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Impacto das ondas de calor nas abelhas e na polinização

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Descubra como o calor afeta abelhas e polinização. Estudo mostra prejuízos no olfato e na orientação.

As mudanças climáticas estão afetando os ecossistemas de várias maneiras. Uma de suas consequências são períodos cada vez mais intensos de calor, que afetam os processos naturais essenciais – como a polinização.

As abelhas são importantes polinizadoras em sistemas naturais e agrícolas e têm um alto valor econômico e de biodiversidade.

O calor experimental prejudica as abelhas

Como polinizadores, as abelhas são guiadas pelos aromas emitidos pelas plantas. Esses sinais químicos não apenas revelam a localização das plantas, mas também contêm informações sobre a condição das flores.

No experimento, as abelhas (mamangavas) foram expostas a temperaturas de 40 graus Celsius em tubos – com sérias consequências. Os pesquisadores descobriram que o calor prejudicou significativamente a capacidade das abelhas de detectar aromas florais. Elas praticamente perdem o sentido do olfato.

Deteriorações de até 80% foram observadas em trabalhadoras. Os machos perderam até 50% do olfato. Também era perceptível que as abelhas selvagens tinham problemas ainda maiores com o calor do que as abelhas usadas comercialmente.

Mesmo um período de regeneração subsequente a temperaturas adequadas não levou imediatamente a uma melhoria. 24 horas após os ensaios de calor, a maioria dos espécimes ainda apresentava prejuízos.

O estudo confirma o quão fortemente a interação entre insetos e plantas é afetada pelas mudanças climáticas. As ondas de calor desempenham um papel fundamental aqui. Essas descobertas podem ser importantes para futuras iniciativas de conservação de espécies.

Simulados ondas de calor para avaliar a capacidade das abelhas de detectar aromas florais
Simulados ondas de calor para avaliar a capacidade das abelhas de detectar aromas florais. As abelhas foram submetidas individualmente por 2,75 h a ondas de calor experimentais antes de seus eletroantenogramas (EAGs) serem registrados. A temperatura das quatro condições de onda de calor foi de 40oC, mas diferiram por ter ar seco durante a onda de calor (calor + seco), permitindo o acesso à solução de açúcar (calor + liq.) ou 24 h tempo de recuperação a 27oC antes dos EAGs (calor + 24 h). Os zangões de controle foram mantidos a 27oC e 70% de umidade do ar por 2,75 h. In The heat is on: reduced detection of floral scents after heatwaves in bumblebees.

 

Referência:

The heat is on: reduced detection of floral scents after heatwaves in bumblebees
Sabine S. Nooten, Hanno Korten, Thomas Schmitt and Zsolt Kárpáti
Proceedings of the Royal Society B Biological Sciences – August 2024 -Volume 291 – Issue 2029
https://doi.org/10.1098/rspb.2024.0352

 

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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