Editorial: A fúria do agronegócio e da grilagem na Amazônia
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Grilagem e agronegócio impulsionam queimadas na Amazônia, destruindo biodiversidade e ameaçando o clima global. É urgente mudar o modelo de desenvolvimento.
Aqui, no EcoDebate, já publicamos sobre o impacto devastador da grilagem e do agronegócio na Amazônia, evidenciando a concentração das queimadas nessas atividades, expondo com clareza a principal força motriz por trás da destruição de um dos mais importantes biomas do planeta.
Não se trata de fenômenos naturais, tampouco de negligência isolada, mas sim de uma engrenagem de interesses econômicos que colocam o lucro acima da sustentabilidade e da preservação ambiental.
O avanço ilegal da grilagem, que consiste na apropriação fraudulenta de terras públicas, cria um ciclo de destruição. A transformação de florestas em pastagens ou monoculturas é acelerada pelas queimadas, que servem como a ferramenta para limpar grandes áreas de vegetação nativa.
O impacto é devastador: a perda irreparável de biodiversidade, a liberação massiva de dióxido de carbono e a fragilização dos modos de vida das populações indígenas e tradicionais. Essa dinâmica perversa está diretamente conectada às demandas globais por commodities agrícolas, como soja e carne bovina, produtos fortemente vinculados ao desmatamento e à degradação.
Enquanto isso, o governo enfrenta um desafio monumental para combater essa destruição. As políticas ambientais têm sido insuficientes ou enfraquecidas, alimentando uma sensação de impunidade. As áreas protegidas e terras indígenas, muitas vezes vistas como barreiras ao agronegócio, estão na linha de frente da devastação.
É evidente que o controle das queimadas passa, inevitavelmente, pela responsabilização daqueles que lucram com a destruição. É imperativo fortalecer a fiscalização ambiental e, sobretudo, repensar o modelo de desenvolvimento agrícola que prioriza a exploração desenfreada dos recursos naturais em detrimento do equilíbrio ecológico.
A Amazônia, por sua imensa importância global para o clima e a biodiversidade, não pode mais ser tratada como moeda de troca para interesses econômicos imediatistas.
O mundo precisa agir agora, e o Brasil, como ‘guardião’ dessa floresta, tem a responsabilidade de implementar políticas rígidas de preservação.
O combate à grilagem e ao agronegócio predatório não é apenas uma questão ambiental, mas uma luta pela própria sobrevivência da Amazônia e das futuras gerações.
Precisamos ecoar um apelo urgente: sem a Amazônia, o equilíbrio climático global entra em colapso, e a ‘conta’ será paga por todos.
Henrique Cortez, jornalista, ambientalista, editor do Portal EcoDebate.
Citação:
Cortez, H. (2024, outubro 7). Editorial: A fúria do agronegócio e da grilagem na Amazônia. Portal EcoDebate. https://www.ecodebate.com.br/2024/10/07/editorial-a-furia-do-agronegocio-e-da-grilagem-na-amazonia/
Referência: Grilagem e agronegócio concentram as queimadas na Amazônia
in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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