Mudança Climática: Inércia limita o apoio público
Pesquisa revela que inação e “discursos de atraso” limitam crenças em futuro de baixo carbono. Reino Unido enfrenta desafios na percepção pública da mudança climática.
Uma nova pesquisa sobre a percepção pública das iniciativas de mudança climática descobriu que, embora haja um forte apoio a estilos de vida de baixo carbono, a inação está limitando as crenças públicas de que um futuro de baixo carbono é possível.
O novo estudo, do Center for Climate Change and Social Transformations, descobriu que o debate político e midiático que justifica esforços inadequados de mitigação para a mudança climática – se torna “discursos de atraso” – está impactando drasticamente a percepção pública no Reino Unido.
A pesquisa, “Discourses of climate inaction undermine public support for 1.5°C”, foi publicada na Global Environmental Change.
Segundo os pesquisadores, os argumentos que buscam adiar a ação climática e justificar esforços inadequados de mitigação, muitas vezes chamados de ‘discursos de atraso’, são generalizados no debate político e da mídia sobre a mudança climática.
Eles descobriram que o público atualmente tem excesso de confiança nas ações atuais, influenciado por mensagens ambientais de longa data – levando-os a acreditar que pequenas ações pessoais são suficientes e fornecem falsas garantias.
O público também foi considerado defensivo sobre a mudança radical, incluindo a redução do consumo de carne ou voando menos, levando à oposição às mudanças mais radicais no estilo de vida, alimentadas por preocupações com a liberdade pessoal e justiça.
Uma sensação de desesperança também foi encontrada, convencendo os indivíduos de que uma mudança significativa é impossível.
Os pesquisadores pedem uma nova abordagem para o engajamento público que vá além do simples fornecimento de informações.
Referência:
Catherine Cherry et al, Discourses of climate inaction undermine public support for 1.5 °C lifestyles, Global Environmental Change (2024). DOI: 10.1016/j.gloenvcha.2024.102875
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in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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