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Variação Filogenética em Árvores da Amazônia e Seus Fatores

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pesquisa

A Amazônia abriga mais espécies de árvores de inúmeras linhagens evolutivas, jovens e antigas, do que qualquer outra região biogeográfica.

Caros colegas,

A floresta amazônica abriga as comunidades de árvores mais ricas e complexas do mundo. Em nenhum outro lugar da Terra existem tantas linhagens de árvores antigas e pouco estudadas e uma diversidade ecológica tão notável.

No artigo anexo, criamos uma ‘megafilogenia’ (uma árvore evolutiva gigante) para estudar mais de 5.000 espécies de árvores amazônicas. Esta análise revela:

  • Muitas linhagens de árvores amazônicas, incluindo algumas antigas que sobreviveram aos dinossauros, mostram fortes associações com áreas geográficas ou tipos de solo específicos.
  • As vastas florestas inundadas da Amazônia (conhecidas como florestas de várzea e igapó) têm uma história evolutiva única e distinta
  • A especialização em solo local, condições topográficas e climáticas desempenhou um papel fundamental na diversificação das árvores amazônicas e nas comunidades ecológicas que elas sustentam

A conclusão

A composição filogenética das comunidades arbóreas da Amazônia varia em múltiplas escalas espaciais, em função de gradientes geográficos, edáficos e climáticos.

Em toda a Amazônia, diferentes linhagens são indicativas de regiões geográficas e tipos de florestas em regimes edáficos distintos. Tais preferências imprimem uma estrutura espacial na composição filogenética das comunidades de árvores.

Enquanto as florestas terra-firme e zonas úmidas mostram uma composição filogenética mais variável em toda a Amazônia, as florestas de areia branca tendem a conservar uma composição filogenética, independentemente da região geográfica onde foram encontradas.

Nossos resultados apoiam um papel para os processos de dispersão e seleção na estruturação da montagem evolutiva de comunidades arbóreas tropicais. A incorporação de uma lente evolutiva contribui para melhorar nosso conhecimento sobre a variação na composição de organismos que montam as florestas da Amazônia e destaca a complexa história evolutiva das árvores em múltiplas escalas espaciais e condições ambientais.

Se considerarem relevante, sugerimos que compartilhe a informação e o artigo com seus alunos e colegas.

Tudo de bom a todos(as),

Bill

Referência:

Luize, B. G., Bauman, D., ter Steege, H., Palma-Silva, C., do Amaral, I. L., de Souza Coelho, L., de Almeida Matos, F. D., de Andrade Lima Filho, D., Salomão, R. P., Wittmann, F., Castilho, C. V., de Jesus Veiga Carim, M., Guevara, J. E., Phillips, O. L., Magnusson, W. E., Sabatier, D., Revilla, J. D. C., Molino, J.-F., Irume, M. V. … Dexter, K. G. (2024). Geography and ecology shape the phylogenetic composition of Amazonian tree communities. Journal of Biogeography, 51, 1163–1184. https://doi.org/10.1111/jbi.14816

 

Variação Filogenética em Árvores da Amazônia e Seus Fatores
O espaço evolutivo ocupado por comunidades amazônicas. Scatterplots dos dois primeiros eixos evoPCA mapeando os escores das comunidades de árvores de acordo com regiões geográficas e tipos de floresta. O primeiro eixo do evoPCA recuperou um gradiente longitudinal na diferenciação da composição filogenética das comunidades arbóreas amazônicas que espelha a diferenciação terra-firme e a região úmida. O segundo eixo separa principalmente terra-firme das florestas de areia branca e úmidas. As linhas de contorno mostram a tendência central (50% das parcelas) para cada tipo de floresta em cada região geográfica. As linhas de contorno não puderam ser calculadas para subconjuntos de parcelas com baixo tamanho de amostra (por exemplo, em florestas de zonas úmidas e areia branca do sul da Amazônia). Tipos de floresta: TF – Terra-Firme; PZ – White-Sand; VA – Várzea; IG – Igapó; SW – Pântano.

 

William F. Laurance, PhD, FAA, FAAAS, FRSQ, FQAAS
Distinguished Research Professor
Director, Centre for Tropical Environmental & Sustainability Science (TESS)
College of Science and Engineering
James Cook University
Cairns, Queensland 4878
Australia

 

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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