinaldo Dias
Articulista do EcoDebate, é Doutor em Ciências Sociais -Unicamp
Pesquisador associado do CPDI do IBRACHINA/IBRAWORK
Parque Tecnológico da Unicamp – Campinas – Brasil
http://lattes.cnpq.br/5937396816014363
reinaldias@gmail.com
Num planeta que afunda lentamente em seus próprios resíduos, o plástico se tornou o símbolo mais perverso da era do descartável.
Em meio à crise ambiental que se agrava a cada ano, cresce uma ameaça silenciosa e persistente, alimentada por interesses econômicos que não se decompõem: a poluição plástica. Por trás do brilho da conveniência, escondem-se os lobbies dos combustíveis fósseis, que seguem ditando os rumos da produção global. Grandes potências petroleiras e corporações multinacionais têm agido como forças contrárias à vida, bloqueando tratados, sabotando regulações e retardando o que já deveria ser urgente: o enfrentamento coordenado de um desastre ecológico anunciado. Nesta paisagem distorcida, a sustentabilidade do planeta é moeda de troca, sacrificada sem hesitação em nome de lucros que se acumulam — e permanecem, como o plástico, por tempo indefinido.
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Crescimento global da produção e consumo de plásticos
Desde 1950, a humanidade produziu mais de oito bilhões de toneladas de plástico, grande parte dos quais permanece até hoje nos ecossistemas, já que plásticos podem levar centenas de anos para se decompor (Capomaccio, 2025). O crescimento exponencial da produção global de plásticos nas últimas décadas resultou em uma crise ambiental sem precedentes. Atualmente, cerca de 460 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente, e projeções alarmantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam que esse volume poderá triplicar até 2060 caso não sejam implementadas políticas globais rigorosas (Cardial, 2024; Capomaccio, 2025).
Um estudo de 2024 revelou que menos de 60 multinacionais são responsáveis por mais da metade da poluição plástica global, com apenas seis empresas gerando um quarto desse total. A Coca-Cola sozinha respondeu por 11% dos resíduos plásticos rastreados, seguida pela PepsiCo, com 5%, enquanto Danone e Nestlé foram responsáveis por 3% cada. As empresas de tabaco Altria e Philip Morris International contribuíram com 2% dos resíduos plásticos identificados. Para realizar o estudo, voluntários coletaram mais de 1,87 milhão de resíduos plásticos em 84 países ao longo de cinco anos, constatando que a maioria era proveniente de embalagens descartáveis de alimentos, bebidas e tabaco. Apenas metade desses resíduos possuía identificação de marca, e 56 multinacionais foram responsáveis por essa parcela. Embora algumas empresas tenham adotado medidas voluntárias para reduzir sua pegada ambiental, a produção global de plástico dobrou desde 2000, enquanto a taxa de reciclagem permanece em apenas 9%. O estudo confirma uma correlação direta entre o aumento da produção de plástico e a intensificação da poluição ambiental (Cowger et al, 2024).
Este cenário alarmante é impulsionado principalmente pela indústria petroquímica, que vê na produção de polímeros uma alternativa econômica diante da redução do consumo de combustíveis fósseis, resultado do avanço das energias renováveis e veículos elétricos (Planelles, 2024). Países como Rússia, Arábia Saudita e Estados Unidos têm apostado agressivamente na produção petroquímica, contrariando esforços internacionais por um tratado global que limite a fabricação de polímeros (Mena, 2024; Rodrigues, 2024).
A indústria petrolífera, diante da redução da demanda por combustíveis fósseis, passou a direcionar seus investimentos à produção de plásticos, garantindo lucros significativos e sustentando sua relevância econômica global. Países como Arábia Saudita e Rússia lideram a oposição a tratados internacionais que buscam limitar a produção global de polímeros, insistindo que a reciclagem e a gestão de resíduos seriam estratégias suficientes para resolver a crise plástica (Planelles, 2024; Mena, 2024; Rodrigues, 2024). Essa perspectiva, contudo, ignora as evidências que mostram os limites práticos e econômicos da reciclagem em larga escala.
Uma importante iniciativa no combate à poluição dos plásticos está no estabelecimento de um Tratado Global sobre Plásticos. Esse tratado começou a surgir a partir de uma resolução aprovada em 2022 por 175 membros da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com o objetivo de eliminar a poluição plástica até 2040 por meio de um instrumento internacional juridicamente vinculativo. Para sua formulação, foi estabelecido o Comitê de Negociação Intergovernamental (INC), que iniciou seus trabalhos no segundo semestre de 2022, visando concluir as negociações até o final de 2024. Entretanto, devido à falta de consenso, o prazo foi estendido. A primeira parte da quinta sessão do INC (INC-5.1) ocorreu em novembro e dezembro de 2024, em Busan, Coreia do Sul, e a segunda parte (INC-5.2) está programada para agosto de 2025, em Genebra, Suíça. Nessa fase, serão debatidos temas como design e gerenciamento de resíduos, produtos químicos preocupantes, fornecimento e produção de plástico, além de mecanismos financeiros (UNEP, 2025).
A ratificação do tratado representará um marco na luta contra a poluição plástica, incentivando mudanças nos padrões de consumo, inovação tecnológica e maior engajamento de setores público e privado na busca por sustentabilidade.
As dificuldades na criação de um Tratado Global sobre Poluição Plástica revelam não apenas a resistência dos países produtores de petróleo, mas também o papel de grandes corporações. A Coca-Cola, por exemplo, que foi apontada como a maior poluidora plástica do mundo por seis anos consecutivos pela organização Break Free from Plastic, tem revisto silenciosamente seus compromissos ambientais. Durante as negociações de 2024 na Coreia do Sul, a empresa removeu de seu site a meta de garantir que 25% de suas bebidas fossem vendidas em embalagens reutilizáveis até 2030. Auditorias realizadas em 40 países confirmam que as garrafas plásticas da empresa estão entre os resíduos mais encontrados em praias e parques, demonstrando o impacto da empresa na crise da poluição plástica. Além disso, em seu comunicado oficial de dezembro de 2024, a Coca-Cola reduziu suas metas de conteúdo reciclado nas embalagens, passando de 50% até 2030 para 35-40% até 2035, e adiou suas metas de coleta de embalagens para depois de 2035. A ausência de um compromisso renovado com embalagens reutilizáveis foi interpretada por ambientalistas como um retrocesso significativo, considerando que a Coca-Cola é uma das maiores poluidoras por plásticos globalmente, o que amplifica a gravidade da questão e a urgência por regulamentações mais rigorosas e comprometimento corporativo genuíno. (Gama, 2024).
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Impactos da poluição plástica no meio ambiente
O impacto ambiental dos plásticos é visível em todo o planeta, com oceanos se transformando em grandes depósitos desse resíduo. Cerca de 20 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos todos os anos, afetando profundamente a biodiversidade marinha (Cardial, 2024). Ecossistemas protegidos como o Parque Marinho de Abrolhos, no Brasil, já apresentam altos níveis de contaminação por microplásticos, evidenciando que mesmo áreas supostamente protegidas não estão imunes (Teixeira, 2025).
Um estudo recente revelou que a ingestão de plásticos está causando danos cerebrais em filhotes de cagarra-negra (Puffinus griséus), semelhantes às doenças de Alzheimer e Parkinson em humanos. Os pesquisadores da Universidade da Tasmânia analisaram dezenas de filhotes dessa ave migratória e identificaram neurodegeneração, deterioração do estômago e ruptura celular causadas pelos resíduos plásticos ingeridos. Os filhotes, alimentados involuntariamente com plástico pelos pais, acumularam grandes quantidades desse material no estômago, comprometendo órgãos vitais como fígado, rins e cérebro. Exames de sangue indicaram padrões de proteínas similares aos encontrados em pacientes com Alzheimer. Estudos anteriores mostram que um único filhote pode carregar até 400 pedaços de plástico, representando 10% do seu peso corporal. Embora algumas aves vomitem parte do plástico antes de migrar, a ingestão excessiva compromete sua sobrevivência, tornando sua jornada quase impossível. O estudo reforça o impacto devastador da poluição plástica na vida selvagem marinha (de Jersey et al, 2025).
Os achados desse estudo são alarmantes e evidenciam o impacto profundo e irreversível da poluição plástica na vida selvagem marinha. A neurodegeneração observada em filhotes de Puffinus griséus reforça a gravidade da contaminação por plásticos, que compromete funções vitais e inviabiliza sua sobrevivência. A presença de biomarcadores similares aos de doenças neurodegenerativas humanas indica que os efeitos do plástico vão além do dano físico, alcançando processos biológicos fundamentais.
Além dos oceanos, micro e nanoplásticos, resultantes da fragmentação dos plásticos maiores, tornaram-se uma ameaça onipresente, infiltrando-se em alimentos, água potável, ar e até mesmo no corpo humano. Estudos recentes revelam a presença dessas partículas em órgãos como cérebro, fígado e pulmões, indicando uma ameaça potencialmente grave à saúde humana, cujas consequências ainda estão sendo compreendidas. Revelaram ainda maior risco de doenças cardiovasculares, inflamações e danos celulares devido à presença dessas partículas em tecidos humanos. No Brasil, pesquisas estão em andamento para avaliar a correlação entre microplásticos no sangue e a incidência de doenças cardíacas, reforçando a gravidade dessa crise silenciosa para a saúde pública (Zorzetto, 2025).
A poluição por microplásticos também ameaça a segurança alimentar global ao reduzir a fotossíntese de plantas terrestres em cerca de 12% e algas marinhas em 7%. Essa contaminação pode causar perdas de 4% a 14% na produção de trigo, arroz e milho e reduzir a pesca em até 24 milhões de toneladas anuais. Como resultado, até 400 milhões de pessoas podem enfrentar insegurança alimentar nas próximas décadas. O estudo, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, analisou mais de 3.000 observações e revelou que os microplásticos prejudicam a absorção de luz pelas plantas, danificam solos e carregam toxinas. Além da crise alimentar, a redução da fotossíntese impacta a captura de carbono, dificultando a mitigação das mudanças climáticas. Os pesquisadores alertam que as perdas agrícolas causadas pelos microplásticos são comparáveis às da crise climática e destacam a urgência de reduzir essa poluição para proteger o suprimento global de alimentos (Zhu et al, 2025).
A presença de micro e nanoplásticos também está sendo detectada na água potável, inclusive na água engarrafada. Pesquisadores da Universidade de Columbia analisaram três marcas populares de água engarrafada nos Estados Unidos e descobriram que um litro de água pode conter, em média, 240.000 fragmentos de plástico detectáveis, sendo 90% deles nanoplásticos (Garcia, 2025).
Em outro estudo, Garcia (2025) revela a gravidade adicional da contaminação por micro e nanoplásticos na água engarrafada. Um estudo da Universidade de Barcelona mostrou que a Espanha é o terceiro país europeu em consumo desse tipo de água, com até 107 litros anuais por habitante. Analisando amostras por microscopia Raman estimulada, foi descoberto que a água engarrafada contém entre 110.000 e 370.000 fragmentos plásticos por litro, número que excede até cem vezes estimativas anteriores. Cerca de 90% dessas partículas são nanoplásticos, majoritariamente PET, provenientes da quebra das próprias garrafas, especialmente sob calor ou compressão. Outros polímeros detectados incluem poliamidas, poliestireno, cloreto de polivinila e polimetilmetacrilato.
Além disso, estudo realizado pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) e Instituto de Saúde Global de Barcelona analisou 280 amostras de água de diferentes marcas e constatou presença similar de microplásticos e aditivos químicos, como estabilizantes e plastificantes. Esses aditivos, principalmente plastificantes, representam riscos significativos à saúde humana, comparáveis às taxas detectadas na água da torneira, porém com predominância distinta dos tipos de polímeros encontrados. Os pesquisadores estimam que, ao beber dois litros de água por dia, uma pessoa ingere 262 microgramas de partículas plásticas por ano. Esses contaminantes representam um risco significativo para a saúde humana, uma vez que estudos indicam que microplásticos estão associados a inflamações, doenças cardiovasculares e danos celulares (Garcia, 2025).
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Limitações e desafios da reciclagem
Anualmente, o Brasil fabrica aproximadamente 500 bilhões de itens plásticos de uso único, projetados para consumo imediato e descarte. Desses, 87% são utilizados como embalagens, enquanto os 13% restantes correspondem a produtos descartáveis, como talheres e sacolas plásticas. Devido à baixa ou inexistente capacidade de reciclagem desses materiais, a adoção desse modelo linear de produção gera um impacto ambiental expressivo: o país despeja cerca de 1,3 milhão de toneladas de resíduos plásticos nos oceanos a cada ano, o que equivale a aproximadamente 8% do total global de plástico que chega aos mares no mesmo período (OCEANA/WWF, 2024).
Esses dados revelam que embora a reciclagem seja frequentemente apresentada como solução, a realidade global revela um cenário menos otimista. Apenas cerca de 9% do plástico produzido no mundo é efetivamente reciclado. Países como o Brasil possuem índices ainda mais baixos, reciclando pouco mais de 1% (Capomaccio, 2025). Dificuldades técnicas e econômicas limitam significativamente a reciclagem, especialmente no caso de plásticos complexos, como embalagens coloridas, produtos compostos por múltiplos polímeros e embalagens de cosméticos, que acabam frequentemente em aterros sanitários ou na natureza (Gama, 2024).
Além disso, iniciativas corporativas destinadas a resolver o problema da reciclagem têm demonstrado ser mais marketing do que soluções efetivas. A Aliança para Acabar com o Lixo Plástico (AEPW), formada por gigantes petroquímicas, prometeu retirar milhões de toneladas de plástico do meio ambiente, mas acabou coletando menos de 0,1% da quantidade produzida, caracterizando um evidente caso de “greenwashing” (Leri, 2024).
É essencial olhar criticamente para essas iniciativas corporativas, já que muitas vezes elas representam uma estratégia para melhorar a imagem pública sem mudar substancialmente práticas produtivas nocivas. A sociedade deve exigir maior transparência e responsabilidade real das empresas envolvidas.
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Entraves internacionais e interesses econômicos
As negociações para um tratado global juridicamente vinculante têm enfrentado forte resistência da indústria petroquímica e de países dependentes da produção de petróleo. Em Busan, Coreia do Sul, representantes de mais de 170 países fracassaram em alcançar consenso devido à resistência de países produtores de petróleo, que argumentaram contra restrições obrigatórias na produção de polímeros. Esses países insistem que as medidas deveriam ser voluntárias e focar apenas na gestão de resíduos e reciclagem, não na redução da produção de plásticos (Cardial, 2024; Mena, 2024; Rodrigues, 2024).
Questões relacionadas ao financiamento também são fontes de conflito, pois países em desenvolvimento reivindicam apoio financeiro justo dos países desenvolvidos para a implementação de medidas sustentáveis. O Brasil, por exemplo, questiona o papel do Global Environment Fund (GEF) na gestão dos recursos devido à falta de influência dos países mais pobres na governança dessas instituições (Cardial, 2024).
A indústria petroquímica tem desempenhado papel decisivo ao bloquear avanços regulatórios e promover estratégias de manipulação da opinião pública. Um exemplo emblemático é a campanha coordenada pela Associação Nacional de Recursos de Contêineres de PET (NAPCOR), que contratou influenciadores digitais para promover mensagens favoráveis ao plástico, omitindo informações sobre as baixas taxas reais de reciclagem (Tabuchi, 2024).
Essas ações expõe uma questão ética e política fundamental, evidenciando como interesses econômicos específicos podem dificultar a implementação de políticas ambientais globais. Essa situação reflete o conflito entre desenvolvimento econômico e a urgência de medidas sustentáveis. O caso específico dos Estados Unidos, sob a administração Trump, também ilustra como políticas ambientais podem retroceder rapidamente. Trump revogou restrições anteriores ao uso de plásticos descartáveis e incentivou o uso de produtos altamente poluentes como canudos plásticos, ignorando evidências científicas e preocupações globais sobre poluição (Holland & Hunnicutt, 2025; Debusmann, 2025).
Esses retrocessos políticos reforçam a ideia de que, sem uma abordagem global coordenada e coerente, avanços nacionais isolados podem facilmente ser revertidos. A cooperação internacional é indispensável, e políticas isolacionistas representam um risco à sustentabilidade global.
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Alternativas sustentáveis e políticas públicas nacionais
Pesquisas realizadas no Brasil indicam que a transição gradual do plástico para materiais mais sustentáveis, como vidro e papel, poderia evitar a geração de milhões de toneladas de resíduos e diminuir substancialmente as emissões de carbono. Além disso, essa mudança impulsionaria novas oportunidades econômicas dentro da bioeconomia e da economia circular. Em resposta a esse desafio, o Projeto de Lei 2524/2022, atualmente em análise no Congresso Nacional, propõe a reformulação dos padrões de produção e consumo de plástico no país, incorporando princípios da Economia Circular. Entre suas principais medidas, o projeto prevê a eliminação progressiva de itens plásticos descartáveis, uma ação essencial para reduzir a quantidade de resíduos plásticos não recicláveis, estimular o uso de alternativas mais sustentáveis e fortalecer a Economia Circular (OCEANA/WWF, 2024).
Além disso, políticas públicas sólidas, associadas a incentivos econômicos para inovação tecnológica, são fundamentais para viabilizar uma transição efetiva rumo a um modelo econômico menos dependente do plástico. O envolvimento ativo da sociedade civil, por meio da educação ambiental e campanhas de conscientização, também é essencial, já que mudanças comportamentais significativas na população são essenciais para o sucesso dessas iniciativas (Teixeira, 2025; Capomaccio, 2025).
É importante enfatizar que o engajamento comunitário é fundamental para uma real transformação sustentável, pois sem adesão social efetiva, qualquer política pública estará fadada ao fracasso ou à baixa eficácia.
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Conclusão
Diante da catástrofe ambiental e social representada pela poluição plástica, é imperativo rejeitar a falsa narrativa sustentada pelos interesses econômicos da indústria petroquímica, que insiste em soluções paliativas enquanto amplia continuamente sua produção. A resistência de países dependentes dos combustíveis fósseis às regulamentações internacionais expõe claramente o conflito entre lucro e preservação ambiental, exigindo uma resposta vigorosa e urgente da comunidade global. Para evitar o agravamento dessa crise, é fundamental a implementação imediata de acordos internacionais juridicamente vinculantes, capazes de obrigar os produtores a assumir plena responsabilidade sobre o ciclo de vida dos plásticos. Além disso, é necessário intensificar investimentos na economia circular, promover a substituição do plástico por alternativas sustentáveis e garantir uma educação ambiental maciça que conscientize a sociedade sobre a gravidade do problema.
Referências
Capomaccio, S. (2025, fev 26) Poluição plástica é a segunda maior ameaça ambiental ao planeta. Jornal da USP. https://jornal.usp.br/atualidades/poluicao-plastica-e-a-segunda-maior-ameaca-ambiental-ao-planeta/#:~:text=A%20Organiza%C3%A7%C3%A3o%20das%20Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas,mundo%20em%20lidar%20com%20ele.
Cardial, I. (2024) Fracassam negociações para pôr fim à poluição de plásticos. Reset Uol. Disponível em: https://capitalreset.uol.com.br/economia-circular/fracassam-negociacoes-para-por-fim-a-poluicao-de-plasticos/
Cowger, W., Willis, K. A., Bullock, S., Conlon, K., Emmanuel, J., Erdle, L. M., … & Wang, M. (2024). Global producer responsibility for plastic pollution. Science Advances, 10(17), eadj8275. DOI:10.1126/sciadv.adj8275
Debusmann Jr, B. (2025, feb 10) Trump signs order shifting US back toward plastic straws. BBC. Disponível em: https://www.bbc.com/news/articles/c2k574ydyyqo
de Jersey, A. M., Lavers, J. L., Bond, A. L., Wilson, R., Zosky, G. R., & Rivers-Auty, J. (2025, mar 12). Seabirds in crisis: Plastic ingestion induces proteomic signatures of multiorgan failure and neurodegeneration. Science Advances, 11(11), eads0834. DOI: 10.1126/sciadv.ads0834
Gama, M. (2024, dez 16) Tratado dos plásticos não sai e Coca-Cola recua na reciclagem. Poder 360. Disponível em: https://www.poder360.com.br/opiniao/tratado-dos-plasticos-nao-sai-e-coca-cola-recua-na-reciclagem/
Garcia, J. (2025, Feb 20) Unos investigadores analizaron 280 muestras de agua embotellada. Solo una de las marcas estaba libre de microplásticos. España Xataka. Disponível em: https://www.xataka.com/ecologia-y-naturaleza/unos-investigadores-analizaron-280-muestras-de-agua-embotellada-solo-una-de-las-marcas-estaba-libre-de-microplasticos
Holland , S. & Hunnicutt, T (2025, feb 11) Trump signs executive order on plastic drinking straws. Reuters. Disponível em: https://www.reuters.com/world/us/trump-signs-executive-order-plastic-drinking-straws-2025-02-10/
Leri, M. (2024, nov 21) Empresas produzem 1.000 vezes mais plástico do que conseguem limpar, revela Greenpeace. Um só planeta. Disponível em: https://umsoplaneta.globo.com/financas/negocios/noticia/2024/11/21/empresas-produzem-1000-vezes-mais-plastico-do-que-conseguem-limpar-revela-greenpeace.ghtml
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in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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