Secas e degradação: sul da Amazônia em situação crítica
Desde 2015, a Amazônia tem sido mais lenta para se recuperar do aumento dos eventos de seca, mas, em geral, a floresta tropical ainda mostra uma resiliência notável.
Pesquisa internacional mostra que a degradação florestal devido à seca tem sido mais pronunciada no sul da Amazônia, onde o impacto humano é maior.
Desde a virada do século, quatro secas extremas ocorreram na floresta amazônica. Secas desse tipo normalmente devem ocorrer apenas uma vez por século. Isso mostra um aumento evidente nas secas na maior floresta tropical do nosso planeta.
Em um novo estudo, publicado no PNAS, pesquisadores analisam se e em que medida a floresta amazônica pode suportar essas mudanças nas condições.
Ponto de inflexão não (ainda) alcançado
Os pesquisadores usaram imagens mensais de satélite de 2001 a 2019 para determinar como a vegetação reage a repetidos períodos de seca.
Os resultados do estudo mostram que, por enquanto, a floresta amazônica ainda não vai chegar a esse tipo de ponto de inflexão. Os pesquisadores também descobriram que, principalmente, a intensidade e a duração dos períodos de seca levaram à degradação florestal, mais do que o número de períodos de seca.
Referência:
Johanna Van Passel et al, Critical slowing down of the Amazon forest after increased drought occurrence, Proceedings of the National Academy of Sciences (2024). DOI: https://doi.org/10.1073/pnas.2316924121
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in EcoDebate, ISSN 2446-9394
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