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Desigualdade social aumenta risco de estresse térmico

 

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Foto: EBC

Desigualdade social aumenta risco de estresse térmico

Um estudo recente publicado na revista One Earth descobriu que as pessoas que vivem em bairros de baixa renda estão mais propensas a sofrer de estresse térmico.

TC Chakraborty, pesquisador do Pacific Northwest National Laboratory e autor principal do estudo, analisou dados de 481 cidades dos Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que os bairros de baixa renda tinham temperaturas médias mais altas e umidade mais alta do que os bairros de alta renda.

Essas condições criam um ambiente mais propício para o estresse térmico.

O que é estresse térmico

O estresse térmico é uma condição que ocorre quando o corpo não consegue regular sua temperatura interna. Isso pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo insolação, exaustão por calor e cãibras musculares.

O corpo humano regula sua temperatura interna através da transpiração. Quando o corpo está quente, ele libera suor para evaporar na pele. A evaporação do suor ajuda a resfriar o corpo.

No entanto, quando o corpo está exposto a temperaturas muito altas ou umidade muito alta, a transpiração não é suficiente para resfriar o corpo. Isso pode levar a um aumento da temperatura corporal, que pode ser prejudicial à saúde.

O estresse térmico é um risco para a saúde das pessoas porque pode causar:

  • Insolação: uma condição grave que ocorre quando a temperatura corporal atinge 40 graus Celsius ou mais. Os sintomas da insolação incluem febre alta, dor de cabeça, confusão e convulsões.
  • Exaustão por calor: uma condição menos grave que ocorre quando a temperatura corporal atinge 38 graus Celsius. Os sintomas da exaustão por calor incluem fadiga, tontura, náusea e vômito.
  • Cãibras musculares: contrações musculares dolorosas que podem ocorrer devido à perda de água e sais minerais.

O estresse térmico pode piorar condições de saúde preexistentes, como doenças cardíacas, pulmonares e diabetes.

Além das pessoas afetadas pela desigualdade social e racial, também que estão mais propensas a sofrer de estresse térmico:

  • Crianças e idosos
  • Pessoas com doenças crônicas
  • Pessoas que trabalham ou praticam esportes ao ar livre
  • Pessoas que vivem em áreas urbanas

O estresse térmico é um problema sério de saúde pública e o estudo destaca a desigualdade social como um fator de risco importante.

Para abordar esse problema, é necessário tomar medidas para reduzir a desigualdade social e melhorar as condições de vida nos bairros de baixa renda.

Referência:

TC Chakraborty et al, Residential segregation and outdoor urban moist heat stress disparities in the United States, One Earth (2023). DOI: 10.1016/j.oneear.2023.05.016

 

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in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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