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Ondas de calor nas cidades e o aumento da mortalidade

 

calor na cidade
Foto: OMM

Estudos recentes conduzidos por pesquisadores da Universidade de Queensland revelam que as ondas de calor estão causando um aumento significativo nas taxas de mortalidade, especialmente em áreas urbanas.

As pesquisas destacam que as cidades são particularmente vulneráveis a esses eventos extremos devido às ilhas de calor urbanas, à falta de vegetação e à crescente densidade populacional.

O crescente risco de mortes relacionadas ao calor

De acordo com os estudos, as mortes atribuídas a ondas de calor estão aumentando em uma taxa alarmante. Os pesquisadores analisaram dados de várias regiões e constataram que os idosos e pessoas com condições de saúde preexistentes estão entre os grupos mais afetados.

Além disso, comunidades de baixa renda, que têm acesso limitado a sistemas de resfriamento e moradias adequadas, também enfrentam um risco elevado.

Outro ponto crítico levantado é que as ondas de calor estão se tornando mais frequentes e intensas devido às mudanças climáticas, com temperaturas recordes sendo registradas em diversas partes do mundo.

Os pesquisadores alertam que, se as emissões de gases de efeito estufa continuarem no ritmo atual, os episódios de calor extremo se tornarão cada vez mais letais.

O papel das cidades na mitigação dos impactos

Os estudos também enfatizam a necessidade de adaptação urbana para reduzir os impactos das ondas de calor. Entre as soluções propostas estão:

  • Aumento da arborização urbana: A presença de árvores e vegetação pode reduzir significativamente as temperaturas em áreas urbanas.

  • Melhoria na infraestrutura habitacional: A construção de edifícios com materiais térmicos eficientes e a ampliação do acesso a resfriamento público são essenciais.

  • Políticas de emergência: Sistemas de alerta rápido e centros de resfriamento podem salvar vidas durante eventos de calor extremo. Paralisação de atividades (escolas, trabalho sob o sol), incentivo ao home office e, dependendo do nível de alerta, de adoção de lockdowns.

  • Redução das emissões de carbono: O combate às mudanças climáticas a longo prazo passa pela transição para fontes de energia renováveis e pela redução da poluição urbana.

Um futuro cada vez mais quente

Os pesquisadores da Universidade de Queensland reforçam que as ondas de calor representam uma das ameaças climáticas mais urgentes do século XXI.

O estudo reforça a necessidade de ação imediata por parte de governos, urbanistas e sociedade civil para mitigar os efeitos das temperaturas extremas. Caso contrário, os impactos sobre a saúde pública e a qualidade de vida urbana continuarão a se agravar.

Com as projeções indicando um aumento contínuo nas temperaturas globais, a adoção de medidas eficazes é essencial para evitar um cenário de crise humanitária nas próximas décadas.

O combate às mudanças climáticas e a adaptação das cidades não são apenas uma questão ambiental, mas também uma necessidade urgente de saúde pública.

Referências:

Patrick Amoatey et al, Evaluating the association between heatwave vulnerability index and related deaths in Australia, Environmental Impact Assessment Review (2025). DOI: 10.1016/j.eiar.2025.107812

Sarah E Perkins-Kirkpatrick et al, Attributing heatwave-related mortality to climate change: a case study of the 2009 Victorian heatwave in Australia, Environmental Research: Climate (2025). DOI: 10.1088/2752-5295/ada8cd

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394
 

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One thought on “Ondas de calor nas cidades e o aumento da mortalidade

  • Vamos divulgar a informação, que faz parte da luta do nosso movimento ecológico e científico contra as mudanças climáticas e ambientais, a favor da saúde de toda a população em busca da alegria de viver.

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