Cidades costeiras e o desafio da adaptação climática global
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Progressos e lacunas na adaptação às mudanças climáticas nas cidades costeiras em todo o mundo
As cidades costeiras desempenham um papel fundamental na economia global e têm funções importantes para a sociedade em geral. Ao mesmo tempo, são severamente afetados pelo impacto das mudanças climáticas. É por isso que seu papel na adaptação climática global é crucial.
Com base em estudos de 199 cidades em 54 países, os pesquisadores investigaram se e como as cidades levam em conta certos fatores de risco em seus esforços de adaptação. Fatores climáticos como o aumento do nível do mar, tempestades, inundações e calor estavam entre os principais parâmetros considerados. Outros aspectos também foram levados em consideração na análise, como a exposição e vulnerabilidade da população, a infraestrutura e os ecossistemas da respectiva região.
As medidas climáticas são, na sua maioria, inadequadas
A maioria das medidas tomadas para se adaptar às mudanças climáticas está principalmente relacionada ao aumento do nível do mar, inundações e, em menor medida, tempestades, ciclones e erosão. Medidas técnicas e institucionais, como diques de grande escala ou inovações de planejamento urbano, são mais comuns em regiões mais ricas, como a América do Norte e a Europa.
Em regiões menos prósperas, como em muitas partes da África e da Ásia, as medidas relacionadas ao comportamento são o tipo dominante, com as famílias e as empresas afetadas sendo deixadas à sua própria sorte.
No geral, os pesquisadores descobriram que a maioria das medidas de adaptação são inadequadas em sua profundidade, escopo e velocidade – independentemente da região ou de sua prosperidade. Os pesquisadores também encontraram pouca evidência de uma redução sustentável no risco como resultado das medidas tomadas.
A pesquisa global sobre mudanças climáticas precisa ser feita em todas as regiões do mundo
A pesquisa também descobriu que é raro que o planejamento de adaptação seja baseado em fatores quantificáveis. Embora as cidades levem em conta riscos naturais futuros, como inundações e calor, elas raramente consideram fatores socioeconômicos, como tendências futuras na vulnerabilidade social ou crescimento e exposição espacial.
Outra questão importante é sobre quando faz mais sentido abandonar as medidas de proteção costeira e considerar o reassentamento da população em vez disso.
O risco emergente da interação de riscos, exposição e vulnerabilidade. O número de cidades que consideram os padrões passados e atuais (barras laranja) e tendências futuras (barras azuis e verdes) para diferentes perigos (topo), bem como a exposição e vulnerabilidade de pessoas e empresas, edifícios e infraestrutura e ativos ambientais (parte inferior). Infográfico in Progress and gaps in climate change adaptation in coastal cities across the globe.
Referência:
Wannewitz, M., Ajibade, I., Mach, K.J. et al. Progress and gaps in climate change adaptation in coastal cities across the globe. Nat Cities 1, 610–619 (2024). https://doi.org/10.1038/s44284-024-00106-9
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in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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