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Editorial

A mídia socioambiental permanece limitada a um nicho restrito

 

editorial, por Henrique Cortez

Assim como na fábula do beija-flor e o fogo, estamos desempenhando nosso papel e esperamos que nossos(as) leitores(as) exerçam o deles(as) também.

Por Henrique Cortez

A mídia socioambiental, muitas vezes chamada de mídia ecológica ou mídia ambiental, é uma ramificação da mídia que se dedica a questões sociais e ambientais.

Apesar do crescente reconhecimento da importância da mídia socioambiental, em decorrência da maior conscientização sobre questões ecológicas, ela ainda é relativamente diminuta em comparação a outras categorias de mídia, como notícias gerais e entretenimento.

É verdade que a mídia socioambiental tende a ter uma audiência menor do que as grandes mídias tradicionais. Isso pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo a escassez de recursos para promover e difundir essas publicações, a menor procura do público em geral por conteúdo socioambiental e a escassez de cobertura desses temas nas mídias convencionais.

Entretanto, também existe uma crescente conscientização ambiental e social na sociedade, e cada vez mais indivíduos estão se interessando por esses assuntos e buscando fontes de informação confiáveis. Pelo menos, é isso que esperamos.

Há várias possíveis explicações para a menor audiência da mídia socioambiental em relação a outras categorias de mídia. Em detalhes, algumas das principais razões incluem:

  • Falta de interesse: A mídia socioambiental se volta a questões específicas, como conservação da natureza, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, que podem não ser tão atrativas ou pertinentes para a maioria das pessoas.
  • Baixa divulgação: A mídia socioambiental é comumente menos promovida do que outras categorias de mídia, resultando em um menor número de pessoas sabendo que esse tipo de conteúdo existe.
  • Competição com outras categorias de mídia: A mídia socioambiental enfrenta concorrência de outras categorias, como notícias gerais, entretenimento e tecnologia, pelo tempo e atenção do público.
  • Escassez de recursos: A mídia socioambiental pode dispor de menos recursos financeiros e humanos para criar e divulgar seu conteúdo, o que pode afetar sua capacidade de atrair leitores(as).
  • Conteúdo desafiador: Certos temas ambientais são complexos e demandam um nível de conhecimento razoável para serem compreendidos, o que pode afastar leitores(as).

É evidente que existem muitos outros fatores, mas, de qualquer forma, a mídia socioambiental busca desempenhar seu papel.

A sociedade deve ter acesso à informação – toda e qualquer informação. Diante das informações disponíveis, as pessoas decidem quais conteúdos desejam consumir.

Em certa medida, este é, de maneira simplificada, o conceito fundamental da democratização da informação.

Henrique Cortez, jornalista e ambientalista, editor do EcoDebate.

 

in EcoDebate, ISSN 2446-9394
 

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