Meta aposta em energia nuclear com reatores modulares SMRs
Meta busca parceiros para reatores nucleares SMRs, visando 4 GW de energia para sustentar IA. Iniciativa acompanha big techs como Amazon e Google
Artigo de Vivaldo José Breternitz
Apesar da oposição que vem encontrando, a Meta está solicitando propostas de desenvolvedores de reatores nucleares para satisfazer suas necessidades de energia decorrentes, principalmente, de suas aplicações de inteligência artificial.
De acordo com um blog da empresa, ela está lançando um pedido de propostas (request for proposals) para encontrar parceiros que a ajudem a conseguir até mais 4 gigawatts de capacidade de geração com a utilização de SMRs (small modular reactors, ou pequenos reatores modulares.)
A ideia é que a Meta compre uma quantidade específica de energia gerada, a um preço fixo, devendo esses parceiros se responsabilizarem por todo o desenvolvimento, construção e operação dos SMRs.
A Meta diz que os potenciais fornecedores podem oferecer energia gerada por SMRs e, eventualmente, por reatores maiores. Eles também devem ter forte engajamento comunitário, bem como experiência em anterior em desenvolvimento desses equipamentos, obtenção de licenças e execução de projetos.
Por meio desse pedido de propostas, a empresa espera identificar parceiros que a ajudem a obter a energia nuclear de que necessita mais rapidamente, o que seria possível com os SMRs – essa abordagem também permite escalabilidade, ou seja, a entrada em operação de mais SMRs à medida em que se tornem necessários.
Mark Zuckerberg, o chefe da Meta, disse que sem novas fontes de energia não será possível continuar fazendo com que inteligência artificial cresça; outras gigantes da tecnologia como Amazon, Google, Microsoft e Oracle já estão procurando soluções envolvendo energia nuclear para atender às suas necessidades.
A Westinghouse, que tem sido uma das construtoras de grandes usinas nucleares nos Estados Unidos, também está trabalhando em SMRs como meio de gerar energia nuclear mais rapidamente onde ela é necessária.
Nada indica que a fome de energia das big techs diminuirá, pelo que acreditamos que os projetos voltados à energia nuclear terão andamento; resta esperar que a ambição dessas empresas não seja maior que suas preocupações com a segurança.
(*) Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas – vjnitz@gmail.com.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
[ Se você gostou desse artigo, deixe um comentário. Além disso, compartilhe esse post em suas redes sociais, assim você ajuda a socializar a informação socioambiental ]
A manutenção da revista eletrônica EcoDebate é possível graças ao apoio técnico e hospedagem da Porto Fácil.
[CC BY-NC-SA 3.0][ O conteúdo da EcoDebate pode ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, à EcoDebate com link e, se for o caso, à fonte primária da informação ]