Cortar as emissões de CO2 em 20% significaria apenas 2% de perda econômica
Um novo estudo mostra como as políticas climáticas podem ser implementadas com danos econômicos mínimos
Fonte: Complexity Science Hub
Uma “mudança rápida e de longo alcance” é necessária para evitar mudanças climáticas catastróficas, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). “No entanto, a transformação da economia em direção à neutralidade climática sempre envolve uma certa quantidade de estresse econômico – algumas indústrias e empregos desaparecem enquanto outras são criadas”, explica Johannes Stangl, do Complexity Science Hub (CSH). Quando se trata de medidas de política climática, como os danos econômicos podem ser minimizados?
Uma equipe CSH desenvolveu um novo método para ajudar a resolver este problema. “Para entender como as medidas de política climática afetarão a economia de um país, não é suficiente ter dados sobre as emissões de dióxido de carbono. Também devemos entender o papel que as empresas desempenham na economia”, diz Stangl, um dos coautores do estudo publicado recentemente na Nature Sustainability.
“Dois fatores são cruciais – as emissões de CO2 de uma empresa, bem como quais riscos sistêmicos estão associados a ela, ou seja, qual o papel que a empresa desempenha na rede de suprimentos”, explica Stangl. Pesquisadores do CSH desenvolveram o Economic Systemic Risk Index (ESRI) em um estudo anterior. Ele estima a perda econômica que resultaria se uma empresa deixasse a produção.
Levando esses dois fatores em conta – as emissões de gases de efeito estufa de uma empresa e seu índice de risco para a economia do país – os pesquisadores calcularam um novo ranking de empresas com grandes emissões em relação ao seu impacto econômico.