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A próxima pandemia de gripe pode ser pior que a Covid-19

 

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Foto: Raquel Portugal/FioCruz/EBC

A história das pandemias de gripe nos ensina que a ameaça é real e recorrente. Ignorar essas lições pode resultar em consequências catastróficas

Especialistas alertam para a necessidade de preparação global diante da ameaça de novas cepas de influenza, que podem ser mais letais que o coronavírus.

A pandemia de COVID-19 trouxe à tona a fragilidade dos sistemas de saúde globais e a importância de uma resposta coordenada diante de crises sanitárias.

No entanto, um artigo recente da Scientific American adverte que a próxima grande ameaça à saúde global pode ser ainda mais devastadora: uma nova pandemia de gripe.

O texto, intitulado The Next Flu Pandemic Could Be Worse Than COVID If We Don’t Heed History, destaca que, embora a COVID-19 tenha sido catastrófica, a história mostra que pandemias de influenza podem ser ainda mais mortais.

A lição das pandemias passadas

O artigo relembra que, ao longo do século XX, o mundo enfrentou várias pandemias de gripe, sendo a mais conhecida a Gripe Espanhola de 1918, que matou entre 50 e 100 milhões de pessoas. Em comparação, a COVID-19, até o momento, resultou em mais de 6 milhões de mortes em todo o mundo.

Apesar do impacto devastador do coronavírus, especialistas alertam que uma nova cepa de influenza poderia ser ainda mais transmissível e letal, especialmente se combinasse características de vírus animais, como os da gripe aviária ou suína.

O risco de novas cepas do vírus influenza

O texto explica que os vírus influenza têm uma alta taxa de mutação, o que facilita o surgimento de novas variantes. Além disso, a proximidade entre humanos e animais em muitas partes do mundo aumenta o risco de “transbordamento” (spillover), quando vírus que infectam animais passam a infectar humanos.

Esse fenômeno foi o responsável por surtos como o da Gripe Aviária (H5N1) e da Gripe Suína (H1N1). Se uma nova cepa altamente contagiosa e letal surgir, a falta de imunidade prévia na população global poderia levar a um cenário ainda mais grave do que o vivido com a COVID-19.

A importância da preparação

A Scientific American enfatiza que, embora a ciência tenha avançado significativamente nas últimas décadas, a preparação global para pandemias ainda é insuficiente. A rápida desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19 foi um marco, mas a distribuição desigual dessas vacinas expôs as disparidades entre países ricos e pobres.

No caso de uma nova pandemia de gripe, a capacidade de produzir e distribuir vacinas rapidamente será crucial, assim como a vigilância constante para identificar novas cepas antes que elas se espalhem.

O papel da história

O artigo conclui com um alerta: a história das pandemias de gripe nos ensina que a ameaça é real e recorrente. Ignorar essas lições pode resultar em consequências catastróficas.

A COVID-19 serviu como um alerta, mas não podemos nos dar ao luxo de ser pegos desprevenidos novamente. Investir em pesquisa, infraestrutura de saúde pública e cooperação internacional não é apenas uma escolha sensata – é uma necessidade urgente.

Síntese

Enquanto o mundo ainda lida com os impactos da COVID-19, é essencial olhar para o futuro e se preparar para a próxima crise sanitária. A próxima pandemia de gripe pode ser pior, mas também pode ser evitada ou mitigada se aprendermos com os erros do passado e agirmos de forma proativa.

Como o artigo da Scientific American deixa claro, a história não precisa se repetir – mas só se estivermos dispostos a ouvi-la.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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